quarta-feira, 24 de maio de 2017

#OcupaBrasília acelera enterro de Temer

Brasília, 24/5/17. Foto: Jornalistas Livres
Por Altamiro Borges

As cenas da barbárie policial em Brasília na tarde desta quarta-feira (24) – com helicópteros, bombas de gás, balas de borracha, muito cassetete e vários feridos – não são sinais de força do Judas Michel Temer. Pelo contrário. Elas confirmam a sua fragilidade. Indicam que o protesto unitário, organizado pelas nove centrais sindicais e a maioria dos movimentos socais brasileiros – reunidos nas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo – podem acelerar o fim do covil golpista. A quadrilha que assaltou o Palácio do Planalto com o impeachment de Dilma pode até acionar as Forças Especiais e as tropas do Exército, mas seu fim está próximo. Se insistir em desafiar a sociedade – "se quiserem, me derrubem" –, Michel Temer poderá ser não apenas defecado do poder como será preso ou terá que deixar o país!

Temer declara guerra ao povo

Brasília, 24/5/17. Foto: Thiago Macambira/ Jornalistas Livres
Editorial do site Jornalistas Livres:

O governo Temer escancarou sua face. Com um decreto assinado há pouco, convocou as Forças Armadas para reprimir manifestações. Além de uma máquina de corrupção, o usurpador do Planalto mostrou dirigir uma máquina de guerra contra o povo.

Mais de cem mil pessoas reuniram-se pacificamente em Brasília pedindo a renúncia do fantoche, eleições diretas e dando um sonoro não às reformas liquidadoras da aposentadoria e dos direitos trabalhistas. O que encontraram? Soldados armados até os dentes e dispostos a atacar uma manifestação democrática.

Petroleiros exigem renúncia de Pedro Parente

Do site da Federação Única dos Petroleiros (FUP):

Em documento enviado a Pedro Parente nesta quarta-feira, 24, a FUP exige a renúncia do presidente da Petrobrás, bem como de todos os integrantes do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva da empresa. A medida foi aprovada por unanimidade pelo Conselho Deliberativo da entidade, reunido em Brasília terça-feira, 23. O Conselho é formado por representantes de todos os 13 sindicatos filiados, além da diretoria executiva da Federação.

Na carta enviada ao presidente da Petrobrás, a FUP reitera a ilegitimidade da atual gestão, que vem agindo no sentido contrário ao que foi determinado pelo povo na eleição de 2014, além de ter sido indicada por um governo que é fruto de um golpe e envolvido em fatos policialescos.

Diretas-Já! Para cumprir a Constituição!

Brasília, 24/5/17. Foto: Isadora Freixo/Mídia Ninja
Por Joan Edesson de Oliveira, no site Vermelho:

Eis que, após o vendaval que atingiu o Planalto e varreu Aécio de cena, dando-se por consumada a morte do governo ilegítimo, surgem vozes pretensamente democráticas a bradar ao país: “Cumpram a Constituição! Cumpram a Constituição!”.

O afã pretensamente legalista, vociferado por “jornalistas” da Globo, mal refeitos da delação que atingiu o coração dos seus até recentemente queridinhos Temer e Aécio, nada tem de democrático. A pressa com que exigem o cumprimento da Constituição Federal e a realização imediata de uma eleição indireta nem busca ocultar as suas verdadeiras razões.

O "governo" Temer e a crise de hegemonia

Por Armando Boito, no jornal Brasil de Fato:

O governo Michel Temer balançou, embora ainda não tenha caído. É um governo instável. Para entender o que está ocorrendo, é preciso desvencilhar-se de ideias correntes que são verdadeiros obstáculos no caminho da compreensão do momento atual:

a) a ideia de que a “direita”, essa noção genérica, vaga e imprecisa, seria um campo unificado;

b) a ideia de que a burguesia seria uma classe homogênea e com poder de controlar todo o processo político;

c) a ideia de que o Estado seria um instrumento passivo nas suas mãos e, ainda;

d) a ideia segundo a qual os conflitos de classe oporiam apenas dois polos – o “capital” e o “trabalho”.

Saída de Temer é questão de tempo

Por Renato Rovai, em seu blog:

A situação de Michel Temer se deteriora tão rapidamente que ele terá dificuldades de terminar a semana à frente da presidência da República.

O trunfo que ele tinha para permanecer no cargo eram, pela ordem: a) o apoio da Globo e de toda a mídia; b) uma base fisiológica no Congresso que era mantida na base dos mais espúrios esquemas; c) as reformas neoliberais que prometia fazer aos grandes empresários e banqueiros.

