quarta-feira, 11 de maio de 2011

Bin Laden e a apologia da tortura

Por Altamiro Borges

No clima de euforia pela execução de Osama Bin Laden, alguns falcões do imperialismo ianque têm defendido abertamente os métodos de tortura praticados por agentes da temível CIA – a central terrorista dos EUA. Parte da mídia imperial difunde esta insanidade, bajulando crimes como o waterboarding (afogamento), o choque elétrico e outras violações dos direitos humanos.

Lula irá ao encontro nacional de blogueiros

Do Cloaca News:



Em conversa que manteve com Ênio Barroso, maquinista do PTrem das 13, na tarde desta terça-feira (10), o ex-presidente Lula autorizou a divulgação de que estará presente no II Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, que ocorrerá nos dias 17, 18 e 19 de junho, em Brasília.



Lula irá ao encontro nacional de blogueiros

Do Cloaca News:

Em conversa que manteve com Ênio Barroso, maquinista do PTrem das 13, na tarde desta terça-feira (10), o ex-presidente Lula autorizou a divulgação de que estará presente no II Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, que ocorrerá nos dias 17, 18 e 19 de junho, em Brasília.

Ênio, Lula e o encontro dos blogueiros

Por Ênio Barroso, no blog PTrem das treze:

Esta é a postagem mais importante deste meu pequeno blog desde que partiu sua primeira viagem há pouco mais de dois anos. O mesmo tempo desde que fiquei cadeirante por determinação da minha amiga e mentora Distrofia Muscular Progressiva, amiga esta que me tirou a possibilidade de atuar, militar e andar com as pernas na história politica do Brasil me colocando agora como maquinista deste "trem" de rodinhas, a minha mais recente e devotada atribuição (ou "tarefa").

Obama, Bush e o Barão de Itararé

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Quis o destino que, na semana em que Obama comemorava (!!) a morte de Bin Laden (um assassinato ainda sem corpo – nem a foto apareceu), esse escrevinhador tenha pisado pela primeira vez em território dos Estados Unidos. E o fiz com o pé direito, direitíssimo eu diria: cheguei por Houston (Texas), cujo aeroporto leva o nome de George Bush – o genitor de W. Foi uma chegada cheia de simbolismos.

Inflação e salário, corda e enforcado

Por Rosane Bertotti, no sítio da CUT:

Respondendo a uma pergunta da Carta Maior sobre como ficariam as negociações salariais nos próximos meses, o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, por uma dessas infelicidades da vida, somou sua voz ao coro dos recém convertidos à surrada tese de que o salário é inflacionário.

Ainda pior do que a ameaça “olhem o que vêm pela frente em termos de inflação”, feita aos sindicatos de trabalhadores pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, a declaração do ministro endossa o esburacado descaminho da equipe econômica que tenta transformar a aparência em evidência e esta em prova para tanger os salários ao matadouro.

Segundo Carvalho, haverá campanhas salariais no fim do ano, “quando a inflação já estará caindo, mas no acumulado ainda estará alta”. Então, defende o ministro, “vai ter que ter maturidade do movimento sindical, do governo e do funcionalismo público, para que, num ano específico como este, as pessoas não queiram, egoisticamente, (grifos nossos) o seu próprio bem e ponham em risco o andamento da carruagem em geral”.

Infelizmente, a declaração explicita concepções que uma vez vitoriosas no seio do governo o empurrariam para uma inevitável rota de colisão com a sociedade, que já manifestou ser absolutamente contrária à reencarnação do projeto neoliberal tucano. Não por outra razão jaz sepultado pelas urnas - e antes delas pelas ruas.

A relação entre inflação e salário reproduz em boa medida a da corda com o pescoço do enforcado. Ao corroer o poder de compra, a inflação asfixia o trabalhador, enquanto o salário, reajustado após longos doze meses, o recompõe. Com aumentos reais mais expressivos, como os obtidos durante o governo Lula, se diminuiu, ainda que modestamente, o abismo existente entre o trabalho e o capital.

Em reunião com a Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), em Brasília, foi explicitado, como primeiro ponto de pauta das entidades, a reivindicação unânime de que é necessária a mudança da política econômica. Foi dito e repetido que era inadmissível a manutenção das mais altas taxas de juros do mundo, pois atraem capital especulativo, volátil, que provoca a inundação do país com dólares que valorizam artificialmente a moeda nacional, facilitando a importação e dificultando a exportação, com gravíssimas conseqüências para o salário e o emprego.

