segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

DEM desidrata o PSB e esnoba o PSDB

Por Altamiro Borges

Durante os governos Lula e Dilma, o fisiológico DEM quase desapareceu do mapa político brasileiro. Acostumado com as mamatas do poder, o partido definhou e vários coronéis da sigla passaram a admitir a sua extinção. Brincava-se que os demos só não iriam para o inferno porque o diabo rejeitava a concorrência desleal. A partir da cruzada golpista que resultou na deposição da presidenta eleita e na ascensão da quadrilha de Michel Temer, porém, a legenda oriunda da antiga Arena parece que ressuscitou. Um dos caciques da sigla, Rodrigo Maia – notório capacho dos patrões –, hoje comanda a Câmara Federal e até nutre o sonho de disputar a sucessão presidencial em 2018. Nesta toada, o DEM volta a crescer, atraindo vários oportunistas e carreiristas da política nativa.

Ministra sai do PSDB para manter a boquinha

Por Altamiro Borges

Na quinta-feira passada (14), a excêntrica ministra dos Direitos Humanos do covil golpista, Luislinda Valois, entregou o seu pedido de desfiliação do PSDB. A iniciativa alegrou a cúpula tucana, que anunciou recentemente o seu desembarque “amigável” do barco à deriva temendo o desgaste nas urnas. A decisão, porém, não garante a manutenção da sua “boquinha” no governo, já que a exótica figura, que vive chorando dos seus “baixos” salários, tem causado mal-estar entre os próprios membros da quadrilha no poder. Uma nota postada na coluna “Expresso” da revista Época evidencia a insanidade que tomou conta do Palácio do Planalto:

De qual Bolsonaro o povo está falando?

Por Alexandre Padilha, na revista Fórum:

Nos corredores do anexo II da Câmara fica o gabinete de um político, que ganha espaço na mídia por suas opiniões agressivas e incitações ao ódio. Um homem que está no Congresso Nacional há 27 anos, conta com diversos assessores, mais de R$ 360 mil/ano de verba de gabinete e teve apenas duas leis aprovadas nesses 324 meses de mandato parlamentar. Este é Jair Messias Bolsonaro, carioca que carrega no nome a promessa de salvador, de mito como chamam seus seguidores, mas que tem uma folha corrida de pedidos de cassação, processos no Conselho de Ética e ações judiciais, como a que é réu no Supremo Tribunal Federal por incitação ao estupro e injúria.

Mobilização nacional em defesa de Lula

A luta pela democracia tem nome e data

Lula na Apeoesp, 15/12/17. Foto: Ricardo Stuckert
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A luta pela democracia tem nome e data : Lula, 24 de janeiro Poucas vezes o futuro de um país esteve tão claro do ponto de vista das classes sociais.

Os de baixo já tem um candidato para recuperar direitos: Luiz Inácio Lula da Silva. Por isso, lhe dão entre 37% e 45% de intenções de voto na sucessão presidencial. A vontade é garantir uma vitória já no primeiro turno e enterrar de vez a herança maligna de Michel Temer.

Os de cima não sabem o que fazer e tudo farão para impedir o retorno de Lula. Não têm um candidato capaz de respirar nas pesquisas. Precisam de uma eleição sem adversário real, pois têm uma herança nefasta a defender perante o eleitorado. 

Documentos inéditos incriminam a Globo

Conta do golpe trabalhista chega no Natal

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                                                         

Resultado do poder do monopólio da mídia de produzir imbecilizados em série, o comportamento da grande maioria das pessoas durante o debate sobre a nova lei trabalhista oscilava entre a indiferença e a convicção de que aquelas mudanças não atingiriam suas vidas.

Embora todas as pesquisas registrassem uma forte desaprovação ao projeto de reforma do governo golpista, essa rejeição esteve longe de se traduzir no apoio necessário às mobilizações e protestos convocados pelas centrais sindicais e movimentos sociais.

"A legalidade nos mata", dizem os golpistas

Por Jeferson Miola

A antecipação forçada do julgamento do ex-presidente Lula pelo Tribunal Regional Federal [TRF4] é um movimento tático que poderá definir a dinâmica política do próximo período.

O objetivo estratégico da oligarquia golpista é evitar a vitória do Lula no pleito de 2018 a qualquer custo, porque a eleição dele poria fim ao golpe e ao regime de exceção.

