segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
Aécio e a prisão do jornalista em MG
Por Altamiro Borges
Numa operação no mínimo suspeita, a polícia de Minas Gerais prendeu nesta segunda-feira (20) o jornalista Marco Aurélio Flores Carone, diretor de redação do sítio “Novo Jornal”. Ele foi detido em Belo Horizonte por solicitação da juíza Maria Isabel Fleck, da 1ª Vara Criminal. Em novembro passado, o Ministério Público do Estado o denunciou por formação de quadrilha, falsificação de documentos, falsidade ideológica, denunciação caluniosa e fraude processual. Todas as acusações tiveram como base os contatos estabelecidos pelo jornalista com o lobista Nilton Monteiro, que tornou pública a explosiva “Lista de Furnas” sobre o esquema de desvio de dinheiro da estatal nos governos tucanos de Minas Gerais.
Numa operação no mínimo suspeita, a polícia de Minas Gerais prendeu nesta segunda-feira (20) o jornalista Marco Aurélio Flores Carone, diretor de redação do sítio “Novo Jornal”. Ele foi detido em Belo Horizonte por solicitação da juíza Maria Isabel Fleck, da 1ª Vara Criminal. Em novembro passado, o Ministério Público do Estado o denunciou por formação de quadrilha, falsificação de documentos, falsidade ideológica, denunciação caluniosa e fraude processual. Todas as acusações tiveram como base os contatos estabelecidos pelo jornalista com o lobista Nilton Monteiro, que tornou pública a explosiva “Lista de Furnas” sobre o esquema de desvio de dinheiro da estatal nos governos tucanos de Minas Gerais.
Kaique e rolezinho: o lugar de cada um
Por Eliane Brum, no jornal El País:
A morte do adolescente Kaique Augusto Batista dos Santos e os rolezinhos não coincidem apenas no calendário. Dizem de um lugar: onde é “natural” encontrar um jovem negro e pobre, onde não é “natural” encontrá-lo. A lógica que determina a criminalização prévia dos rolezinhos e a não criminalização prévia da morte de Kaique - acontecimentos que moveram São Paulo e parte do país nos últimos dias - é a mesma. Ela indaga por territórios e revela leis não escritas.
A morte do adolescente Kaique Augusto Batista dos Santos e os rolezinhos não coincidem apenas no calendário. Dizem de um lugar: onde é “natural” encontrar um jovem negro e pobre, onde não é “natural” encontrá-lo. A lógica que determina a criminalização prévia dos rolezinhos e a não criminalização prévia da morte de Kaique - acontecimentos que moveram São Paulo e parte do país nos últimos dias - é a mesma. Ela indaga por territórios e revela leis não escritas.
Revolução Cidadã completa sete anos!
Por Beto Almeida
Muito ocupada com o exercício de um oposicionismo crescentemente virulento neste ano eleitoral, a mídia brasileira praticamente não registrou a passagem do sétimo ano da Revolução Cidadã, no Equador, ocorrido na semana passada. Nem por isto, o processo dirigido pelo jovem presidente e economista Rafael Correa, processo também conhecido como “o socialismo do bom viver”, com amplo e expansivo apoio popular, tem menos importância, e deveria ser objeto de estudos, debates por parte de governos, partidos progressistas, sindicatos, movimentos sociais e intelectuais. E de muito mais informação. Neste tema, a exceção tem sido a TV Brasil.
Muito ocupada com o exercício de um oposicionismo crescentemente virulento neste ano eleitoral, a mídia brasileira praticamente não registrou a passagem do sétimo ano da Revolução Cidadã, no Equador, ocorrido na semana passada. Nem por isto, o processo dirigido pelo jovem presidente e economista Rafael Correa, processo também conhecido como “o socialismo do bom viver”, com amplo e expansivo apoio popular, tem menos importância, e deveria ser objeto de estudos, debates por parte de governos, partidos progressistas, sindicatos, movimentos sociais e intelectuais. E de muito mais informação. Neste tema, a exceção tem sido a TV Brasil.
Shopping Iguatemi aguenta o rolezinho?
Por Saul Leblon, no sítio Carta Maior:
O Museu Henry Ford, em Detroit, nos EUA, guarda inúmeras relíquias da história norte-americana sobre rodas.
O veículo no qual Kennedy foi baleado está lá.
Gigantescas locomotivas que desbravaram a expansão ferroviária do país no século XIX ilustram em toneladas de ferro e aço o sentido da expressão revolução metal-mecânica.
O Museu Henry Ford, em Detroit, nos EUA, guarda inúmeras relíquias da história norte-americana sobre rodas.
O veículo no qual Kennedy foi baleado está lá.
Gigantescas locomotivas que desbravaram a expansão ferroviária do país no século XIX ilustram em toneladas de ferro e aço o sentido da expressão revolução metal-mecânica.
A pauta política engajada da Folha
Do blog de José Dirceu:
O jornalão da Alameda Barão de Limeira deu uma página ontem para a reforma ministerial em discussão pela presidenta Dilma Rousseff com o PT e os partidos da base aliada. Mudanças absolutamente necessárias diante da legislação brasileira que estabelece prazos de desincompatibilização para ocupantes de cargos executivos que vão concorrer ao pleito de 05 de outubro próximo.
