quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Bancos lucram com a crise no Brasil

Por Paulo Donizetti de Souza, na Revista do Brasil:

Em recente entrevista a um jornal, o dono do Itaú Unibanco, Roberto Setúbal, fez menção à chamada Agenda Brasil, um conjunto de sugestões de políticas de governo a ser negociadas entre Planalto e Congresso. A “agenda” é assinada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), embora digam as más línguas que teria sido escrita por outras mãos. Setúbal disse que a iniciativa dá alguns “passos”, mas são medidas modestas, “para ir levando o país a sair um pouco dessa crise”. O banqueiro defende reformas mais amplas. Não menciona, por exemplo, a tributária, para que acionistas de grandes empresas, como ele, paguem mais impostos sobre seus lucros e para que o país arrecade mais. Mas acentua o que seria uma prioridade: “Reforma trabalhista”.

PEC contra Lula é pura desfaçatez

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A PEC da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), que tenta proibir a reeleição por períodos descontinuados para cargos do Executivo, coloca o esforço para destruição política de Luiz Inácio Lula da Silva no nível da desfaçatez.

O fato de ter recebido, já, o apoio de 181 parlamentares mostra que é uma iniciativa preocupante.

Este projeto revela que, do ponto de vista dos adversários do governo Lula-Dilma, não basta tentar promover o impeachment da presidente reeleita em 2014, mesmo sem nenhuma base legal para isso.

O fio condutor que leva de Vargas a Dilma

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:


A advogada Maria Goretti reproduziu no Facebook um recorte do Zero Hora de pouco depois do golpe de 1964, quando o diário gaúcho ainda era propriedade de Ary de Carvalho - em 1970, a família Sirotski adquiriu o controle completo da empresa que deu origem a seu império no Sul, a RBS.


A funesta Ideologia da Tesoura

Por Alexandre Pilati, no site Outras Palavras:

Não sem alguma facilidade, os setores conservadores que comandam a sociedade global, através de dolente mantra numerológico, vão conseguindo fazer colar nas cabeças dos setores médios brasileiros a ideia de que a crise econômica atual só se vencerá com uma bela e grande tesoura, que ataque os gastos “escabrosos” do governo federal.

O golpe contra Lula-2018

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Jamais se conspirou tão abertamente como no Brasil de hoje. Num jogo absolutamente aberto, todo o mundo sabe quem são os jogadores e seus movimentos, ventilados na imprensa e em redes sociais diuturnamente, eventualmente pelos próprios autores.

A desqualificação da oposição é feita com competência invejável pela própria oposição. E o objetivo ficou mais claro do que nunca com um singelo projeto de emenda constitucional que acaba de ser apresentado pela deputada federal Cristiane Brasil, dona do PTB.

Filha de Alckmin e a parcialidade da mídia

Por Lino Bocchini, na revista CartaCapital:

Viralizou na internet nesta terça-feira, 15, uma fotografia de Sophia Alckmin, filha do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que apareceu involuntariamente ao lado de duas celebridades americanas, na semana de moda de Nova York. Vários sites de celebridades e amenidades noticiaram o caso como algo pitoresco, divertido.

Globo manipula até no cinema

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Ricardo Calil não entendeu nada. No blog que mantem no UOL, o crítico de cinema estranhou a forma como o jornalismo da TV Globo tratou o filme “Que Horas Ela Volta?”.

O filme, diz Calil, é “uma reflexão crítica sobre as contradições sociais brasileiras centrada nas relações entre uma família de classe alta de São Paulo, sua empregada doméstica e a filha desta (que chega do Recife e fica morando um tempo na casa dos patrões). O filme de Anna Muylaert – que vem fazendo merecido sucesso mundo afora e foi escolhido como candidato brasileiro ao Oscar – revela o quanto ainda há de “Casa Grande e Senzala” nessas relações e o quanto o Brasil se libertou das heranças escravagistas nos últimos anos.”

A defesa da legalidade e a democracia

Por José Carlos Ruy, no site Vermelho:

A direita tem sido o principal fator de instabilidade política no Brasil. Em defesa de seus privilégios, nunca hesitou em dar as costas à legalidade e ameaçar a ordem institucional.

