Reproduzo artigo de Brizola Neto, publicado no blog Tijolaço:
Quando a nova ombudsman da Folha, Suzana Singer, assumiu suas funções, registramos aqui o desprezo que manifestou às redes sociais, tachando os blogs de radicais e de interessarem a poucos, e dizendo preferir falar aos leitores dos 290 mil exemplares do jornais.
Mas a ombudswoman teve que se render às novas formas de comunicação pela influência que passaram a ter no processo político, capacidade de organização e de intervenção, como a própria jornalista da Folha percebeu. Ao criticar e considerar injustificável jornalisticamente a manchete mentirosa da Folha do último domingo, que dizia “Consumidor de luz pagou R$ 1 bi por falha de Dilma”, a ombudsman vergou-se ao peso das redes sociais.
Contou ter recebido 194 mensagens protestando contra o noticiário político, e disse ter se dado no Twitter a maior reação ao jornalismo praticado pela Folha, com 45 mil mensagens contra o jornal.
A própria ombudsman foi obrigada a desconstruir a matéria da Folha, apontando todas as suas incongruências - o que já tínhamos feito aqui - mas o que a impressionou foi a rápida resposta da sociedade via novos mecanismos como os blogs e microblogs.
A ombudsman foi forçada a reconhecer que o movimento #Dilmafactsbyfolha, que transformou a infame manchete do jornal em piada, foi além de uma incitação petista – aliás, ela não esconde seu despeito político, chamando de “zumbis petistas” - ou de “blogs sujos”, como diria o candidato que a Folha apóia, e se tornou trending topic pela indignação causada pelo mau jornalismo da empresa em que ela trabalha.
“Não dá para desprezar essa reação e a Folha fez isso. Não respondeu aos internautas no Twitter e não noticiou o fenômeno”, escreveu a ombudsman, apontando mais uma falha do jornal, que considerara notícia outros trending topics, como o “Cala boca Galvão”, durante a última Copa do Mundo. “Não dá para olhar para as redes sociais apenas quando interessa”, criticou a ombudsman.
Mas não foi a senhora mesmo que disse que era para ignorar as redes sociais? Não chamou os blogueiros de “trogloditas de espírito”? Foi essa mentalidade que fez a Folha pagar um dos maiores micos da internet nos últimos tempos.
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segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Blogs informam mais do que a velha mídia
Reproduzo artigo de Luis Nassif, publicado em seu blog:
A cada dia que passa, mais se confirma a superioridade da informação dos leitores de blogs em relação aos que se valem exclusivamente da velha mídia.
O fato mais comentado dos dois últimos dias foi a tal denúncia da Veja envolvendo o filho de Erenice Guerra, Ministra-Chefe da Casa Civil.
Vamos a alguns pequenos exemplos:
Caso Anac
A Folha veio com a história de que a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) renovou a licença da MTA, contra parecer contrário da diretoria.
A blogosfera desmontou essa tese mostrando que a diretoria negou, por falta de documentação necessária; e renovou assim que a documentação foi apresentada.
Hoje, os leitores da Folha recebem a seguinte informação (matéria não assinada):
Solange Vieira estendeu o prazo de concessão da MTA de três para dez anos, de forma monocrática, quatro dias após reunião da diretoria colegiada que deu parecer contrário à renovação.
O jornal, que não tem filtros de qualidade, misturou duas decisões: a renovação da concessão da MTA e o aumento do prazo de validade da concessão. Em nenhum deles - pelas notícias do próprio jornal - houve decisão monocrática. No primeiro caso, aprovou quando os papéis foram apresentados. No segundo, foi decisão unânime que se estendeu a todas as demais concessões.
Leitores de Blog já tem essa informação desde ontem.
O caso dos 5 milhões
Em matéria no Estadão, o repórter Daniel Bramatti escreveu - e a editoria aceitou - a informação de que:
Segundo a revista, o lobby teria rendido ao filho de Erenice uma comissão de cerca de R$ 5 milhões.
A blogosfera inteira já sabe que a revista tirou da cartola esse valor - pegou a menção a uma comissão de 6%, que valeria para o caso de captação de financiamentos (que jamais ocorreu) e aplicou sobre o valor dos contratos obtidos pela MTA com os Correios. Os jornalistas do Estadão, ainda não - o que dirá, então, os leitores que têm no jornal sua única fonte de informação.
Sem contar que a notícia mais importante do final de semana - a denúncia da Carta Capital de que em 2002 o Banco Central firmou um acordo que colocava todas as informações bancárias do país em um site controlado por Verônica Serra, filha de José Serra, em sociedade com Verônica Dantas, irmã de Daniel Dantas.
