sábado, 3 de dezembro de 2016

Temer teve o que mereceu em Chapecó

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O que é pior: ser vaiado ou desprezado? Ser apupado ou ignorado?

Não são questões fáceis estas que devem estar ocorrendo agora a Michel Temer.

Para resumir, pode-se dizer que ele teve o que merecia nesta sábado em Chapecó.

Depois de uma série de idas e vindas, em que o pânico das vaias falou alto para sua alma medrosa como de hábito, ele decidiu ir ao estádio do Chapecó para as homenagens às vítimas da tragédia.

As divergências no covil golpista

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

A palavra da moda é pós-verdade. Trata-se apenas de uma forma de definir a mentira. No campo da pós-verdade, não valem os fatos, mas as crenças. Seu uso é sempre uma forma interessada de intervir no debate público, de modo a impedir o necessário apoio em fatos. Quem tem certeza absoluta não precisa da realidade. Por isso a pós-verdade é ao mesmo tempo a ferramenta predileta da imprensa hegemônica, dos partidos sem substância popular e dos poderes da República. Não há nada melhor que a suspensão do debate para quem defende seu território.

As novas fraudes da Lava Jato

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Segundo pesquisa Ipsus, divulgada na Folha de hoje, 96% da população apoia a Lava Jato "custe o que custar". É uma coisa de louco: apoio à Lava Jato mesmo que traga instabilidade política, instabilidade econômica, desemprego.

O Ipsos vem fazendo pesquisas sobre Lava Jato e PT desde o início de 2016. Foram pesquisas importantes para subsidiar o golpe, que ainda não terminou: é preciso estabelecer um regime autoritário. O momento para divulgar essa pesquisa não poderia ser mais oportuno: na véspera da marcha pró-lava jato marcada para domingo. A consultoria política e publicitária da força-tarefa segue firme e operante.

A demanda dos fascistas que saíram às ruas no início do ano e que pretendem voltar a ela neste domingo se concretizou: fora Dilma, fora STF, queremos só Ministério Público e Polícia Federal.


Fora eleição, o resto é golpe

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Nós sabemos que a dificuldade de pensar com a própria cabeça constitui um dos obstáculos mais sérios à uma atuação política coerente com as urgências da história de um país. Numa sociedade dividida em classes, onde a dinâmica elementar da vida política é alimentada por interesses divergentes e até incompatíveis, a falta de clareza a respeito dos objetivos prioritários é o caminho mais curto para a derrota e o retrocesso.

Situações políticas turbulentas, nas quais a relação de forças evolui rapidamente e a posição dos personagens principais se modifica de forma difícil de prever, são particularmente propícias ao engano e a confusão.

Onde é a saída para Temer?

Por Maurício Dias, na revista CartaCapital:

A lembrança de um pequeno trocadilho, muito além de deduções políticas complexas ou elementares, é o melhor caminho para Michel Temer livrar-se da tormenta em que se meteu. É tudo muito simples. Basta abrir a porta do Palácio do Planalto e sair.

Temer cometeu crime de responsabilidade, como já foi amplamente falado, por pressionar um ministro, Marcelo Calero, da Cultura, em defesa dos interesses particulares de outro ministro, Geddel Vieira Lima, da Secretaria de Governo. Ambos já fora das respectivas funções.

Meirelles afunda economia e já é fritado

Do site Vermelho:

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, chegou ao cargo louvado pela mídia e pelo mercado financeiro, sua origem. Era apresentado como o salvador da economia. Passados seis meses, a ilusão acabou. Todos os indicadores econômicos pioraram, e a estratégia de colocar a culpa na gestão anterior já não cola mais. O líder da “equipe dos sonhos” agora é alvo de críticas e pressões, inclusive dentro do próprio governo. Descobriram agora que o ajuste fiscal prometido não vai tirar o país do buraco.


O voo solo dos tucanos

Por Helena Borges, no site The Intercept-Brasil:

Os panelaços realizados em bairros nobres na quarta-feira, dia 30, e a manifestação organizada pelos mesmos grupos de direita que pediram o impeachment de Dilma Rousseff, marcada para domingo, dia 4, evidenciam a queda da já pouca popularidade do presidente Michel Temer. E assim se encerra a lua-de-mel entre governo e PSDB, que se provou fogo de palha e acaba de apagar.

“Depende do presidente, não depende do PSDB”, disse o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, um dos mais proeminentes nomes dentro do partido, nos idos de abril, pouco antes de Temer assumir o governo interino. Na mesma semana, chegou a afirmar que “o Brasil está em primeiro lugar, o partido vem depois“. No entanto, para deixar bem claro no caso de algo dar errado, arrematou: “Isso não será um governo do PSDB”.

FHC pode ser a solução para o golpismo

Por Renato Rovai, em seu blog:

O velho ditado de que onde há fumaça tem fogo não costuma falhar.

A fumaça foi ao ar com um artigo do atual estrategista de redes do PSDB, o ex-ministro e grande amigo do ex-presidente, Xico Graziano.

Ele lançou o volta FHC.

Aécio sentiu o cheiro da fumaça e disse que se tratava de um artigo desrespeitoso a FHC. Tentou tampar a fumaça com um tapete.