Consequentemente, tal desorientação compromete o desenvolvimento, penalizando o conjunto da sociedade. Assim, enquanto nos EUA e na Europa os juros são negativos, em nosso país, somente no ano passado, a drenagem de recursos aos especuladores internacionais alcançou a escandalosa cifra de R$ 195 bilhões, quantia 15 vezes superior à destinada ao Bolsa-Família.

No encontro com Gilberto Carvalho, foi dado o alerta de que uma vez fragilizado o mercado interno - baluarte fundamental no combate aos impactos da crise internacional durante o governo Lula -, o Brasil ficaria à mercê da lógica rentista que segue o figurino recessivo imposto durante décadas pelo Fundo Monetário Internacional, pelo Banco Mundial e outras máfias.

Como se as lideranças populares falassem outra língua, como se as palavras ditas em bom e claro português estivessem criptografadas, o secretário geral da Presidência não entendeu o recado e manifestou concordância com os erros de Mantega. Desta forma, na prática, avalizou o corte dos R$ 50 bilhões no custeio, o aumento pífio dado pelo governo ao salário mínimo e a suspensão dos concursos públicos, como se em vez de agravar a doença, deixando o país mais incapaz e vulnerável, tais medidas fossem algum remédio miraculoso.

Na semana em que comemoramos 120 anos da Inspeção do Trabalho no Brasil em Defesa do Trabalho e dos Direitos Humanos, temos apenas e tão somente 2.800 auditores fiscais do trabalho em atividade para fiscalizar todas as empresas e averiguar as denúncias no território inteiro. Conforme denuncia o sindicato da categoria, a cada dia, esse número diminui por conta das aposentadorias e da falta de concursos públicos, enquanto a Organização Internacional do Trabalho (OIT) avalia que seriam necessários pelo menos o dobro destes profissionais para atender à demanda.

Graças à equipe econômica, há 220 aprovados no último concurso que ainda não foram chamados, e também não há qualquer previsão. Enquanto isso, multiplicam-se as lesões, mutilações e mortes em obras públicas, financiadas com recursos dos trabalhadores, sejam no Programa de Aceleração e Crescimento (PAC), sejam no Minha Casa, Minha Vida, denuncia a Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e da Madeira (Conticom). O descalabro em Jirau e Santo Antônio pode ser apenas a ponta do iceberg.

Como também alertou a Coordenação dos Movimentos Sociais, não é interpretação, mas fato, que a inflação de 6,5% medida pelo IPCA para os últimos 12 meses foi alavancada pelo vertiginoso aumento de commodities - como açúcar e petróleo - provocada pelos especuladores internacionais e que acabam contaminando os preços internos. Também é fato que estes mesmos parasitas estão catapultando a remessa de lucros para fora do país, beneficiados pela crescente desnacionalização do parque industrial e a estrangeirização das terras. Assim, se o preço do açúcar sobe, a cana deixa de virar etanol para atender o mercado externo e maximizar lucros, com os preços logo depois novamente lançados às alturas quando falta o combustível e a “lei” da oferta e da procura é acionada pelos cartéis.

Outro ponto a ser considerado pelo governo – do qual fazem parte os ministérios – são os lucros estratosféricos obtidos pelo setor financeiro. Como apontou a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira, o resultado dos seis maiores bancos em 2010 somou R$ 43 bilhões, com crescimento de 30% em relação a 2009. E para este ano, acrescenta, os balanços já divulgados por Bradesco, Santander e Itaú mostram novas e robustas altas.

Diante de números tão esclarecedores, como pedir para a classe trabalhadora baixar a bola? Quem é o egoísta? Se a produtividade tem aumentado, nada mais justo de que os avanços sejam revertidos em ganhos reais aos trabalhadores, ainda mais quando a própria presidenta Dilma Rousseff anunciou o combate à miséria como eixo central de seu governo.

“Governo é datado, tem dia para acabar e atua no limite da correlação de forças. Nosso papel é fazer a realidade no limite do possível”, nos disse Gilberto Carvalho durante a audiência. Diante do exposto, tomo a liberdade de lembrar ao ministro, assim como fizeram as lideranças populares durante aquela reunião no Palácio do Planalto, que a mídia venal e a direita reacionária de tudo fizeram para abreviar o mandato do presidente Lula já em 2005, o que só não conseguiram devido à mobilização popular.