O jornalão da Alameda Barão de Limeira deu uma página ontem para a reforma ministerial em discussão pela presidenta Dilma Rousseff com o PT e os partidos da base aliada. Mudanças absolutamente necessárias diante da legislação brasileira que estabelece prazos de desincompatibilização para ocupantes de cargos executivos que vão concorrer ao pleito de 05 de outubro próximo.
Aécio não quer conversa na internet
E Aécio Neves (PSDB) continua sua investida contra a internet. Não bastou propor que críticas a candidatos nas próximas eleições sejam retiradas do ar, o senador mineiro-carioca move ações na justiça contra o Google e o Facebook. No caso do site de busca, o processo corre em sigilo. A denúncia foi publicada no site da Revista Fórum.
Miruna e a solidariedade a Genoino
Por Miruna Kayano Genoino, especial para a Rede Brasil Atual:
Quando eu tinha por volta de 13, 14 anos, comecei a ter consciência de tudo o que meu pai e minha mãe tinham feito na época da ditadura. Abriram mão de família, amigos, conforto, estabilidade e entraram em clandestinidade, fuga, medo, prisão e tortura porque não duvidaram um minuto sobre de que lado estavam: o de quem lutava pela liberdade para todos. Apesar de ser para mim claro o fato de que tinham lutado por algo sem dúvida muito importante, sempre me vinha à mente uma pergunta: será que se eu vivesse naquela época, teria tido coragem de fazer tudo isso? Será que eu teria tido essa força? Será?
Quando eu tinha por volta de 13, 14 anos, comecei a ter consciência de tudo o que meu pai e minha mãe tinham feito na época da ditadura. Abriram mão de família, amigos, conforto, estabilidade e entraram em clandestinidade, fuga, medo, prisão e tortura porque não duvidaram um minuto sobre de que lado estavam: o de quem lutava pela liberdade para todos. Apesar de ser para mim claro o fato de que tinham lutado por algo sem dúvida muito importante, sempre me vinha à mente uma pergunta: será que se eu vivesse naquela época, teria tido coragem de fazer tudo isso? Será que eu teria tido essa força? Será?
Antijornalismo do Manhattan Connection
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
Me enviam um vídeo no Facebook que me faz rever Diogo Mainardi. É um trecho de um Manhattan Connection com uma entrevista com Luiza Trajano, dos magazines Luiza.
E é também uma estupenda aula de antijornalismo. Nas escolas de jornalismo poderiam passar o vídeo e dizer: "Prestem atenção. É assim que não se faz jornalismo."
Me enviam um vídeo no Facebook que me faz rever Diogo Mainardi. É um trecho de um Manhattan Connection com uma entrevista com Luiza Trajano, dos magazines Luiza.
E é também uma estupenda aula de antijornalismo. Nas escolas de jornalismo poderiam passar o vídeo e dizer: "Prestem atenção. É assim que não se faz jornalismo."
Rolezinhos, wikieruditos e googlectuais
Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:
As revistas semanais de informação e os jornais do fim de semana tentam decifrar o fenômeno do “rolezinho” com muita sociologia de manual e um bocado de preconceito. Em tempos de Google e Wikipedia, o número de intelectuais e eruditos na imprensa tende a se multiplicar na proporção dos aparelhos móveis conectados à internet.
As revistas semanais de informação e os jornais do fim de semana tentam decifrar o fenômeno do “rolezinho” com muita sociologia de manual e um bocado de preconceito. Em tempos de Google e Wikipedia, o número de intelectuais e eruditos na imprensa tende a se multiplicar na proporção dos aparelhos móveis conectados à internet.
Quem tem medo do "rolezinho"
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
Eu acho que nossos antropólogos de ocasião deveriam fazer um esforço e não discutir o que fazer com o rolezinho.
Ninguém discute o que fazer com as alunas do colégio Vera Cruz quando saem elas em grupo para um passeio no shopping center Iguatemi. Ou quando a turma do Mackenzie vai até o Shopping Higienópolis.
Eu acho que nossos antropólogos de ocasião deveriam fazer um esforço e não discutir o que fazer com o rolezinho.
Ninguém discute o que fazer com as alunas do colégio Vera Cruz quando saem elas em grupo para um passeio no shopping center Iguatemi. Ou quando a turma do Mackenzie vai até o Shopping Higienópolis.
Os donos da mídia e a batalha de 2014
Por Laurindo Lalo Leal Filho, na Revista do Brasil:
Assumida como principal partido de oposição, a mídia brasileira faz lembrar a peça de Pirandello Seis Personagens à Procura de um Autor. Aqui, são seis famílias à procura de um candidato à Presidência da República. Enquanto não descobrem (ou não decidem) quem será o seu líder, vão montando os quadros de apoio e os cenários para sustentá-lo.
Assumida como principal partido de oposição, a mídia brasileira faz lembrar a peça de Pirandello Seis Personagens à Procura de um Autor. Aqui, são seis famílias à procura de um candidato à Presidência da República. Enquanto não descobrem (ou não decidem) quem será o seu líder, vão montando os quadros de apoio e os cenários para sustentá-lo.