Por Tereza Cruvinel, em seu blog:
Em janeiro passado, o ex-presidente Lula reclamou do excesso de palavras de ordem e da falta de reações concretas diante do avanço do golpe. “Nós ficamos gritando 'Fora Temer' e o Temer está lá dentro. Gritamos 'não vai ter golpe' e teve golpe. Estamos gritando contra as reformas e elas estão sendo aprovadas”. Logo depois dona Marisa Letícia morreu, ele fez o luto e pegou a estrada, colocando sua candidatura na rua. O programa do golpe fracassou em todas as frentes, inclusive no projeto de unificação de suas forças partidárias em torno de um candidato que daria prosseguimento à sua agenda de entreguismo e retrocessos. Lula consolidou-se na dianteira e o golpismo recrudesceu.
Em janeiro passado, o ex-presidente Lula reclamou do excesso de palavras de ordem e da falta de reações concretas diante do avanço do golpe. “Nós ficamos gritando 'Fora Temer' e o Temer está lá dentro. Gritamos 'não vai ter golpe' e teve golpe. Estamos gritando contra as reformas e elas estão sendo aprovadas”. Logo depois dona Marisa Letícia morreu, ele fez o luto e pegou a estrada, colocando sua candidatura na rua. O programa do golpe fracassou em todas as frentes, inclusive no projeto de unificação de suas forças partidárias em torno de um candidato que daria prosseguimento à sua agenda de entreguismo e retrocessos. Lula consolidou-se na dianteira e o golpismo recrudesceu.
Está aí o roteiro para tirá-lo da disputa, depois de um julgamento acintosamente cronometrado com este objetivo. Agora também é preciso mais que palavras de ordem mas Lula já fez a parte dele. Se tivesse se omitido, se não estivesse percorrendo o país dizendo as verdades que pautarão a disputa, o TRF-4 estaria seguindo no passo lento de sempre. A defesa da democracia agora é tarefa não apenas do PT mas de todo o campo democrático e progressista, de cada brasileiro inconformado com o esbulho da eleição livre, em que todos possam concorrer.
Não basta preparar um ato para Porto Alegre no dia 24 de janeiro, durante o julgamento. A tal mobilização permanente aprovada pelo PT precisa se traduzir em atos diários até lá, em denúncias internacionais, na formação dos comitês de defesa da candidatura, em agitação e propaganda constantes contra o tapetão que vem sendo urdido pela coalizão entre Judiciário, mídia, mercado e partidos governistas. As outras forças de esquerda – PDT, PCdoB e PSOL – não podem se limitar à defesa do “direito” de Lula ser candidato. Se não tiverem a grandeza da unidade nesta hora, serão todos esmagados pelo trator de esteira.
Não é fácil, os canais com a população estão bloqueados pelo monolitismo da mídia, a conjuntura e a crise são desmobilizantes, e ainda tem o climão do final de ano, e depois as férias, o verão... Mas a hora é grave e o tempo urge. Lula tem o apoio decidido de cerca de 35% do eleitorado e há uma boa fração de eleitores não direitistas, ou não anti-petistas, que admitem votar nele. A estes últimos, principalmente, é preciso esclarecer que ele não será julgado por um tríplex que não possui mas porque, vitorioso, será o coveiro do programa golpista que vem comprometendo o futuro do país, revogará as políticas anti-povo e reverterá o entreguismo sintetizado na abdicação do pré-sal.
Lula será julgado pelo que já fez e pelo que está prometendo fazer: um novo mandato mais ousado, com referendo revogatório das reformas de Temer, com uso parcial das reservas para retomar os investimentos públicos, incluir novamente os pobres na economia e propiciar a verdadeira retomada do crescimento e da prosperidade. Vem desafiando os rugidos do mercado. A coalizão golpista não tem sequer um candidato único e competitivo mas para impedir Lula irá mais longe, forçando, com a mão do Judiciário, uma exclusão que no futuro suscitará uma pergunta espantosa, como aquela que nos fazemos ainda hoje diante do julgamento de Sócrates e de outros que foram condenados não pelo que realmente fizeram, mas porque precisavam ser eliminados com uma aparência de legalidade: “como foi possível?”.
Para que não seja possível, não bastam palavras de ordem.
Não basta preparar um ato para Porto Alegre no dia 24 de janeiro, durante o julgamento. A tal mobilização permanente aprovada pelo PT precisa se traduzir em atos diários até lá, em denúncias internacionais, na formação dos comitês de defesa da candidatura, em agitação e propaganda constantes contra o tapetão que vem sendo urdido pela coalizão entre Judiciário, mídia, mercado e partidos governistas. As outras forças de esquerda – PDT, PCdoB e PSOL – não podem se limitar à defesa do “direito” de Lula ser candidato. Se não tiverem a grandeza da unidade nesta hora, serão todos esmagados pelo trator de esteira.
Não é fácil, os canais com a população estão bloqueados pelo monolitismo da mídia, a conjuntura e a crise são desmobilizantes, e ainda tem o climão do final de ano, e depois as férias, o verão... Mas a hora é grave e o tempo urge. Lula tem o apoio decidido de cerca de 35% do eleitorado e há uma boa fração de eleitores não direitistas, ou não anti-petistas, que admitem votar nele. A estes últimos, principalmente, é preciso esclarecer que ele não será julgado por um tríplex que não possui mas porque, vitorioso, será o coveiro do programa golpista que vem comprometendo o futuro do país, revogará as políticas anti-povo e reverterá o entreguismo sintetizado na abdicação do pré-sal.
Lula será julgado pelo que já fez e pelo que está prometendo fazer: um novo mandato mais ousado, com referendo revogatório das reformas de Temer, com uso parcial das reservas para retomar os investimentos públicos, incluir novamente os pobres na economia e propiciar a verdadeira retomada do crescimento e da prosperidade. Vem desafiando os rugidos do mercado. A coalizão golpista não tem sequer um candidato único e competitivo mas para impedir Lula irá mais longe, forçando, com a mão do Judiciário, uma exclusão que no futuro suscitará uma pergunta espantosa, como aquela que nos fazemos ainda hoje diante do julgamento de Sócrates e de outros que foram condenados não pelo que realmente fizeram, mas porque precisavam ser eliminados com uma aparência de legalidade: “como foi possível?”.
Para que não seja possível, não bastam palavras de ordem.
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