terça-feira, 27 de setembro de 2016

Alexandre de Moraes aparelha a Lava-Jato

Por Altamiro Borges

Durante o governo Dilma Rousseff, que se jactava da sua ingênua postura “republicana”, a midiática Operação Lava-Jato serviu para desgastar a presidenta e para criminalizar seu partido. Agora, no covil de Michel Temer, ela serve para abafar as sujeiras dos golpistas e para seguir atacando o PT. Baita republicanismo! Neste domingo (25), Alexandre de Moraes – o carniceiro dos estudantes paulistas que hoje é ministro da Justiça – deixou explícito o aparelhamento da ação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. Em qualquer outro país minimamente civilizado, ele seria imediatamente exonerado e processado por abuso de poder.

Temer “contrata” os mercenários do MBL

http://paraalemdocerebro.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

Depois do ator-pornô Alexandre Frota, o covil golpista tem novos conselheiros de alto padrão intelectual. Segundo reportagem de Mônica Bergamo, publicada na Folha desta sábado (24), “o governo de Michel Temer está chamando movimentos sociais que apoiaram o impeachment para ajudá-lo a pensar na melhor forma de tornar as reformas da Previdência e do trabalho palatáveis à maioria da população. O Movimento Brasil Livre [MBL] está na lista. Um dos líderes do movimento, Renan Santos, se reuniu na quinta-feira (22) com Moreira Franco, que é secretário do Programa de Parcerias de Investimentos, mas ocupa espaço cada vez maior na área da comunicação de Michel Temer, substituindo Eliseu Padilha, da Casa Civil. Novo encontro pode ocorrer na próxima semana, desta vez com as agências de publicidade que detêm a conta do governo”.

Lava Jato errou com Dirceu. E a pena?

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Movida por convicções, a Lava Jato deduziu que a sigla ‘JD’, na planilha de pagamentos da Odebrecht, era uma referência a José Dirceu ou à sua empresa, a JD Consultoria. Agora, ao prender Antonio Palocci, convencida de que ele é o “italiano”, a Lava Jato admite que errou e que a sigla ‘JD’ é uma referência a Jucelino Dourado, ex-chefe de Gabinete de Palocci.

Haddad pode surpreender na reta final

Por Renato Rovai, em seu blog:

Esta eleição não é para amadores. E tão pouco para profissionais. É a eleição dos búzios, dos videntes, dos amigos do desconhecido. Daqueles que têm interlocução com forças cósmicas e cujas vozes não se pode encontrar nos grupos de pesquisas qualitativas.

O número de indecisos nesta semana nas pesquisas espontâneas ainda se encontra na faixa dos 50% em muitas cidades brasileiras. Sendo que em algumas está acima de 60%. É algo absolutamente inédito para a semana de uma disputa municipal, quando os candidatos são pessoas que todos conhecem de no mínimo ouvir falar. Quando há carros de som passando a cada dez minutos por todas as ruas e gente distribuindo santinhos em todas as esquinas.

Relator da OEA critica monopólio da mídia

Foto: Felipe Bianchi
Por Camila Boehm, na Agência Brasil:

O relator para a Liberdade de Expressão da Organização dos Estados Americanos (OEA), Edison Lanza, considera que a violência contra jornalistas e a falta de políticas sobre diversidade e pluralismo nos meios de comunicação do Brasil são problemas para a democracia brasileira.

No entanto, Lanza citou como exemplos positivos no país o Marco Civil da Internet e a Lei de Acesso a Informação. As declarações ocorreram no debate A Situação da Liberdade de Expressão no Brasil, organizado pela Ong Artigo19 e feito, na noite de hoje (26), no Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé.

O braço terrorista do regime de exceção

Por Jeferson Miola

O golpe não se encerrou na sessão do Senado que cassou o mandato da Presidente Dilma na farsa do impeachment. Ali apenas se abriu um capítulo novo do ataque à democracia para a consolidação do regime de exceção que se vive no Brasil.

