segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Protesto na Copa. Para que e contra quem?

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Dia sim, noutro também, aqui e acolá, em diferentes espaços da nossa imprensa, assim como quem não quer nada, estão aparecendo notinhas nas últimas semanas anunciando novas manifestações de protesto em todo o país.

Na nota de abertura da sua sempre bem informada coluna, o velho amigo Ilimar Franco, de "O Globo", relatou neste sábado:

"Os movimentos sociais que foram para as ruas em junho, organizam-se para voltar a protestar na Copa. Comitês de mobilização estão sendo criados nas 12 capitais-sede dos jogos. A ideia é colocar gente na rua nos dias das partidas, na frente dos estádios e nas "fan fest" produzidas pela Fifa. Neste momento, seus líderes percorrem o Congresso em busca de apoio político e logístico".

Ilimar não dá maiores detalhes nem nomes, mas ao ler o texto fiquei curioso em entender certas coisas e me fiz algumas perguntas:

Quais movimentos sociais estão se organizando?

Vão protestar contra o quê, exatamente?

Os comitês de mobilização estão sendo criados por quem?

Quem são seus líderes que estão percorrendo o Congresso em busca de apoio?

Até agora, os chamados "protestos de junho" foram apresentados pela mídia como iniciativas autônomas, espontâneas, sem líderes, que brotam assim do nada. A nota de Ilimar Franco aponta exatamente para o quadro oposto: um movimento organizado desde já para se apresentar durante a Copa.

Em junho, por conta da violência dos protestos, como ficamos sabendo esta semana, corremos o risco de ficar sem a Copa do Mundo no Brasil, como escreve Juca Kfouri em sua coluna da "Folha" deste domingo:

"Eis que, na última terça-feira, o secretário geral da Fifa, Jerome Valcke, em entrevista por feliz coincidência ao repórter André Kfouri, da ESPN Brasil, falou com todas as letras que a entidade esteve na iminência de paralisar o torneio, o que, acrescentou, caso se materializasse, punha em risco a Copa".

Juntando os pedaços, encontro outra nota na "Veja" desta semana que trata do mesmo assunto:

"O mercado publicitário tem constatado que os patrocinadores da Copa estão tímidos em suas ações e planejamento de marketing para o Mundial. Pairam em suas cabeças as manifestações diante dos estádios na Copa das Confederações".

É bom nos lembrarmos que, em 2014, além da Copa do Mundo, teremos eleições presidenciais e a campanha estará entrando em sua fase decisiva justamente ao final da festa do futebol. Pode não ser mera coincidência. O que antes era "espontâneo", agora está sendo organizado com meses de antecedência e já causando prejuízos para o mercado publicitário.

Até que ponto um evento tem a ver com o outro e aonde querem chegar os líderes dos novos protestos? Está tudo muito bom, muito bonito, Fernanda Lima está cada vez mais Fernanda Linda, mas acho tudo isso bem estranho.

Ajudem-me a entender o que está acontecendo. Quem tiver respostas para as minhas muitas perguntas, por favor escreva aqui para o Balaio.

4 comentários:

  1. Francisco fernandes Neto10 de dezembro de 2013 às 16:26

    O protesto é contra a gastança de dinheiro público em estádios de futebol superfaturados. Em obras de áreas de movimentação urbana também, superfaturados. Num país em que a saúde, educação, principalmente estão um caos, chega a ser um crime só se pensar em futebol. Eu sou eleitor do PSOL.

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  2. Não tem nada de estranho, é claro que a mídia vai tentar criar protestos cansados para tentar chegar ao poder.
    Só lembrando que os protestos dos mauricinhos e patricinhas no mês de junho também foram contra a mídia. A mesma mídia que de inicio se colocou contra os protestos e depois viu que poderia se aproveitar para tentar tirar uma casquinha das manifestações dos mauricinhos e patricinhas começou a incentivar a violência. Mesmo assim, ficou difícil tentar se apossar dos protestos. Em alguns momentos a Rede Podre foi desmascarada colocando cartazes nas mãos de algumas pessoas para dizer contra o quê as pessoas deveriam protestar e ela se beneficiar. No entanto, A Rede Podre era sempre expulsa aos gritos. A verdade é que A Rede Podre não consegue mais manipular o povo.

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  3. Auto-substimação ou ironia?
    Precisa realmente comentar algo que todo o Brasil já conhece?
    A solução para desbancar o governo trabalhista do PT não mais reside nas eleições. Estão perdidas, para desespero da mídia golpista e de alguns membros do Poder Judiciário, porque oposição política inexiste. Portanto, a última chance é o desesperado ato de incitar a desordem. As Organizações Globo sabem como acender o pavio.

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  4. Caro fulano, tá difícil de entender ou tu queres que eu desenhe ????????????? Fora corja, ladrão corrupta do governo....

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