Gente que se uniu e atuou decisivamente sobre a correlação de forças até então, teoricamente, desfavorável. Que a mesma “correlação” expressa pelas urnas queimou o espantalho neoliberal, apontando para o aprofundamento das mudanças iniciadas no governo anterior, para o fortalecimento do papel do Estado, para a valorização do salário mínimo, para a ampliação de direitos e conquistas, para a integração latino-americana, para a independência política, econômica, ideológica e cultural dos ditames de Washington.

Para chegarmos até aqui fomos protagonistas numa batalha árdua, coletiva, de mobilização e acúmulo de consciências, onde Lula apontou para o avanço enquanto a mídia pedia cautela, fez o seu governo colocar o pé no acelerador enquanto a direita colocava freios. Não ouçamos agora o traiçoeiro canto de sereia que nos leva ao rochedo do retrocesso. Mais do que nunca, ouçamos o canto do poeta: fé na vida, fé no homem, fé no que virá...

* Rosane Bertotti é secretária de comunicação da CUT e da operativa da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS).

Plenária da Frentex em SP. Participe!



No próximo sábado, dia 14 de maio, a partir das 10h, no auditório Sérgio Vieira de Mello da Câmara Municipal de São Paulo (Viaduto Jacareí, número 100, perto da Praça das Bandeiras e da estação Anhangabaú do metrô), acontece a Plenária Estadual da Frente Paulista pelo Direito à Comunicação e Liberdade de Expressão - Frentex.

A Plenária Estadual é uma iniciativa importante para a retomada das mobilizações em nosso estado, num momento em que se discute em todo o país o Plano Nacional de Banda Larga e um novo Marco Regulatório para as comunicações brasileiras. Além dessas pautas, debateremos também a criação do Conselho Estadual de Comunicação em SP e os rumos da TV Cultura, que passa por um dos maiores desmontes de sua história, com prejuízos significativos para a comunicação pública no nosso estado.

Também celebraremos um ano de funcionamento da Frentex, que reúne entidades e movimentos sociais que construíram as etapas municipais, regionais e estadual da I Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), em 2009, e que agora se articulam em defesa da democratização dos meios de comunicação em São Paulo.

Mobilize sua entidade, cidade e região e venha debater conosco!

Mais informações: frentexsp@gmail.com.

Cinco estratégias comunicacionais dos EUA

Por Felson Yajure, do Aporrea, no sítio da Adital:

As guerras da atualidade começam nos meios. Em cada guerra, os meios do imperialismo tentam convencer-nos de que seus governos estão atuando bem e, para isso, utilizam cinco estratégias:

1. Ocultar a verdade: que a causa real são nos interesses econômicos. 2. Colocar a vítima como agressor e culpada e ao agressor como o defensor da justiça. 3. Desprestigiar às vítimas. 4. Monopolizar a informação. 5. Ocultar a história.

Essas estratégias também foram aplicadas contra a Líbia, uma revolta espontânea rapidamente transformada em guerra civil, aprendendo com o caso do Egito, onde ainda existe o perigo de perda do controle. Podemos dizer: Na política, nada cai do céu!

1. Ocultar a verdade, que os interesses econômicos são a causa. Os imperialistas sempre têm que persuadir a opinião pública de que eles não atuam para obter benefícios econômicos; mas, para eliminar uma grave ameaça, que seja Saddam Hussein, Bin Laden, o comunismo, as Farc, as drogas, ou qualquer outra desculpa. Dizem que suas guerras são para libertar ao povo do tirano, ou para evitar que utilize armas de destruição massiva, para defender os direitos humanos; para evitar o bombardeio da população etc. Após invadir e tomar o controle se evidencia que mentiam de maneira descarada.

No caso recente da Líbia, que Gadafi estava bombardeando seu povo e Telesul enviou um correspondente ao local, desmentindo tais bombardeios. Aqui pretenderam semear a matriz de que há gente de Al Qaeda em Margarita e de acampamentos das Farc em nosso território para justificar uma agressão ou perseguição na Colômbia, para usá-la como instrumento da agressão ou para, caso a coisa se complique, eles possam, em seguida, intervir em defesa da Colômbia. No caso do conflito líbio, se explica, porque a África é estratégica para as multinacionais, porque sua prosperidade se baseia na pilhagem de seus recursos.

