quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Glossário para entender Aécio Neves

Do site Muda Mais:

O candidato Aécio Neves (PSDB) se diz o representante da mudança, mas ele mesmo não consegue explicar o que vai fazer de diferente. Para ajudar o eleitor a entender melhor o que Aécio quer dizer, o Muda Mais preparou um compacto glossário do candidato. Nele você terá o termo, seguido da definição no dicionário e o exemplo prático.

Nepotismo: favoritismo para com parentes no funcionalismo público. Desde 2008, súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal proíbe a prática, mas Aécio Neves teve uma irmã, três tios e três primos no seu governo em Minas.

Fabulação: ato ou efeito de contar histórias fantasiosas como verdade, como faz agora a campanha do PSDB, partido que, no passado, declarou que o Bolsa Família era um Bolsa Esmola e que estimulava a preguiça e agora fantasia com a paternidade do programa.

Ajustamento de gestão: ato ou efeito de ajustar a administração, gerência. Por negligenciar áreas que são importantes à população, como saúde e educação, o governo tucano precisou assinar compromisso com o Tribunal de Contas do Estado para melhorar/ajustar a gestão tucana. É importante ressaltar que ajustamento de gestão é diferente do choque de gestão (sinônimo de medidas impopulares ou medidas necessárias), que significa desemprego e arrocho.

Arrocho: aperto, compressão. Diferente do arrocha sertanejo, esse não tem nada de divertido, pois no modelo tucano significa perda do poder de compra, ou seja, menos dinheiro na carteira do trabalhador, do empresário, aperto financeiro.

Inconstitucionalidade: qualidade, caráter ou condição do que é inconstitucional. No caso de Aécio, editar e promulgar a Lei Complementar 100/2007. O Supremo Tribunal Federal considerou a legislação ilegal, e assim, o modelo de 98 mil contratações sem concurso na área de educação executadas no governo de Aécio foi considerado ilegal.

Corrupção: ato, processo ou efeito de corromper(-se), subornar uma ou mais pessoas em causa própria ou alheia, emprego de meios ilegais para, em benefício próprio apropriar-se de informações privilegiadas. No modelo tucano, é sinônimo de impunidade. Exemplos:

- Escândalo da Pasta Rosa: dossiê que indicava a existência de um sistema organizado de financiamento eleitoral ilegal, com base na prática de caixa 2. No total, 49 políticos foram acusados, entre eles, José Serra (PSDB/SP) e Antônio Carlos Magalhães (ACM). O caso veio à tona em 1995, quando funcionários do Banco Central trabalhavam em uma auditoria no Banco Econômico e encontraram o dossiê na sala do ex-dono do banco, Ângelo Calmon de Sá. Em tempo, o banqueiro foi fiel ao regime militar e apoiou a candidatura de Fernando Henrique Cardoso. O caso foi engavetado por Geraldo Brindeiro, que era conhecido como o engavetador-geral da República.
- Mensalão tucano: também conhecido como mensalão mineiro ou tucanoduto. É o escândalo de peculato (desvio de dinheiro público por servidor) e lavagem de dinheiro que ocorreu na campanha para a eleição de Eduardo Azeredo. Candidato ao governo de Minas Gerais em 1998, Azeredo é um dos fundadores do PSDB e, na época, era presidente nacional do partido. É importante ressaltar que o esquema foi montado pelo empresário Marcos Valério.
- Trensalão: esquema de pagamento de propina a integrantes do governo do estado de São Paulo e ao PSDB pelo grupo francês Alstom. O inquérito brasileiro, iniciado em 2008, tem suas principais provas originadas em investigações da Suíça. Vale lembrar que as autoridades suíças tiveram muita dificuldade para investigar, pois o pedido ficou por quase três anos bem guardadinho no gabinete do procurador da República, Rodrigo de Grandis.

- Cantareira: maior sistema de captação e tratamento de água para a Grande São Paulo, mas pode ser colocado também como sinônimo do modelo tucano de gestão, ou seja, racionamento: primeiro foi o de energia, agora é o de água.

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