CPI da espionagem convocará FHC?

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Por Altamiro Borges

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) protocolou no final da tarde de ontem (10) o pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar as denúncias de espionagem dos EUA em e-mails e ligações telefônicas no Brasil. O requerimento obteve 41 assinaturas – o mínimo necessário é de 27 senadores (um terço dos parlamentares). Pelas normas regimentais, a CPI tem poder para solicitar documentos sigilosos a órgãos no Brasil sem autorização da Justiça. Diante das denúncias do sítio Carta Maior, de que FHC teve a consultoria da mesma empresa denunciada pela espionagem, existe a possibilidade da sua convocação. No seu reinado, o país quase virou uma colônia dos EUA com a sua política de “alinhamento automático” ao império. A CPI poderá ajudar a desvendar as relações de subserviência dos tucanos.

11 de julho e a mídia seletiva

Por Altamiro Borges

Os portais de notícias dos conglomerados midiáticos mudaram totalmente o tom na cobertura do Dia Nacional de Lutas com Mobilizações e Greves, convocado pelas centrais sindicais. Até o meio dia desta quinta-feira (11), eles voltaram à velha ladainha da criminalização das lutas sociais. O Globo (G1), Folha (UOL) e Estadão destacaram apenas os “bloqueios de estradas”, o “congestionamento do transito”, o “fechamento de lojas” e o “tumulto” em centenas de cidades do país. Bem diferente da cobertura dos protestos de junho, que foram exibidos como “protestos cívicos” e “apartidários”.

A potência das manifestações de rua

Por Ricardo Musse, no Blog da Boitempo:

As recentes manifestações de rua que, a partir de São Paulo e Porto Alegre, disseminaram-se pelas principais cidades do país, apesar da pluralidade de sua pauta de reivindicações, emitiram um recado claro e convergente: a insatisfação popular com o atual sistema político.

"Carta aberta aos colegas da Globo"

Por Marco Aurélio Mello, no blog DoLaDoDeLá:

Caros Colegas,

Conheço a maioria de vocês e dou meu testemunho da dureza que é trabalhar como jornalista na TV Globo. Já fui um de vocês por 12 anos, por isso falo de cátedra. Acordamos cedo, às vezes cedo demais, dormimos tarde, quase sempre tarde demais e passamos o dia todo conectados. Cobram de nós que tenhamos lido tudo e visto todos os programas da emissora, inclusive os de entretenimento.

FHC e a espionagem dos EUA

Do sítio Carta Maior:

A rápida reação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso às denúncias de que os EUA mantiveram uma base de espionagem no país, durante o seu governo, suscita interrogações e recomenda providências.

Dificilmente elas serão contempladas sem uma decisão soberana do Legislativo brasileiro, para instalação de uma CPI que vasculhe o socavão de sigilo e dissimulação no qual o assunto pode morrer.

Juventude nas ruas no 11 de julho


Do sítio da União Nacional dos Estudantes (UNE)

No último mês, milhares de jovens ocuparam as ruas do Brasil protagonizando uma grande onda de manifestações. Em uníssono, lutaram pela conquista de direitos e garantiram importantes vitórias. Acontece que a juventude, vestida e sonhos, não cansa e a luta ainda continua. No próximo dia 11/7, a UNE e movimentos sociais convocam toda a sociedade para colorir as ruas e avenidas, em uma grande marcha pela educação.

Silêncio na mídia, agito nas redes

Por José Dirceu, em seu blog:

Tem recebido pouca atenção – na verdade, nenhuma – na grande imprensa a história do processo da Receita Federal contra a Rede Globo por sonegação. Mas blogs e internautas têm dado grande repercussão ao caso, trazendo novas informações e revelações quase diariamente.

BC vira refém da mídia rentista

Por Altamiro Borges

Nos últimos dias, a mídia rentista alardeou que uma nova alta dos juros seria inevitável para derrotar o fantasma da inflação. Editoriais nos jornalões e comentários terroristas nas tevês fizeram coro com os interesses dos banqueiros. Nesta quinta-feira (10), pela terceira vez seguida, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central cedeu à pressão do capital financeiro e da sua mídia e elevou a taxa básica de juros, a Selic, em 0,5 ponto percentual - para 8,5% ao ano.