2. Colocar a vítima como agressor e culpada e ao agressor como o defensor da justiça. Em cada guerra, seus adversários sempre têm sido apresentados como cruéis assassinos, imorais e perigosos, com as piores descrições de suas atrocidades. Mais tarde, muitos desses relatos; às vezes, todos, vão perdendo importância; porém, não importa, já cumpriram seu objetivo: justificar as ações e manipular a emoção do público para impedi-lo de analisar os interesses que realmente estão em jogo.

3. Desprestigiar às vítimas. Nessa linha estratégica, tentam colocar o adversário como o pior entre os seres humanos, que golpeia mulheres, que ele e seus colaboradores estão associados ao narcotráfico, com Makled, com Marulanda...; bom, com o camarada, não, porque já morreu...; que a família rouba, e assim por diante.

4. Monopolizar a informação. A informação mostra-se de uma forma completamente tendenciosa, dando a conhecer somente um lado da história; claro, sem dizer, por exemplo, que a mídia imperial mostra um só lado de Gadafi, o que eles catalogaram como mau; porém, em absoluto mostram algum aspecto positivo. Quem nos informou sobre sua ajuda aos projetos de desenvolvimento africano? Quem nos disse que, segundo as instituições internacionais, a Líbia detém o mais alto ‘índice de desenvolvimento humano' de toda a África?

Outro exemplo seria quando em 1992, 45 países africanos tentaram obter um satélite africano para diminuir os custos de comunicação no continente. Telefonar desde ou para a África tinha a tarifa mais alta do mundo, já que havia um imposto de 500 milhões de dólares que a Europa cobrava a cada ano sobre as conversas telefônicas, inclusive no interior do próprio continente, pelo trânsito de voz pelos satélites europeus.

O satélite africano custava justamente 400 milhões de dólares pagáveis de uma só vez e não os 500 milhões de aluguel ao ano. Porém, como pode o escravo libertar-se da exploração servil de seu amo, solicitando-lhe sua ajuda para consegui-lo? Assim, estiveram o Banco Mundial, o FMI, os Estados Unidos, a União Europeia enredando inutilmente esses países por catorze anos. Então, Gadafi colocou na mesa 300 milhões de dólares, o Banco Africano de Desenvolvimento colocou 50 milhões; o Banco Oeste-Africano de Desenvolvimento colocou 27 milhões; e dessa forma a África, desde 27 de dezembro de 2007, tem seu primeiro satélite de comunicação de sua história. Vemos como um gesto pode mudar a vida de todo um continente.

A Líbia de Gadafi fez o ocidente perder não somente os 500 milhões de dólares ao ano, mas os milhares de milhões de dólares em dívida e juros que essa mesma dívida permite gerar até o infinito e a escala exponencial, contribuindo assim para manter oculto o sistema de espólio da África. Isso, com certeza, é parte do que a Europa agora cobra a Gadafi.

Também há muitos indícios de desinformação, por exemplo, os "seis mil mortos supostamente vítimas dos bombardeios de Gadafi sobre a população civil”. Onde estavam as imagens? Não havia nenhuma câmera, nenhum telefone celular por lá, como houve em Gaza, na Praça Tahrir ou em Tunes? É como o que acontece agora com o assassinato de Bin Laden: onde estão os vídeos e as fotos que mostravam como quando assassinaram ao Che Guevara ou a Hussein? Agora, nenhuma prova, nenhum testemunho fiável; bem esquisito tudo isso! Isso, em parte, foi desmentido pela Telesul, pelos satélites russos; porém, não houve retratação.

Em uma guerra civil, uma informação parcial sempre tentará fazer-nos crer que as atrocidades são cometidas por um só lado e, portanto, temos que apoiar ao outro lado. Porém, sempre é uma informação tendenciosa devido aos interesses político-econômicos.

5. Ocultar a história. Essa linha de desinformação é complementar às anteriores, todas atuantes em modo sinérgico. Para exemplificá-la basta um exemplo: o caso da invasão ao Kuwait, onde, em todo momento, se ocultou o fato histórico de que o território Kuwait foi parte do território iraquiano, e que foi desmembrado pelas potências imperiais devido às suas grandes jazidas petroleiras. A história da cruel exploração dos recursos naturais e da escravidão dos países colonizados nunca será contada nos meios de comunicação imperiais.