sábado, 18 de junho de 2016

Temer presenteia o dono do "Helicoca"

Por Altamiro Borges

O Judas Michel Temer parece que surtou de vez. O seu "ministério de notáveis" virou pó em poucos dias - três "sinistros" já foram decapitados e outros estão na linha de tiro. Pesquisas de opinião - não as do Datafolha e do Ibope, que simplesmente sumiram - confirmam o rápido descrédito do golpista. Nesta sexta-feira (17), ele suspendeu a sua estreia em rede de rádio e tevê com medo dos panelaços. Manifestações pelo "Fora Temer" ocorrem quase diariamente em vários cantos do Brasil. E, mesmo assim, o "interino" resolveu nomear o ex-deputado Gustavo Perrella - o famoso dono do "helicoca" - para um importante cargo no Ministério dos Esportes. Será que o Judas cheirou algum alucinógeno?

Cai a máscara dos grupos pró-impeachment

Por Glenn Greenwald, no site The Intercept:

O impeachment da presidente do Brasil democraticamente eleita, Dilma Rousseff, foi inicialmente conduzido por grandes protestos de cidadãos que demandavam seu afastamento. Embora a mídia dominante do país glorificasse incessantemente (e incitasse) estes protestos de figurino verde-e-amarelo como um movimento orgânico de cidadania, surgiram, recentemente, evidências de que os líderes dos protestos foram secretamente pagos e financiados por partidos da oposição. Ainda assim, não há dúvidas de que milhões de brasileiros participaram nas marchas que reivindicavam a saída de Dilma, afirmando que eram motivados pela indignação com a presidente e com a corrupção de seu partido.

A confissão de Gilmar Mendes na Suécia

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Foi divertido ver um vídeo de Gilmar Mendes na Suécia, feito pelo Cafezinho.

O que ele foi fazer lá é irrelevante.

O que importa foi o que ele disse a um jornalista contratado pelo Cafezinho, Wellington Calasans. Disse gaguejando, aliás. Como notou Miguel do Rosário, editor do site, Gilmar estava longe de sua zona de conforto. Não estava dando entrevista por seus amigos da Globo, da Folha, da Veja, aquele tipo de coisa em que está tudo combinado.

A indignação seletiva de Eliane Cantanhêde

Por Camila Spósito, no site Outras Palavras:

A primeira presidenta mulher do Brasil está sendo mantida em cativeiro institucional por seu vice, recém declarado inelegível. Foi afastada de seu cargo, democrática e legitimamente conquistado, acusada de irresponsabilidade na condução das contas públicas por decisão de deputados que, ao contrário dela, são réus da maior operação anticorrupção da história do país.

Não muito longe, uma das primeiras mulheres que chegou a juíza, Kenarik Boujikian, está sofrendo perseguição por denúncia de um de seus colegas de tribunal, acusada de agir ilegalmente ao liberar presos que já haviam cumprido suas penas, mas se mantinham encarcerados por uma questão de morosidade do judiciário. A juíza é reconhecida liderança em Direitos Humanos.

Por trás dos salários da EBC

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Mais uma vez, meu nome é mencionado entre jornalistas que foram contratados com “salários altos” para trabalhar na EBC. Desta vez, quem escreve é a Folha de S. Paulo.

Basta olhar os números de meu contrato anual - disponibilizados oficialmente para toda pessoa interessada - para entender o absurdo dessa afirmação. Não preciso falar pelos demais profissionais mencionados no jornal. Citado nominalmente, falo por mim.

Claro que, como cidadão brasileiro, devo admitir que tenho um salário altíssimo, comparado com a média do país. Mas, como sabe toda pessoa com algum reconhecimento de recursos humanos, os vencimentos de um profissional podem ser considerados altos, ou baixos, em comparação com aquilo que ele foi capaz de receber ao longo de sua vida profissional anterior. Por essa razão, muitos trabalhadores, quando recebem uma oferta de emprego com salário muito inferior, preferem não formalizar o vínculo, para não “manchar a carteira,” o que poderia impedir ganhos melhores no futuro.

Sinceramente, o Brasil atual tem jeito?

Por Leonardo Boff, em seu blog:

Quem olha a cena político-social-econômica atual se pergunta sinceramente:o Brasil tem jeito? Um bando de ladrões, travestidos de senadores-juízes tenta, contra todos os argumentos contrários, condenar uma mulher inocente, a Presidenta Dilma Rousseff, contra a qual não se acusa de nenhuma apropriação de bem público e de corrupção pessoal.

