terça-feira, 19 de maio de 2015

Aécio Neves fugiu do bafômetro na TV?

Por Altamiro Borges

O cambaleante Aécio Neves ainda não se curou da ressaca de outubro passado. Em rede nacional de rádio e tevê do PSDB, nesta terça-feira (19), ele voltou a esbanjar valentia contra a presidenta Dilma, tentando envolvê-la no esquema de corrupção da Petrobras – para justificar seu desejo recalcado de abertura do processo de impeachment. “O Brasil precisa saber definitivamente quem roubou, quem mandou roubar e que, sabendo de tudo, se calou ou nada fez para impedir”, esbravejou.

A autoridade moral de FHC

Por Maria Inês Nassif, no site Carta Maior:

A crise econômica vivida pelo governo Dilma Rousseff, no primeiro ano de seu segundo mandato, nem de longe tem a gravidade da que balançou o país no primeiro ano do segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso (1999-2002). A crise política enfrentada por Dilma apenas é mais intensa que a de FHC nesse primeiro ano de segundo mandato porque ele tinha uma base de apoio que, embora mais vulnerável do que a dos primeiros quatro anos, reunia elementos de coesão ideológica inexistentes na atual coalizão governista. FHC apenas tinha uma posição um pouco mais confortável do que tem Dilma agora.

PSDB assume ser o partido dos paneleiros

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Meio envergonhado no começo, sem saber direito como agir diante dos protestos do "Fora Dilma", apresentados como "espontâneos e apartidários", com seus lideres relutando em sair às ruas para se misturar aos manifestantes, agora o PSDB resolveu assumir de vez o papel de partido dos paneleiros e das marchadeiras.

A resposta de Noblat aos paneleiros

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

No filme “Desaparecido”, de Costa Gavras, baseado em fatos reais, o empresário americano Ed Horman (Jack Lemon), um republicano conservador, vai com a nora até o Chile em busca do filho que sumiu.

Charlie Horman, um jornalista simpático a Salvador Allende, fora capturado por agentes de Pinochet. O pai o acusava de ter visões políticas “radicais” e de ser um idealista. Nunca os EUA participariam de um golpe. Para encurtar uma história longa, Ed fica sabendo da pior maneira que o radicalismo homicida estava do outro lado. O despertar de Ed durou até o fim de seus dias.

Lançamento da rede "Jornalistas Livres"


Da página dos Jornalistas Livres:

No próximo domingo, 24/5, uma festa-show celebra o nascimento da rede Jornalistas Livres, que soma diversos coletivos de mídia livre, artistas, jornalistas independentes, repórteres, editores, fotógrafos e cinegrafistas, empenhados em praticar um jornalismo que ajude a enfrentar a escalada da narrativa de ódio e o permanente desrespeito aos direitos humanos e sociais no Brasil.

A rede Jornalistas Livres atua sobre os pilares que sustentam o Jornalismo: história de pessoas, denúncia de abusos aos direitos humanos, acompanhamento e fiscalização de políticas públicas, agendamento de debates, pluralidade de fontes, contextualização dos temas abordados, democratização da informação. O objetivo é ajudar na busca por um país mais justo.
 

China: mais um xeque da Dilma?

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Parece que subestimamos um pouco a nossa presidenta.

Em novembro do ano passado, mencionei uma jogada política astuta dela, ao “deixar rolar” a Lava Jato. Num post intitulado “O xeque-mate de Dilma em seus adversários“, eu fazia a seguinte especulação: que a investigação na Petrobrás iria deixar um rastro destruidor, mas que o setor renasceria renovado, e a presidenta levaria os louros de ter sido a primeira governante a realmente liderar uma verdadeira luta contra a corrupção. Dilma teria lutado à sua maneira, de maneira republicana, democrática, como convêm a um estadista (a quem não compete o papel de juiz ou polícia), não intervindo, em silêncio, dando autonomia inclusive a setores explicitamente hostis ao governo.

A agressão ao filho de Noblat

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O coleguinha Guga Noblat deve merecer toda a solidariedade por conta das agressões que sofreu de alguns alucinados que batiam panelas no Masp, outro dia.

E estes, mais repúdio, porque tiveram a suprema covardia de, no mínimo, assustar sua filha bebê que ele carregava ao peito.

Guga, em seu Facebook, reagiu com muita dignidade e equilíbrio.