Em geral, supõe-se que jornalistas tenham mais informações que leitores. A prática está mostrando que leitores de blogs têm mais informações que repórteres e editores de jornais.
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A cada dia que passa, mais se confirma a superioridade da informação dos leitores de blogs em relação aos que se valem exclusivamente da velha mídia.
O fato mais comentado dos dois últimos dias foi a tal denúncia da Veja envolvendo o filho de Erenice Guerra, Ministra-Chefe da Casa Civil.
Vamos a alguns pequenos exemplos:
Caso Anac
A Folha veio com a história de que a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) renovou a licença da MTA, contra parecer contrário da diretoria.
A blogosfera desmontou essa tese mostrando que a diretoria negou, por falta de documentação necessária; e renovou assim que a documentação foi apresentada.
Hoje, os leitores da Folha recebem a seguinte informação (matéria não assinada):
Solange Vieira estendeu o prazo de concessão da MTA de três para dez anos, de forma monocrática, quatro dias após reunião da diretoria colegiada que deu parecer contrário à renovação.
O jornal, que não tem filtros de qualidade, misturou duas decisões: a renovação da concessão da MTA e o aumento do prazo de validade da concessão. Em nenhum deles - pelas notícias do próprio jornal - houve decisão monocrática. No primeiro caso, aprovou quando os papéis foram apresentados. No segundo, foi decisão unânime que se estendeu a todas as demais concessões.
Leitores de Blog já tem essa informação desde ontem.
O caso dos 5 milhões
Em matéria no Estadão, o repórter Daniel Bramatti escreveu - e a editoria aceitou - a informação de que:
Segundo a revista, o lobby teria rendido ao filho de Erenice uma comissão de cerca de R$ 5 milhões.
A blogosfera inteira já sabe que a revista tirou da cartola esse valor - pegou a menção a uma comissão de 6%, que valeria para o caso de captação de financiamentos (que jamais ocorreu) e aplicou sobre o valor dos contratos obtidos pela MTA com os Correios. Os jornalistas do Estadão, ainda não - o que dirá, então, os leitores que têm no jornal sua única fonte de informação.
Sem contar que a notícia mais importante do final de semana - a denúncia da Carta Capital de que em 2002 o Banco Central firmou um acordo que colocava todas as informações bancárias do país em um site controlado por Verônica Serra, filha de José Serra, em sociedade com Verônica Dantas, irmã de Daniel Dantas.
Em geral, supõe-se que jornalistas tenham mais informações que leitores. A prática está mostrando que leitores de blogs têm mais informações que repórteres e editores de jornais.
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Dilma precisará de uma Ley de Medios
Reproduzo artigo de Paulo Henrique Amorim, publicado no blog Conversa Afiada:
A crise do sigilo levou uma bala no peito com a reportagem da CartaCapital e de Leandro Fortes sobre as recordistas mundiais da abertura de sigilo, a filha do Serra e a irmã do Daniel Dantas.
Agora, é a crise do lobby, germinada pela Veja, a última flor do Fascio, aquela do grampo sem áudio.
Não bastará fazer como a Ministra Erenice fez: abriu todos os sigilos dela e da família e vai à Justiça.
Essa será uma ação individual contra uma instituição – a Editora Abril – que milita contra os interesses nacionais.
Amigo navegante me diz que PiG será diferente com a Dilma: a Dilma não estimula o preconceito racial, de classe, que há contra o Lula.
Discordo.
Haverá sempre o preconceito contra a mulher – e o preconceito de classe.
A Dilma, como a Marta em São Paulo, será sempre perseguida porque traiu a classe e dedicou a atividade política aos pobres.
Isso é imperdoável.
O caminho inverso é o que o PiG enaltece.
O pobre que tornar defensor dos ricos, como o José Serra.
O Mino Carta – que diz essa semana que o Zé Baixaria será o bode expiatório dos ex-donos do poder -, o Mino Carta sabe das coisas.
Ele foi o primeiro a dizer que a Dilma dava uma boa sucessora do Lula.
E, depois, o primeiro a lembrar que a Dilma não é metalúrgica.
Quer dizer, ela não vai poder recorrer ao carisma incomparável do antecessor: o metalúrgico nordestino, sem um dedo, que não fala inglês e chegou lá.
O PiG e a elite branca (e separatista) de São Paulo serão incansáveis contra a presidenta.
O problema nuclear é ela ser trabalhista.
Dilma, por isso, não poderá cometer o erro do Lula.