Temer não tem mais nada disso. Foi-se a Globo e com ela o resto foi escorrendo pelos dedos.

Tanto que no jantar que ofereceu ontem na sua casa conseguiu reunir aproximadamente 30 parlamentares, entre deputados e senadores. Ou seja, quase ninguém.

Ilusões de Temer, cabra marcado para cair

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Temer e sua turma vivem a ilusão de que nas últimas horas as coisas melhoraram e que ele pode até sobreviver, mesmo ferido e sangrando. Alguns aliados tentam empurrar a reforma trabalhista no Senado, Rodrigo Maia tenta destravar a pauta da Câmara, apesar da obstrução da oposição, DEM e PSDB adiaram o desembarque, houve a desqualificação da gravação do homem-bomba da JBS...Tudo ilusão. A queda de Temer é um fato marcado para acontecer, faltando apenas alguns acertos dentro do “establishment”, especialmente sobre quem será o “indireto” sem rabo-preso a ser eleito para tocar a agenda liberal com mais eficiência. O rito a ser seguido deve ser mesmo o da cassação da chapa Dilma-Temer pelo TSE, a partir de 6 de junho. Até lá, seremos entretidos com fogos de artifício.

Às portas de uma anti-Revolução de 1930

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

“Estamos às portas de uma crise que já não é de governo, mas de regime”. A frase é de Marco Aurélio Garcia, ex-assessor internacional de Lula e Dilma, que além de ter atuado nos bastidores dos dois governos é historiador e observador da cena política.

Ao contrário do que se imaginava, a Lava-Jato e o movimento comandado por procuradores, juízes e delegados federais não tinham como objetivo apenas derrubar o governo Dilma, nem destruir o “lulo-petismo” – como davam a entender colunistas e políticos ligados ao tucanato.

Este blogueiro, desde 2015, lembra que a Lava-Jato tinha, sim, um claro viés antipetista; mas sempre foi muito mais que isso.

Fim do golpe ou novo pesadelo?

Por Bajonas Teixeira, no blog Cafezinho:

É preciso entender os efeitos das denúncias da JBS. Sabemos que foi um golpe nos golpistas - Michel Temer e Aécio Neves foram encurralados. Será muito difícil escaparem do cerco. Temer, com mais apoios entre o grande capital (Fiesp, CNI, bancos e latifúndio) está tentando romper o cerco. Mas, massacrado pela parte mais poderosa da mídia (a Globo), encurralado pela Justiça e fustigado pela OAB, com a base política derretendo, ele deve cair. Pode demorar um pouco, mas é inexorável. Junto com Temer, são os políticos, sempre tidos como os homens mais espertos do país, que levaram uma rasteira histórica. Quem os ludibriou?


Urgente: "NaMaria" precisa da sua ajuda!

https://www.apoie.me/maria
Por Conceição Lemes, no blog Viomundo:

A campanha Apoie Maria está na reta final.

Quem quiser ajudar, é só clicar aqui.

Faltam apenas três dias para encerrar.

A nossa Maria, como sabem agora, é a queridíssima e brilhante NaMaria, do blog NaMariaNews.

Há anos ela vive uma tragédia.

Perdeu o companheiro de 40 anos de vida.

Poder econômico se apossou do Estado

Por Marcio Pochmann, na Rede Brasil Atual:

Durante o período da ditadura civil-militar (1964-1985), os principais inimigos da democracia podiam ser simplificados pelos grandes capitalistas e pelo estamento dirigente estatal, ambos tementes das reformas civilizatórias prometidas no ciclo político do segundo pós-guerra (1945-1964). Por conta disso, as reformas de base apresentadas pelo governo Jango para conter o tipo de capitalismo selvagem estabelecido no Brasil foram brutalmente rompidas pelo golpe de Estado em 1964.

A xepa no fim de feira do governo Temer

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

É unânime a convicção de que o governo Michel Temer acabou.

Acabou mesmo, mas é contraditório que, justamente por isso, tenha se tornado extremamente perigoso nestes estertores finais.

Temer passou a mendigar qualquer apoio e o apoio que há disponível é aquele que vem dos empresários, dispostos a comprar barato a liquidação dos direitos do povo brasileiro.

Ontem, um anúncio de página inteira da Confederação Nacional da Industria, a CNI, faz um “comunicado” (comunicado, como aos empregados) à Nação, dizendo que “não pode haver retrocessos nos avanços duramente conquistados nos últimos meses”.