Direita começa a colher o que semeou

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:



O colunista e Blogueiro da Globo Ricardo Noblat é um dos pontas-de-lança dessa direita midiática que bate panelas cravejadas de brilhante e copos de cristal em restaurantes contra os programas sociais do PT.

Recado aos senhores: Cuidado com Lula

Por Mino Carta, na revista CartaCapital:

A situação de caos que o País vive precipita um grande equívoco e duas urgências. Destas, uma investe Dilma Rousseff. Esgota-se o tempo que lhe sobra para tentar rever posturas, orientações, escolhas.

Não esqueço a última vez em que estive com ela, em companhia de Sergio Lirio e André Barrocal, para entrevistá-la às vésperas das últimas eleições. Impressionou-me o isolamento da presidenta sobrepujada pelo álgido cenário fascistoide transplantado para o Trópico no Palácio da Alvorada, enorme redoma de solidão. A outra urgência diz respeito a Lula. O ex-presidente chegou a uma peremptória encruzilhada e tem de escolher a saída que mais lhe convém.

O ovo da serpente pode sair pela culatra

Por Kátia Gerab Baggio, no blog Viomundo:

Vou arriscar uma aposta.

Que os veículos direitistas da mídia — principalmente através de colunistas raivosos como Reinaldo Azevedo e “jornalistas” quase inacreditáveis como Rachel Sheherazade (ambos merecem aspas na palavra jornalista) —, além de vídeos que circulam na internet de figuras de extrema-direita como Olavo de Carvalho, estão plantando o ovo da serpente fascista, isso já sabemos. A enorme votação, em 2014, do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) é apenas uma das provas desse avanço da extrema-direita truculenta e sem escrúpulos.

Cuba procura seu caminho com altivez

Por Laurindo Lalo Leal Filho, na Revista do Brasil:

Cuba vinha recebendo em média 2,5 milhões de turistas por ano. No primeiro trimestre de 2015, já chegam a 1 milhão. Isso sem que ainda tenham sido restabelecidos voos regulares com os Estados Unidos. Do Brasil, apenas uma agência de viagens coloca por ano em Cuba cerca de mil visitantes. A tendência é que em pouco tempo a ilha do Caribe, pouco maior que Pernambuco, receba tantos turistas quanto todo o Brasil.

Ensaio sobre as certezas absolutas

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

Todas as pessoas que pensam, vão evoluindo, ao longo da vida, nas suas opiniões. Depurando conceitos, mudando-os, aperfeiçoando argumentos e às vezes adaptando as suas opiniões às novas circunstâncias. Bloch chama atenção que o próprio discurso (ou pregação) de Jesus, não foge a esta regra. Ao lado da pré-disposição de “oferecer a outra face”, Jesus também advertiu: “Eu não vim para trazer a paz, mas a espada; eu vim para acender o fogo”. Ernst Bloch adverte que “há uma diferença muito importante entre dar a outra face, segundo o Sermão da Montanha, quando sou o único ofendido, e tolerar que se ofenda meu próximo (…) o Sermão da Montanha prega a tolerância quando sou eu mesmo o atingido, mas quando é meu irmão é a vítima, não posso tolerar a injustiça, a perseguição, o assassinato.”

Unidade é a bandeira da esperança

Editorial do site Vermelho:

No distante ano de 1966, a 6ª Conferência Nacional do Partido Comunista do Brasil fazia um abrangente pronunciamento sobre a ditadura miliar brasileira que se instalara dois anos antes. Com percuciência, o documento discorria sobre as causas do golpe de Estado, responsabilizando as classes dominantes retrógradas, o imperialismo estadunidense e os generais fascistas e vende-pátria. Sem ilusões, advertia que o regime vinha para ficar e fazia um contundente chamamento à luta. Com o sugestivo título de “União dos brasileiros para salvar o país da crise, da ditadura e da ameaça neocolonialista”, o documento apontava a necessidade da mais ampla unidade do povo brasileiro como caminho a percorrer na luta democrática e anti-imperialista.

Outras razões para a pauta negativa

Por Venício A. de Lima, no Observatório da Imprensa:

O sempre interessante Boletim UFMG que traz, a cada semana, notícias do dia a dia da Universidade Federal de Minas Gerais, informa, na edição de 4 de maio [Ano 41, nº 1.902], sobre trabalho desenvolvido por grupo de pesquisa do Departamento de Ciência da Computação (DCC) em torno da “análise de sentimento” que relaciona o sucesso das notícias com sua polaridade, negativa ou positiva.