Com as recentes delações premiadas, ficou claro que o problema não é a Presidenta. É a Lava Jato que, para além das delações seletivas contra o PT, está alcançando a maioria dos líderes da oposição. Todos, de uma forma ou outra, se beneficiaram das propinas da Petrobrás para garantir a sua vitória eleitoral. “Precisamos estancar essa sangria” diz um dos notórios corruptos; “do contrário seremos todos comidos; há que se afastar a Dilma”.

Fascistas atacam estudantes da UnB



Do site Vermelho:

O campus da Universidade de Brasília (UnB) foi palco de um ataque de extremistas da direita na noite desta sexta-feira (17). Munidos de porretes, armas de choque e bombas de efeito moral, aproximadamente 30 pessoas invadiram o Instituto Central de Ciências da universidade, conhecido como Minhocão, para agredir os estudantes e depredar o patrimônio público.

Cinco teses sobre o impasse político

Por Juarez Guimarães, no site Carta Maior:

1- Sem um programa para o futuro e os caminhos democráticos para viabilizá-lo, a maioria do povo brasileiro não se mobilizará para derrotar o golpe.

A esquerda brasileira esta reaprendendo a construir sua unidade na diversidade. A formação da Frente Brasil Popular já significou um imenso salto de politização frente a movimentos separados por suas próprias dinâmicas de reivindicação e de horizontes reivindicativos, quando não de culturas corporativas. A unidade entre a Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo tornou esta dinâmica unitária irresistível, isolando posições sectárias. A posição histórica do PSOL de denunciar e lutar contra o golpe, apesar de sua oposição ao governo Dilma, foi um marco. Este sentimento de unidade abriu espaço para um reposicionamento do PDT e para lideranças do campo democrático, cultural e intelectual. A forca imprevista de resistência popular ao golpe é uma conseqüência e depende fundamentalmente do aprofundamento desta unidade.

A usina de propinas enterrou Temer

Por Jeferson Miola

Sérgio Machado, tucano por quase dez anos [foi deputado federal e senador pelo PSDB] e peemedebista nos últimos quinze anos, denunciou nominalmente mais de 20 caciques políticos do PMDB, PSDB, DEM e PP, partidos que historicamente se beneficiam de esquemas de propinas e corrupção montados na Petrobrás.

Ele revelou em detalhes os valores roubados entre 2003 e 2014 – que, atualizados, devem ultrapassar a casa dos R$ 300 milhões. E revelou, também detalhadamente, as circunstâncias de distribuição de dinheiro e o modo preferido de cada político para receber a propina – se diretamente, através de prepostos, de intermediários, disfarçado em contribuição eleitoral etc.

Venezuela: Quanta hipocrisia, Serra!

Por Max Altman, no site Opera Mundi:

O chanceler interino de um governo interino, José Serra, recebeu no Itamaraty o líder opositor venezuelano Henrique Capriles. Disse, segundo nota do Ministério das Relações Exteriores, que via “com bons olhos” a convocação do referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro. Serra também se comprometeu em defender a menção em futuros textos da OEA do referendo como solução para a crise. Quanta hipocrisia!

A maioria tirânica no Senado

Por Maurício Dias, na revista CartaCapital:

Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal, comanda também, conforme determina a lei, o processo de impeachment de Dilma Rousseff em andamento na Comissão Especial do Senado. Ele tem tido papel fundamental para garantir o direito da minoria pró-Dilma, em confronto com a maioria favorável a Temer.

A intromissão do Judiciário tem, no entanto, limites, quando tudo se passa no âmbito de outro poder, o Legislativo.

Delação da Odebrecht terá Temer

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A resposta “veemente” que o presidente interino Michel Temer deu hoje sobre a delação de Sergio Machado, de que teria pedido recursos ilícitos no valor de R$ 1,5 milhão para a campanha de Gabriel Chalita, não deve ser a última sobre seu eventual envolvimento com o esquema investigado pela Lava Jato. No acordo preliminar para sacramentar a delação premiada da construtora Odebrecht, um dos executivos promete falar sobre uma doação de R$ 50 milhões para o PMDB, que teria tido a intermediação de caciques do partido, inclusive de Temer. Os termos preliminares de uma delação podem acabar não figurando nos depoimentos oficiais, que ainda não foram tomados, mas esta revelação, segundo fontes do Ministério Público, aparece no termo preliminar.

A crise econômica saiu dos jornais

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Uma febre renitente me tirou as forças, ontem, para chamar atenção para um artigo muito interessante publicado ontem pela professora de Economia da USP, Laura Carvalho, na Folha de S.Paulo.

No entanto, a denúncia gravíssima do Diário do Centro do Mundo. de que a direção do jornal Valor Econômico “baixou uma ordem aos seus repórteres: ignorar qualquer ato ou palavra da presidenta afastada Dilma Rousseff. Exceto, quando a notícia seja negativa, ainda que mentirosa” acaba de criar o “gancho para voltar ao tema.