terça-feira, 8 de janeiro de 2019
A estratégia pró-mercado de Paulo Guedes
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:
Há dois discursos no governo Bolsonaro.
Um, é o da escatologia, com afirmações que só passam pelo crivo dos néscios. Outra sutil, fora do alcance da mídia e de grande parte da opinião pública, e que reflete o jogo da política econômica, de beneficiar o capital financeiro em detrimento do capital produtivo.
É onde se encaixam duas afirmações recentes de Bolsonaro e Paulo Guedes.
1- A ameaça de abrir o sigilo de todos os financiamentos do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social).
2- Anunciando aumento da taxa de juros dos financiamentos habitacionais da Caixa Econômica Federal (CEF) (depois foi desmentida pelo novo presidente da CEF).
Há dois discursos no governo Bolsonaro.
Um, é o da escatologia, com afirmações que só passam pelo crivo dos néscios. Outra sutil, fora do alcance da mídia e de grande parte da opinião pública, e que reflete o jogo da política econômica, de beneficiar o capital financeiro em detrimento do capital produtivo.
É onde se encaixam duas afirmações recentes de Bolsonaro e Paulo Guedes.
1- A ameaça de abrir o sigilo de todos os financiamentos do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social).
2- Anunciando aumento da taxa de juros dos financiamentos habitacionais da Caixa Econômica Federal (CEF) (depois foi desmentida pelo novo presidente da CEF).
Militar ultraneoliberal e a jabuticaba
Poucos dias de governo Bolsonaro já são suficientes para conhecermos parte significativa de suas entranhas, do jogo do poder que se dá a partir dos núcleos que o compõem, do papel de cada um desses grupos, das divergências reais e potenciais entre eles.
Na visão do arguto e sempre lúcido analista Luis Nassif, corroborada por outros respeitáveis comentaristas, o governo que resultou da ação política de militares e juízes, para cuja conquista Bolsonaro foi usado como cavalo de Tróia, se divide da seguinte forma:
Bolsonaro quer exilar Paulo Freire de novo
Por Maria Izabel Noronha, na Rede Brasil Atual:
O jornal Folha de S.Paulo deste domingo (6) publicou matéria sobre a nefasta intenção do governo de Jair Bolsonaro de "expurgar" a obra de Paulo Freire do sistema educacional brasileiro, por atribuir-lhe a causa de todas as deficiências da nossa educação.
Como professora, sinto-me no dever de começar com uma constatação: nem Bolsonaro, nem seus filhos e nem seu ministro da Educação leram a obra de Paulo Freire.
Criticar algo sem sequer conhecer: isso sim é ideologia! E Bolsonaro tenta enganar a sociedade, afirmando querer "um país livre das amarras ideológicas".
Como professora, sinto-me no dever de começar com uma constatação: nem Bolsonaro, nem seus filhos e nem seu ministro da Educação leram a obra de Paulo Freire.
Criticar algo sem sequer conhecer: isso sim é ideologia! E Bolsonaro tenta enganar a sociedade, afirmando querer "um país livre das amarras ideológicas".
O financismo e os bancos públicos
O primeiro dia da segunda semana do governo do capitão e de seus generais representou uma declaração de guerra do povo do financismo contra o nosso sistema dos bancos públicos federais. Ao contrário de todo o tipo de bateção de cabeça que se verificou nas definições das demais áreas da equipe de Bolsonaro, aqui nesse campo parece que o jogo é mais profissional e coordenado.
No decorrer da segunda-feira, 7 de janeiro de 2019, o que se viu foi um longo desfilar de cerimônias simbólicas e declarações de autoridades recém empossadas em seus cargos estratégicos na área econômica da administração pública federal. Em todos os momentos, o discurso uníssono gravitava em torno do espancamento do Estado, algo semelhante às cenas de malhação de Judas no sábado de Aleluia, durante o período pascal.
Lula reage às acusações de Moro
Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
Aproxima-se o julgamento do processo de Lula sobre reformas em um sítio que ele usou algumas vezes e que teriam sido pagas pela Odebrecht. A única prova que poderia haver, via delação premiada, deixou de existir com a afirmação do dono da Odebrecht de que Lula nada sabia e nada deu em troca da reforma no sítio. Com isso, o caso desMOROnou.
A promoção do filho do general Mourão
Do jornal Brasil de Fato:
O bancário Antonio Hamilton Rossell Mourão, filho do recém-empossado vice-presidente da República, Hamilton Mourão, foi promovido a assessor especial de Rubem Novaes, também recém-nomeado presidente do Banco do Brasil, e terá o salário praticamente triplicado. Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, o salto na carreira do bancário foi visto com "estranheza" por funcionários do banco.
Bolsonaro e a Guantánamo do Sul
Por Marcelo Zero
Os EUA têm cerca de 800 instalações militares espalhadas pelo mundo, desde grandes bases que são verdadeiras cidades até postos de radar e de telecomunicações. Gastam ao redor de US$ 100 bilhões por ano para mantê-las.
Os EUA são, de longe, o país que têm mais bases espalhadas pelo mundo.
Só para se ter uma ideia, França, Grã-Bretanha e Rússia têm, combinadas, apenas 30 bases.
Apenas na Alemanha, os EUA têm 34 bases, instaladas na época da Guerra Fria. Na América Latina, os EUA possuem 76 instalações, a maioria concentrada na América Central e no Caribe.
Os EUA têm cerca de 800 instalações militares espalhadas pelo mundo, desde grandes bases que são verdadeiras cidades até postos de radar e de telecomunicações. Gastam ao redor de US$ 100 bilhões por ano para mantê-las.
Os EUA são, de longe, o país que têm mais bases espalhadas pelo mundo.
Só para se ter uma ideia, França, Grã-Bretanha e Rússia têm, combinadas, apenas 30 bases.
Apenas na Alemanha, os EUA têm 34 bases, instaladas na época da Guerra Fria. Na América Latina, os EUA possuem 76 instalações, a maioria concentrada na América Central e no Caribe.
Para esconder erros, Bolsonaro ataca Haddad
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
A tática é manjada, mas assim é a “nova política” do bolsonarismo para engabelar sua galera de fanáticos
No dia seguinte à monumental confusão que provocou no meio político, ao trombar com sua equipe econômica, em vez de se explicar e pedir desculpas, capitão Bolsonaro voltou ao ataque.
Acompanhado dos filhos, foi ao Twitter e disparou uma mensagem atrás da outra sobre assuntos os mais diversos, sem tocar no principal: as mudanças nos impostos que anunciou, ao assinar decretos sem ler direito.
No dia seguinte à monumental confusão que provocou no meio político, ao trombar com sua equipe econômica, em vez de se explicar e pedir desculpas, capitão Bolsonaro voltou ao ataque.
Acompanhado dos filhos, foi ao Twitter e disparou uma mensagem atrás da outra sobre assuntos os mais diversos, sem tocar no principal: as mudanças nos impostos que anunciou, ao assinar decretos sem ler direito.