Por Luciano Martins Costa, na revista Brasileiros:
Os integrantes e associados do governo enterino do sr. Michel Temer já receberam cópias do conteúdo das delações da Odebrecht.
A conclusão é dos advogados que editam o site e boletim Migalhas, especializado em questões jurídicas.
Para quem estranhava a súbita renúncia do ex-ministro das Relações Exteriores José Serra, eis aí uma boa pista.
Sob o título “Ai que dó”, a nota observa que o advogado José Yunes acaba fazendo a revelação ao se complicar nas explicações sobre como recebeu um pacote de dinheiro do doleiro Lúcio Funaro: ele confessou ter atuado como “mula” do agora ministro Eliseu Padilha, da Casa Civil.
Deve o autor, evidentemente, se desculpar publicamente com a nobre estirpe dos muares.
“Ai que dó” é como o Migalhas se refere à alegação de Yunes, de que não sabia que o pacote entregue por Funaro continha dólares.
“A informação de Yunes revela que ‘eles’ já tiveram acesso à delação da Odebrecht. E estão, todos, montando suas versões”, diz o boletim.
O fato é muito grave e coloca uma pá de cal sobre a credibilidade da força-tarefa que conduz a operação Lava-Jato: o conteúdo da delação de Claudio Mello Filho, da Odebrecht, nunca foi revelado, o que significa que a equipe liderada pelo juiz Sergio Moro vazou para os acusados o teor das acusações, para que eles possam planejar suas defesas.
O presidente-tampax vê se desmoralizar ainda mais seu gabinete quando o ministro Serra deixa abruptamente o cargo e alega um problema de coluna, ou, como se apressou a divulgar a mensageira Eliane Cantanhede (Grupo Globo e Estado de S. Paulo), Serra estava “tristinho” no cargo de ministro das Relações Exteriores.
Serra saiu para tentar se desviar da enxurrada de esterco que a Lava-Jato procura esconder.
Esse é o episódio que irá marcar definitivamente as biografias dos integrantes do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça.
A evidência de favorecimento, por parte dos personagens que são tidos pelos midiotas como heróis da moralidade pública, a integrantes da quadrilha abrigados no poder federal, não admite omissão: cumpre ao CNJ agir, cumpre ao STF dar aos brasileiros um sinal de que nem tudo é esculhambação.
Nem se deve, a esta altura, cobrar alguma responsabilidade da imprensa hegemônica, porque de onde nada se espera é que nada sai, mesmo.
Mas pode-se apostar que pelo menos a Folha de S. Paulo, o jornal que atua como uma espécie de agência privada do ex-ministro Serra, venha a trazer alguma informação nova enquanto repinicam os tamborins.
Os midiotas, atordoados pela comprovação de que o impeachment de Dilma Rousseff instalou as raposas no galinheiro, não têm mais como ficar repetindo que o mandato do sr. Temer é transitório, porque a transição significa que se sai de um lugar para outro, e ele demonstra não saber onde está.
Faltava ao inquilino do Planalto legitimidade. Depois se constatou que faltava estofo e carisma para conduzir o que, segundo seus acólitos, seria a transição para fora da crise econômica; agora não há como esconder que falta honestidade, falta estratégia, falta respaldo popular, falta competência.
O governo enterino não tem para onde ir.
Aliás, alguns de seus integrantes e ex-integrantes têm, sim: o presídio da Papuda.
Os integrantes e associados do governo enterino do sr. Michel Temer já receberam cópias do conteúdo das delações da Odebrecht.
A conclusão é dos advogados que editam o site e boletim Migalhas, especializado em questões jurídicas.
Para quem estranhava a súbita renúncia do ex-ministro das Relações Exteriores José Serra, eis aí uma boa pista.
Sob o título “Ai que dó”, a nota observa que o advogado José Yunes acaba fazendo a revelação ao se complicar nas explicações sobre como recebeu um pacote de dinheiro do doleiro Lúcio Funaro: ele confessou ter atuado como “mula” do agora ministro Eliseu Padilha, da Casa Civil.
Deve o autor, evidentemente, se desculpar publicamente com a nobre estirpe dos muares.
“Ai que dó” é como o Migalhas se refere à alegação de Yunes, de que não sabia que o pacote entregue por Funaro continha dólares.
“A informação de Yunes revela que ‘eles’ já tiveram acesso à delação da Odebrecht. E estão, todos, montando suas versões”, diz o boletim.
O fato é muito grave e coloca uma pá de cal sobre a credibilidade da força-tarefa que conduz a operação Lava-Jato: o conteúdo da delação de Claudio Mello Filho, da Odebrecht, nunca foi revelado, o que significa que a equipe liderada pelo juiz Sergio Moro vazou para os acusados o teor das acusações, para que eles possam planejar suas defesas.
O presidente-tampax vê se desmoralizar ainda mais seu gabinete quando o ministro Serra deixa abruptamente o cargo e alega um problema de coluna, ou, como se apressou a divulgar a mensageira Eliane Cantanhede (Grupo Globo e Estado de S. Paulo), Serra estava “tristinho” no cargo de ministro das Relações Exteriores.
Serra saiu para tentar se desviar da enxurrada de esterco que a Lava-Jato procura esconder.
Esse é o episódio que irá marcar definitivamente as biografias dos integrantes do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça.
A evidência de favorecimento, por parte dos personagens que são tidos pelos midiotas como heróis da moralidade pública, a integrantes da quadrilha abrigados no poder federal, não admite omissão: cumpre ao CNJ agir, cumpre ao STF dar aos brasileiros um sinal de que nem tudo é esculhambação.
Nem se deve, a esta altura, cobrar alguma responsabilidade da imprensa hegemônica, porque de onde nada se espera é que nada sai, mesmo.
Mas pode-se apostar que pelo menos a Folha de S. Paulo, o jornal que atua como uma espécie de agência privada do ex-ministro Serra, venha a trazer alguma informação nova enquanto repinicam os tamborins.
Os midiotas, atordoados pela comprovação de que o impeachment de Dilma Rousseff instalou as raposas no galinheiro, não têm mais como ficar repetindo que o mandato do sr. Temer é transitório, porque a transição significa que se sai de um lugar para outro, e ele demonstra não saber onde está.
Faltava ao inquilino do Planalto legitimidade. Depois se constatou que faltava estofo e carisma para conduzir o que, segundo seus acólitos, seria a transição para fora da crise econômica; agora não há como esconder que falta honestidade, falta estratégia, falta respaldo popular, falta competência.
O governo enterino não tem para onde ir.
Aliás, alguns de seus integrantes e ex-integrantes têm, sim: o presídio da Papuda.
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