Dilma vai precisar de uma Ley de Medios, porque ela não é metalúrgica, nordestina – e porque é mulher.
Mais do que isso.
Mesmo que ela tivesse todos os atributos do presidente Lula, quem precisa de uma Ley de Medios é a democracia brasileira.
Assim como o Brasil precisa distribuir a renda, instalar saneamento básico, aprimorar a educação etc etc, o Brasil precisa enfrentar essa ameaça permanente à democracia: o PiG.
O PiG só produz crise, já disse, lá atrás, o professor Wanderley Guilherme dos Santos.
O PiG escreve a agenda do Congresso e da opinião pública, disse, na crise do “caos-aéreo”, a professora Marilena Chauí.
O PiG e especialmente a Globo interditam a informação.
Como diz o Yacov, amigo navegante deste ordinário blog, o Brasil não passa na Globo.
O notável fenômeno da incorporação de uma Argentina ao segmento da Classe Média, no período de 7 anos – 32 milhões de pessoas –, esse progresso que entra pelos olhos de qualquer brasileiro que vá à rua – a Globo não viu isso.
Nem o PiG.
E como a Globo e o PiG não viram, o PSDB de São Paulo não viu.
E o Zé Baixaria é isso o que está aí: um saco vazio cheio de ódio.
A “mídia nativa”, diz o Mino, fecha a porta do Brasil aos brasileiros.
Os brasileiros só podem ver o que o PiG quer.
A presidenta Dilma Rousseff terá a responsabilidade garantir o direito à comunicação.
Um direito que vem da Grécia, da Revolução Francesa, de Tocqueville.
Não só a sobrevivência do Governo Dilma Rousseff estará em jogo.
É a própria democracia.
É por isso que este ordinário blogueiro faz parte do Instituto Barão de Itararé, que sob a liderança edificante do professor Fabio Comparato, prepara uma ADIN por Omissão para entrar no Supremo contra o Congresso Nacional.
O Congresso foi sitiado pelo senador Evandro Guimarães, o chefe do escritório de lobby da Globo em Brasília.
O Itararé quer que este sitiado Congresso regule os artigos da Constituição de 88 que tratam da Comunicação.
Nós, blogueiros independentes, fazemos a nossa parte.
A presidenta terá que fazer a dela.
Ou cai.
Os detritos de maré baixa da Veja e do PiG poderão contaminar seu governo irremediavelmente.
Dilma não é metalúrgica.
Em tempo: o Brizola se perguntava sempre: quantos passaportes tem o Sr. Civita? Na Argentina, o governo mandou a Editora Abril embora. Mas, lá, militar torturador vai para a cadeia.
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A crise do sigilo levou uma bala no peito com a reportagem da CartaCapital e de Leandro Fortes sobre as recordistas mundiais da abertura de sigilo, a filha do Serra e a irmã do Daniel Dantas.
Agora, é a crise do lobby, germinada pela Veja, a última flor do Fascio, aquela do grampo sem áudio.
Não bastará fazer como a Ministra Erenice fez: abriu todos os sigilos dela e da família e vai à Justiça.
Essa será uma ação individual contra uma instituição – a Editora Abril – que milita contra os interesses nacionais.
Amigo navegante me diz que PiG será diferente com a Dilma: a Dilma não estimula o preconceito racial, de classe, que há contra o Lula.
Discordo.
Haverá sempre o preconceito contra a mulher – e o preconceito de classe.
A Dilma, como a Marta em São Paulo, será sempre perseguida porque traiu a classe e dedicou a atividade política aos pobres.
Isso é imperdoável.
O caminho inverso é o que o PiG enaltece.
O pobre que tornar defensor dos ricos, como o José Serra.
O Mino Carta – que diz essa semana que o Zé Baixaria será o bode expiatório dos ex-donos do poder -, o Mino Carta sabe das coisas.
Ele foi o primeiro a dizer que a Dilma dava uma boa sucessora do Lula.
E, depois, o primeiro a lembrar que a Dilma não é metalúrgica.
Quer dizer, ela não vai poder recorrer ao carisma incomparável do antecessor: o metalúrgico nordestino, sem um dedo, que não fala inglês e chegou lá.
O PiG e a elite branca (e separatista) de São Paulo serão incansáveis contra a presidenta.
O problema nuclear é ela ser trabalhista.
Dilma, por isso, não poderá cometer o erro do Lula.
Dilma vai precisar de uma Ley de Medios, porque ela não é metalúrgica, nordestina – e porque é mulher.
Mais do que isso.