Os objetivos com a suspensão das regras democráticas são: [1] extirpar Lula e o PT do sistema político brasileiro – portanto, a representação dos pobres na política; [2] transferir a riqueza nacional ao capital estrangeiro mediante a regressão dos direitos do povo; e [3] inserir subalternamente o Brasil, a sétima potência econômica planetária, no sistema mundial.

Liberdade de expressão ameaçada no Brasil

Foto: Felipe Bianchi
Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

O Relator para a Liberdade de Expressão da Organização dos Estados Americanos (OEA), Edison Lanza, esteve em São Paulo nesta segunda-feira (26) em debate promovido pela Artigo 19 em parceria com o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação. Crítico à falta de diversidade de opiniões e ideias na mídia brasileira, Lanza demonstrou preocupação com os iminentes retrocessos sinalizados pelo governo Temer, como o desmonte da comunicação pública e a repressão em protestos e manifestações.

Aprofunda-se o Estado de Exceção!

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Fora Supremo, Fora Dilma. Queremos só Ministério Público e Polícia Federal.

Quando aquela faixa apareceu, em meio à profusão de imagens dos protestos pelo impeachment, em março de 2015, a gente riu. Era uma coisa tão ridícula! Divulgamos em nossos blogs como se ela fosse, em si, tão absurda, que a sua própria divulgação fosse autodesmoralizante.

Eis que ela se torna realidade. Dilma está fora. Não temos mais STF: seus ministros submeteram-se a um silêncio cúmplice e envergonhado, como aliás em todos os outros momentos de arbítrio de nossa história.

Globo escala Faustão para bater em Temer

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Quando até o Faustão critica o governo Temer, é porque a coisa está realmente no bico do corvo e os velhos ladravazes precisam se coçar.

Não há nada que Faustão faça que não seja combinado com seus donos. Ele passa a impressão de ser o campeão da espontaneidade, o fulano que “fala a verdade na cara dos outros”, o tio que “não tem rabo preso” e por aí vai.

Besteira. É cálculo e o papel que ele representa na emissora.

Lava-Jato atua de acordo com a conjuntura

Por Rafael Tatemoto, no jornal Brasil de Fato:

O ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci foi detido pela operação Lava Jato nesta segunda-feira (26). Na semana passada, Guido Mantega, que dirigiu a mesma pasta durante os governos do PT, também teve sua prisão decretada, mas foi liberado no mesmo dia.

A prisão de Palocci foi anunciada um dia antes pelo atual ministro da Justiça do governo não eleito, Alexandre de Moraes, durante uma atividade política com o Movimento Brasil Livre (MBL) em Ribeirão Preto (SP).

Para analisar as motivações Lava Jato, seus limites e seus possíveis efeitos, o Brasil de Fato conversou com Frederico Ribeiro de Almeida, professor de ciência política da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que estuda o sistema judiciário brasileiro e suas relações com a política.

Dilma vê Brasil virando 'Estado de Exceção'



Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Dilma Roussef manifestou-se hoje sobre o fato de Alexandre Moraes ter avisado a integrantes do MBL de Kim Kataguiri, durante um comício no interior de São Paulo, que haveriam “novas prisões esta semana”:

“O país vive uma situação grave. O anúncio de nova operação da Lava-Jato pelo ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, num palanque eleitoral, em plena atividade de campanha em Ribeirão Preto, na véspera da prisão de Antônio Palocci, lança suspeitas de abuso de autoridade e do uso político da Polícia Federal. Se tal situação tivesse ocorrido em meu governo, estaríamos sendo duramente criticados pela imprensa e pela oposição. Estamos caminhando para o Estado de Exceção”.

Denúncias contra Temer caem no ostracismo

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

O presidente não-eleito Michel Temer foi a Nova York discursar na Assembleia Geral da ONU. Há na imprensa quem tenha considerado sua apresentação “sóbria”, “elegante” e “discretamente charmosa”. Para mim, suas declarações mais pareciam um número de comédia stand-up. Entre tantas ótimas, destaco esta anedota:

"Temos um Judiciário independente, um Ministério Público atuante e órgãos do Executivo e Legislativo que cumprem seu dever. Não prevalecem vontades isoladas, mas a força das instituições, sob o olhar atento de uma sociedade plural e de uma imprensa inteiramente livre".