Um dos principais atos antidemocráticos promovidos por ela foi, em 1961, a tentativa de vetar a posse, na Presidência da República, do vice João Goulart, após a renúncia do titular, Jânio Quadros, em 25 de agosto daquele ano.

Goulart era considerado herdeiro político de Getúlio Vargas, o presidente odiado pelos conservadores que, em 24 de agosto de 1954, deu a própria vida para barrar o golpe em andamento para afastá-lo do cargo, em meio a uma campanha recheada, como hoje, por questionáveis denúncias de corrupção contra o presidente.

O "clube amável" do golpismo


Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Publico, com certa tristeza, a ótima intervenção do deputado paulista Orlando Silva, do PCdoB paulista, na sessão de ontem da Câmara dos Deputados.

Tristeza, porque boa parte da esquerda, ao contrário dele, assumiu a ideia de que o Parlamento é aquilo que o velho Leonel Brizola chamou, um dia, de “clube amável da política, com Vossa Excelência pra cá, Vossa Excelência pra lá…”

Reforma ministerial e jogo do impeachment

Por Renato Rovai, em seu blog:

Nada com um dia após o outro para se fazer análises atualmente. A situação política é tão tensa e tão sensível que quem não quer errar muito tem que aprender a fazer avaliações à frio. Ou no mínimo à morno. No calor da hora é extremamente arriscado.

Ontem escrevi logo após o anúncio das medidas pelos ministros Joaquim Levy e Nelson Barbosa que Dilma havia elegido um novo inimigo, os funcionários públicos e seus sindicatos. Bingo!

Hoje já há lideranças sindicais falando em convocar uma greve geral dos servidores. Foi uma análise à quente, mas muito óbvia também e que por isso difícil de errar. Não é possível imaginar que a presidenta e seus principais ministros e assessores não tenham feito este cálculo na proporção dos riscos que ele pode vir a gerar pra um governo já combalido. Ou seja, eles devem ter uma solução para isso.

Saída à esquerda ou definhamento

Por Francisco Fonseca, no site Carta Maior:

A crise política que estamos vivenciando de forma aguda assume diversas feições, mas fundamentalmente é consequência da imbricação de várias crises, tal como procurei analisar no artigo publicado neste Portal em 14/07/2015, intitulado “As Três Crises do Governo Dilma”. Como o afirmamos naquele artigo, as causas da crise têm proveniências distintas:

a) a reação do rentismo que, embora confortável em seus lucros, viu os mesmos diminuírem em contraste ao aumento da participação dos salários no PIB durante os Governos Lula/Dilma; 

Guerra do impeachment chega ao plenário

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Até aqui, as articulações e pregações da oposição para remover a presidente Dilma do governo ocorriam nos gabinetes, nas entrevistas aos jornalistas no salão verde e nas redes sociais. Ontem, pela primeira vez, a luta política desembarcou no plenário da Câmara, dominou a sessão e adiou votações. A ofensiva da oposição encontrou reação à altura dos governistas e até o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, foi chamado de golpista.

A urgência da Frente Brasil Popular

Por Roberto Amaral, em seu blog:

Derrotada nas eleições de 2014 (terceira derrota seguida), a direita intenta depor a presidente Dilma Rousseff mediante o artifício de um impeachment sem base fática, sem arrimo jurídico, apoiado tão simplesmente no ódio vítrio dos derrotados sem consolo. Mas, para além de destituir a presidente, o projeto da direita visa ao retrocesso social.

O eventual impeachment não é o fim, não é o objetivo final, não é a meta, mas o instrumento (e não é pouco) a partir do qual será levado a cabo o projeto de retrocesso social, politico e econômico em curso.

Oposição dá o primeiro tiro do impeachment

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

O golpômetro ficou doido.

Aparentemente vai ser assim por tempo indeterminado, pois é exatamente isso o que caracteriza um momento de instabilidade, o sobe e desce enlouquecido dos índices de estabilidade do governo.

Horas depois de cair quatro pontos, volta a subir mais cinco, por causa do avanço das movimentações da oposição para aplicar um golpe parlamentar.