Mesmo que ela tivesse todos os atributos do presidente Lula, quem precisa de uma Ley de Medios é a democracia brasileira.
Assim como o Brasil precisa distribuir a renda, instalar saneamento básico, aprimorar a educação etc etc, o Brasil precisa enfrentar essa ameaça permanente à democracia: o PiG.
O PiG só produz crise, já disse, lá atrás, o professor Wanderley Guilherme dos Santos.
O PiG escreve a agenda do Congresso e da opinião pública, disse, na crise do “caos-aéreo”, a professora Marilena Chauí.
O PiG e especialmente a Globo interditam a informação.
Como diz o Yacov, amigo navegante deste ordinário blog, o Brasil não passa na Globo.
O notável fenômeno da incorporação de uma Argentina ao segmento da Classe Média, no período de 7 anos – 32 milhões de pessoas –, esse progresso que entra pelos olhos de qualquer brasileiro que vá à rua – a Globo não viu isso.
Nem o PiG.
E como a Globo e o PiG não viram, o PSDB de São Paulo não viu.
E o Zé Baixaria é isso o que está aí: um saco vazio cheio de ódio.
A “mídia nativa”, diz o Mino, fecha a porta do Brasil aos brasileiros.
Os brasileiros só podem ver o que o PiG quer.
A presidenta Dilma Rousseff terá a responsabilidade garantir o direito à comunicação.
Um direito que vem da Grécia, da Revolução Francesa, de Tocqueville.
Não só a sobrevivência do Governo Dilma Rousseff estará em jogo.
É a própria democracia.
É por isso que este ordinário blogueiro faz parte do Instituto Barão de Itararé, que sob a liderança edificante do professor Fabio Comparato, prepara uma ADIN por Omissão para entrar no Supremo contra o Congresso Nacional.
O Congresso foi sitiado pelo senador Evandro Guimarães, o chefe do escritório de lobby da Globo em Brasília.
O Itararé quer que este sitiado Congresso regule os artigos da Constituição de 88 que tratam da Comunicação.
Nós, blogueiros independentes, fazemos a nossa parte.
A presidenta terá que fazer a dela.
Ou cai.
Os detritos de maré baixa da Veja e do PiG poderão contaminar seu governo irremediavelmente.
Dilma não é metalúrgica.
Em tempo: o Brizola se perguntava sempre: quantos passaportes tem o Sr. Civita? Na Argentina, o governo mandou a Editora Abril embora. Mas, lá, militar torturador vai para a cadeia.
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Folha usa agente da ditadura contra Dilma
Por Altamiro Borges
A Folha não vai descansar até 3 de outubro. Fará de tudo para evitar a derrota do seu candidato, o ex-colunista José Serra. Ela já usou uma ficha policial falsa, difundida por grupos fascistas na internet, contra Dilma Rousseff. Estampou manchetes mentirosas, como a que esbravejava que “consumidor de luz pagou R$ 1 bi por falha de Dilma”. Até enviou um repórter à Bulgária para cavar histórias do pai da candidata. Agora, deu espaço para os ataques de um agente da ditadura.
Na edição deste domingo, o panfleto da famíglia Frias – que clamou pelo golpe militar de 1964, cedeu suas peruas para transportar presos políticos à tortura e aliou-se com o setor “linha dura” dos generais – entrevistou Silvio Carriço Ribeiro, ex-coronel da Brigada Militar do Rio Grande do Sul e “ex-agente da chamada comunidade de informações”. Durante o sanguinário período da ditadura militar, ele foi um dos responsáveis por espionar a atual candidata à presidência.
Falta de autoridade moral
No texto, o ex-agente aparece como um coitadinho, que “continua morando perto da casa em que Dilma viveu, na Vila Assunção, onde mantinha campana para investigar a ‘subversiva’”. Não há criticas à barbárie da ditadura, às torturas, assassinatos e censura. De passagem, a matéria apenas registra que “em 1998, no final do governo de Olívio Dutra (PT), Ribeiro enfrentou um Inquérito Policial Militar que o exonerou da Brigada Militar... Foi condenado e afastado do oficialato sob acusação de ter feito compras indevidas numa olaria pertencente à Brigada Militar”.
Apesar dos serviços sujos prestados à ditadura e da acusação de corrupção, a Folha dá destaque ao espião para traçar o “perfil psicológico” de Dilma Rousseff. Sem qualquer autoridade moral, ele afirma que “ela é uma mulher amarga. Não é aquilo que está aparecendo na televisão. É lobo em pele de cordeiro”. O espiãozinho diz ainda que Dilma “não é tão boazinha assim” e que ela “nasceu para mandar. Não para ser mandada. Lula vai se enganar com ela”.