O golpe, com sua selvagem agenda anti-povo e anti-nação, não foi empreendido para durar pouco tempo; ainda resta muito para colonizar e pilhar por completo o país.

Bancários denunciam o desmonte do BB

Enviado por Cecília Negrão

O desmonte dos bancos públicos continua. Após tentativa de mudança estatutária na Caixa Econômica, pelo Conselho de Administração (CA) do banco, agora é a vez do Banco do Brasil. Nesta segunda-feira o Conselho do BB se reúne em Brasília e os bancários fazem ato em frente a uma unidade do banco, em frente ao Shopping Cidade São Paulo (Avenida Paulista, 1230), a partir das 11 horas.

“O banco vem anunciando, de forma velada, nova reestruturação, com mais desligamentos e fechamentos de agências em todo o país. A população precisa estar atenta e a categoria estar mobilizada”, critica o diretor executivo do Sindicato e bancário do Banco do Brasil, Ernesto Izumi.

O jogo pesado pela 'reforma' da Previdência

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Desesperado para aprovar a reforma da Previdência, o governo lançou uma nova campanha publicitária caríssima e recheada de distorções. A principal mensagem das novas propagandas é a de que a reforma será feita para “combater privilégios”, o que é uma grande falácia. Como mostrou The Intercept Brasil, grandes privilegiados, como os militares, passarão incólumes.

Lições da amarga experiência chilena

Por José Reinaldo Carvalho, no blog Resistência:

O magnata direitista Sebastián Piñera foi eleito neste domingo para mais um mandato presidencial no Chile. Obteve 54,5% dos votos, contra 45,5% do seu adversário, o jornalista e senador Alejandro Guillier, da coalizão governamental de centro-esquerda. A abstenção, de 52%, claramente foi um fator que pesou no resultado final. Piñera se impôs em centros estratégicos, como a capital Santiago, onde a abstenção fez a diferença.

O declínio do império militar americano

Por Alfred W. McCoy, no site Outras Palavras:

Nos últimos 50 anos, os governantes norte-americanos estiveram absolutamente confiantes de que poderiam sofrer contratempos militares em lugares como Cuba ou Vietnã sem ter seu sistema de hegemonia global, sustentado pela economia mais rica e o mais sofisticado aparato militar do mundo, afetado. O país era, afinal, a “nação indispensável” do planeta, como a secretária de Estado Madeleine Albright proclamou em 1998 (e outros presidentes e políticos reiteraram desde então). Os EUA gozaram da maior “disparidade de poder” com seus pretensos rivais do que qualquer império que já tenha existido, como anunciou o historiador de Yale, Paul Kennedy, em 2002. 

Fã de Bolsonaro: punição ou internação?

Por Altamiro Borges

Na semana passada, um vídeo criminoso postado por uma doida chamada Flavia Cristina Abreu – que se diz apoiadora do fascista Jair Bolsonaro, fã do “justiceiro” Sergio Moro e sargento da Brigada Militar do Rio Grande do Sul – viralizou nas redes sociais. Ela prega abertamente o uso da violência contra os militantes sociais que planejam um protesto em Porto Alegre em 24 de janeiro – data do “julgamento” do ex-presidente Lula no Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Com o seu rosto transfigurado, a policial chama o petista de “Luladrão” e desafia os ativistas: “Venham que aqui vocês vão ver o que é o verdadeiro sangue farroupilha. Venham mortadelas, venham muitos porque aqui não vai ter mi-mi-mi, não vai ter choro. É linha, pau, gás e bomba”.

domingo, 17 de dezembro de 2017

Juíza multa trabalhador que se acidentou

Por Altamiro Borges

Foi postado neste domingo (16) no site da revista Veja, que deu o maior apoio à “reforma” trabalhista imposta pela quadrilha de Michel Temer: “Uma juíza de Canoas, Rio Grande do Sul, rejeitou pedido de um almoxarife que queria ser indenizado por causa de acidente quando estava a caminho do serviço. Ao perder a ação, o trabalhador foi condenado a pagar 20.000 reais de honorários ao advogado da empresa”. Ainda de acordo com o pasquim patronal, que reproduz informações do portal “Consultor Jurídico”, o trabalhador “terá um prazo de dois anos para se estruturar financeiramente. Se, ainda assim, ele não conseguir reunir o montante, a dívida será extinta”. Quanta bondade da juíza carrasca e da revista do esgoto.

