quarta-feira, 12 de junho de 2013

O ditador Roberto Gurgel

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Por Altamiro Borges

Antes de concluir o seu sinistro mandato na Procuradoria-Geral da República, Roberto Gurgel aprontou mais uma das suas. Pela primeira vez na história do órgão, ele afastou uma titular por discordância de opinião – o que só confirma a sua postura autoritária. A subprocuradora Deborah Duprat, que ocupava o segundo cargo mais importante na hierarquia do Ministério Público Federal e é candidata à sua sucessão no PGR, foi dispensada nesta terça-feira. Na semana passada, ela divergiu publicamente de Gurgel no debate sobre o projeto em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF) que inibe a criação de novos partidos. Como resposta, ela foi simplesmente defenestrada!

O procurador-geral, que termina seu mandato em agosto, justificou a truculenta medida afirmando que o “relacionamento institucional se evidenciou insuficiente”. Defensor do parecer do ministro Gilmar Mendes, que garante aos novos partidos acesso ao fundo partidário e ao tempo de tevê, Roberto Gurgel ficou irritado com a posição divergente da subprocuradora. “Além de afastá-la do cargo, Gurgel protocolou petição no STF ontem para que os ministros desconsiderem a manifestação de sua substituta e que seja esquecido ‘qualquer pronunciamento em sentido diverso’ ao dele”, descreve a Folha de hoje.

O afastamento sumário confirma o grau de partidarização a que chegou o PGR no triste reinado de Roberto Gurgel. Para bancar suas posições políticas, sempre próximas às das forças de oposição ao governo Dilma, o procurador-geral nem vacila em manchar mais uma vez a sua já degradada biografia. No julgamento do chamado “mensalão do PT”, ele virou um dos heróis dos demotucanos e da sua mídia. Não comprovou nenhuma das suas acusações, mas ganhou os holofotes da imprensa oposicionista. Agora, ele deixa o cargo com mais esta atitude truculenta e antidemocrática.

6 comentários:


  1. DA SÉRIE 'É TUDO FARINHA DO MESMO SACO'!
    MAIS UM 'PONTO FORA DA CURVA' DO STF!

    ... A propósito, quem pediu "vistas" do discurso em causa própria do Gilmar Mendes?! Mais um jogo de cena do falastrão! Cadê o decoro e o recato, apanágio de qualquer lugar decente?!... Ou seja, "da defesa de si próprio do Gilmar Mendes até amanhã por volta do início da próxima sessão plenária do STF", o [corporativismo do] colegiado da "suprema corte" terá analisado as repercussões da pantomima da tarde desta [mais uma] "quarta-feira de cinzas(!) do *STF"!... Após 'o domínio do fato' (sic), aí, então, o veredicto!...

    ... "Inté" lá,
    dá-lhe Merval ,
    na defesa
    do GilMAU!...

    República de 'Nois' Bananas
    Bahia, Feira de Santana
    Messias Franca de Macedo

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  2. DA SÉRIE 'É TUDO FARINHA DO MESMO SACO'! II

    MAIS UM 'PONTO FORA DA CURVA' DO STF!

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    Ponto fora da curva

    Por Celso Antonio Bandeira de Mello*

    11/06 às 16h36 - Atualizada hoje às 11h03

    +A-AImprimirO Ministro Luiz Roberto Barroso foi autor da mais comedida e respeitosa crítica feita ao julgamento do chamado "mensalão" - que, de resto, nem mensal foi. Com dizer que o Supremo tem tradição garantista (embora se possa discutir tal opinião) e que o julgamento em causa foi tão só um "ponto fora da curva", quis dizer, segundo me parece, que, no caso concreto, afastou-se desta linha, o que, todavia, não significa que pretenda repetir este desvio.

    Celso Antonio Bandeira de Mello
    Não houve até agora, nem parece que possa haver, uma crítica mais sintética, mais precisa e mais equilibrada do que esta. É pelo menos, a interpretação que dou ao comentário do Ministro. Creio, de todo modo, que ali se resumiu modelarmente o pensamento das pessoas especializadas em Direito. O que delas se escuta, na maior parte das vezes à boca pequena, porque os que militam nesta área compreensivelmente não desejam se indispor com os membros do Tribunal mais alto do País, é que se sentem escandalizados com a forma como foi conduzido o julgamento, com o desprezo em relação ao princípio da inocência até prova em contrário, com a aceitação da responsabilidade objetiva sem apoio em prova alguma e com a escandalosa desproporção das penas aplicadas em comparação com as que são impostas no País inclusive para crimes hediondos.
    O fato da Grande Imprensa estar eufórica com o que ocorreu, não é de surpreender, até porque ela teve, como tudo indica, um papel preponderante no encaminhamento destes resultados. Resta agora esperar que a opinião otimista do Ministro Barroso sobre o possível caráter singular e episódico do ocorrido seja verdadeira para que o País não enverede pelo obscurantismo.
    *Celso Antônio Bandeira de Mello é professor emérito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

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  3. Roberto. Ditador. O nome diz tudo. Tem outro Roberto ditador. Um africano. Robert Mugabe, do Zimbabwe. Viva o Roberto Gurjabe do Brasil!

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  4. Só por curiosidade, por que somente agora a "subprocuradora Deborah Duprat, que ocupava o segundo cargo mais importante na hierarquia do Ministério Público Federal" se rebelou contra Roberto Gurgel? às vésperas de Dilma nomear o próximo procurador-geral. Teria sido a senhora Duprat conivente com a chefia nos desmandos de todo o mandato?

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  5. A atividade toda deste PGR, as confabulaçoes, o timing de maravilhosa coordenaçao com Midia e a oposiçao politica, a distorçao na aplicabilidade das Leis, penais e outras e a ira contra tudo o que rescenda a PT, ja me levam a concluir que ALGO muito mais profundo, serio e compromissado está na base de sua atuaçao desde o principio. E agora a demissao imediata de quem nao concordou.
    Ali tem cheiro de enxofre, algo que nao percebiamos, desde o inicio.

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  6. ... De nada adiantou a lamentável pantomima produzida ontem pelo Gilmar Mendes, em pleno plenário do que deveria ser a instância máxima da jurisprudência brasileira!... A propósito, onde esse senhor deixou os vestígios do recato e da prudência, apanágios que deveriam ser imperiosos a quem ocupa um cargo numa suprema corte?!...

    EM TEMPO ALVISSAREIRO: revisor, considere a expressão Suprema Corte [brasileira] sem aspas - e com as palavras em iniciais maiúsculas - em função da [auspiciosa] chegada dos decentes, catedráticos e intrépidos ministros Teori Zavascki e Luis Roberto Barroso ao STF!... Enfim, o doutor Ricardo Lewandovski estará ladeado por congêneres da mesma estatura técnica, ética e senso apurado de responsabilidade.

    RESCALDO: o que explica “a rasteira” que o ‘Joaquim Coitado do Ruy Barbosa’ aplicou no GilMAU?!... Ah! E esqueçam do fedelho do STF!...

    BRASIL (QUASE-) NAÇÃO - em homenagem aos egrégios juristas Ricardo Lewandovski, Teori Zavascki e Luis Roberto Barroso
    Bahia, Feira de Santana
    Messias Franca de Macedo

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