Reporcagem é um escárnio
A “reporcagem” da Folha é um escárnio. Como reagiu o deputado Brizola Neto, ela envergonha a imprensa e “dá nojo aos democratas deste país”. “Desde quando um espião, araponga, agente da repressão, tem o direito de ver um jornal sair publicando suas ‘análises’ psicológicas? Ao que eu saiba, as únicas técnicas de ‘psicologia’ usadas pelos agentes da repressão eram bordoadas, choques elétricos, chicotadas, sufocamento e outras barbaridades, como os colegas deste tal Sílvio Carriço Ribeiro, que a Folha elevou à condição de ‘formador de opinião’ sobre Dilma”.
O jornal da famíglia Frias, que já usou o neologismo de “ditabranda” para se referir à sanguinária ditadura militar, ainda tentará novas cartadas até o final da campanha presidencial. Ela joga uma batalha de vida ou morte nesta eleição. Teme pela derrota do seu candidato, o demotucano José Serra, e procura evitar que uma “onda vermelha” enterre outros de seus protegidos aos governos estaduais, Senado e Câmara Federal. Não dá para subestimá-la!
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A Folha não vai descansar até 3 de outubro. Fará de tudo para evitar a derrota do seu candidato, o ex-colunista José Serra. Ela já usou uma ficha policial falsa, difundida por grupos fascistas na internet, contra Dilma Rousseff. Estampou manchetes mentirosas, como a que esbravejava que “consumidor de luz pagou R$ 1 bi por falha de Dilma”. Até enviou um repórter à Bulgária para cavar histórias do pai da candidata. Agora, deu espaço para os ataques de um agente da ditadura.
Na edição deste domingo, o panfleto da famíglia Frias – que clamou pelo golpe militar de 1964, cedeu suas peruas para transportar presos políticos à tortura e aliou-se com o setor “linha dura” dos generais – entrevistou Silvio Carriço Ribeiro, ex-coronel da Brigada Militar do Rio Grande do Sul e “ex-agente da chamada comunidade de informações”. Durante o sanguinário período da ditadura militar, ele foi um dos responsáveis por espionar a atual candidata à presidência.
Falta de autoridade moral
No texto, o ex-agente aparece como um coitadinho, que “continua morando perto da casa em que Dilma viveu, na Vila Assunção, onde mantinha campana para investigar a ‘subversiva’”. Não há criticas à barbárie da ditadura, às torturas, assassinatos e censura. De passagem, a matéria apenas registra que “em 1998, no final do governo de Olívio Dutra (PT), Ribeiro enfrentou um Inquérito Policial Militar que o exonerou da Brigada Militar... Foi condenado e afastado do oficialato sob acusação de ter feito compras indevidas numa olaria pertencente à Brigada Militar”.
Apesar dos serviços sujos prestados à ditadura e da acusação de corrupção, a Folha dá destaque ao espião para traçar o “perfil psicológico” de Dilma Rousseff. Sem qualquer autoridade moral, ele afirma que “ela é uma mulher amarga. Não é aquilo que está aparecendo na televisão. É lobo em pele de cordeiro”. O espiãozinho diz ainda que Dilma “não é tão boazinha assim” e que ela “nasceu para mandar. Não para ser mandada. Lula vai se enganar com ela”.
Reporcagem é um escárnio
A “reporcagem” da Folha é um escárnio. Como reagiu o deputado Brizola Neto, ela envergonha a imprensa e “dá nojo aos democratas deste país”. “Desde quando um espião, araponga, agente da repressão, tem o direito de ver um jornal sair publicando suas ‘análises’ psicológicas? Ao que eu saiba, as únicas técnicas de ‘psicologia’ usadas pelos agentes da repressão eram bordoadas, choques elétricos, chicotadas, sufocamento e outras barbaridades, como os colegas deste tal Sílvio Carriço Ribeiro, que a Folha elevou à condição de ‘formador de opinião’ sobre Dilma”.
O jornal da famíglia Frias, que já usou o neologismo de “ditabranda” para se referir à sanguinária ditadura militar, ainda tentará novas cartadas até o final da campanha presidencial. Ela joga uma batalha de vida ou morte nesta eleição. Teme pela derrota do seu candidato, o demotucano José Serra, e procura evitar que uma “onda vermelha” enterre outros de seus protegidos aos governos estaduais, Senado e Câmara Federal. Não dá para subestimá-la!
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