As dúvidas sobre os ataques a Gilmar Mendes

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Confesso que ainda não entendi totalmente a ofensiva das semanais contra o Ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Do lado da Veja, é evidente que a munição foi fornecida pelos porões da Lava Jato. E é possível entender a motivação da revista, mordendo e assoprando, e tendo de se equilibrar entre recuperar a imagem, depois do desastroso período Eurípides Alcântara, e, ao mesmo tempo, fazer o jogo das fontes.

O TRF4 e o risco Bolsonaro

Por Mauricio Dias, na revista CartaCapital:

Caso o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, confirme a condenação de Lula em primeira instância, a Justiça fecha o premeditado ciclo para tentar evitar a volta ao poder do ex-presidente com a provável vitória na eleição de 2018.

Esta decisão, pena sem amparo em provas, pode tornar-se um fósforo riscado, capaz de incendiar o processo democrático. Lula, porém, não sairá sozinho de cena como supõem os aflitos que não gostam de democracia.

Brasil pode ter que racionar combustíveis

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

No governo Michel Temer, o Brasil teve o menor investimento público de todos os tempos, segundo a Instituição Fiscal Independente (IFI): 2% do PIB entre junho de 2016 e junho deste ano. A Petrobrás também cortou R$ 1 bilhão em investimentos este ano e paralisou obras em refinarias como a Comperj e a Abreu e Lima. O resultado do desastre começa a aparecer: mesmo com as fabulosas reservas de petróleo do pré-sal, o Brasil pode enfrentar um racionamento de combustíveis a partir de 2.025. 

Sem capacidade de refino, e com problemas de logística para importar gasolina, diesel e outros derivados para atender à demanda interna – que aumentará se o país em algum momento voltar mesmo a crescer – o racionamento seria inevitável, com todas as consequências para a vida da população e para manter a própria economia girando. Este é um dos mais graves sinais da catástrofe que sendo desenhada pelo atual governo.

Teto dos gastos: um ano contra o povo

Editorial do site Vermelho:

Aquele que está entre os principais motivos do golpe de 2016 – a criação de um teto constitucional de gastos públicos, que figura na Emenda Constitucional nº 95 - completou um ano nesta sexta-feira (15).

E os severos golpes contra o uso de recursos públicos em saúde, educação, investimentos do governo e programas sociais cumpriu uma parte da função prevista pelo ajuste fiscal ultraliberal promovido pelo governo de Michel Temer – que transferiu montanhas de dinheiro sonegadas ao investimento público para a especulação financeira desenfreada. O outro pretexto alegado - o equilíbrio das contas do governo – ficou intocado pela política econômica da dupla Temer Meireles, e os multibilionários déficits públicos se acumulam e multiplicaram.

Por que a mídia golpista ataca Gilmar Mendes

Por Eugênio Aragão, no blog Diário do Centro do Mundo:

Notícia de jornal e de hebdomadários é que nem jabuti em árvore. Não chega sozinho lá. Alguém ali o coloca. Para entender noticiário é preciso conhecer a história por detrás dele. Há sempre uma razão para ter este ou aquele título, este ou aquele lead, esta ou aquela abordagem. Há uma intenção latente em cada palavra, em cada frase, em cada parágrafo. O comunicador profissional é um formador de opinião e usa de toda a técnica para atrair o leitor para seu conceito da realidade.

O problema é que o leitor comum é desavisado, distraído. Toma a notícia por seu valor de face e, assim, não é difícil engambelá-lo. Engole qualquer coisa pelo argumento de autoridade: “se foi a Veja que disse, então é verdade”.

Sete chaves para entender a Argentina

Por Martin Granovsky, no site Carta Maior:

Este 14 de dezembro foi um intenso dia de política. Independente de como termine a disputa entre o governo e os aposentados, ninguém pode dizer que entende como o país funciona sem considerar sete chaves:

1) O ímpeto presidencial de jogar duro e aproveitar a força adquirida com a vitória nas eleições legislativas em outubro para produzir a maior quantidade possível de mudanças em favor da agenda conservadora, e o mais rápido possível.