sábado, 2 de fevereiro de 2019

Bolsonaro no inferno; Mourão como cordeiro

Por Jeferson Miola, em seu blog:                                   

O general Mourão faz forte investida nos meios de comunicação para vender uma imagem de aparente racionalidade e razoabilidade em contraposição à boçalidade e torpeza do Bolsonaro.

Somente na última semana, entrevistas com o vice foram publicadas em todos os principais jornais de circulação nacional – um contraste e tanto com Jair, que só aceita participar, e raramente, de entrevistas de encomenda nas 2 TVs oficiais do regime, SBT e Record.

Nesta investida, Mourão se esforça em mostrar-se alguém com predicados superiores ao capitão, a começar pela capacidade cognitiva de exprimir raciocínios articulando mais de 140 caracteres de twitter.

O risco de uma guerra civil na Venezuela

Por Celso Amorim, na revista CartaCapital:

Desde o agravamento da crise na Venezuela, com a autoproclamação do presidente da Assembleia Legislativa como chefe do Poder Executivo e seu precipitado reconhecimento por vários governos da região, liderados pelos Estados Unidos, a sensação que se tem é de que já se disse tudo (ou quase tudo) que precisava ser dito. No Brasil, o general Hamilton Mourão, então no exercício da Presidência da República, afirmou que nosso País não participaria de uma intervenção.

Crime de Brumadinho e a busca por lucros

Por Luís Felipe Miguel, no blog Diário do Centro do Mundo:

Os escribas da direita se esforçam para negar qualquer relação entre a privatização da Vale e as tragédias que se sucedem por negligência e irresponsabilidade da empresa. Hoje, Roberto Dias afirmou que se trata de um “argumento torpe” contra as privatizações. Ontem, também na Folha, foi Alexandre Schwartsman – como de costume, disparando coices contra seus desafetos e com argumentação ao nível do relincho.

Uma nova recessão pode estar a caminho

Por Antônio Martins, no site Outras Palavras:

As consequências da longa crise global pós-2008 ainda estão presentes, e Paul Krugman, Nobel de Economia, acaba de advertir: uma nova recessão pode estar à frente. Em artigo publicado no último dia 24, no New York Times, Krugman aponta os possíveis sinais do bicho. A economia da China, embora ainda cresça a mais de 6% ao ano, desacelerou, o que pode reduzir os preços das matérias-primas. A União Europeia permanece estagnada há mais de uma década, e nova crise fiscal parece surgir na Itália. Persistem os riscos de uma guerra comercial dos EUA contra a China, com possível redução no comércio internacional.

Informalidade e desalento disparam no Brasil


A taxa média de desemprego no país parou de subir em 2018, passando para 12,3%, ante 12,7% no ano anterior, mas a informalidade no mercado de trabalho está em seu nível mais alto e o desalento aumentou, segundo o IBGE, que nesta quinta-feira (31) divulgou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua. Um ano depois da "reforma" trabalhista, o número de desempregados é estimado em 12,836 milhões, 3% a menos do que em 2017, mas 90,3% a mais em comparação com 2014, menor nível da série histórica: 6,743 milhões.

Mortos de Brumadinho custam barato pra Vale

Por Alexandre Andrada, no site The Intercept-Brasil:

Tragédias como as de Mariana e Brumadinho, no final das contas, saem barato para gigantes como a Vale. Basta acompanhar o mercado de ações.

O preço das ações de uma empresa na bolsa de valores, uma medida básica sobre o valor da própria empresa, é determinado por uma infinidade de variáveis. Uma, porém, se destaca: a expectativa em relação ao lucro da empresa, por parte dos investidores.

Imagine que uma empresa abre seu capital, oferecendo 100 ações. Se, por qualquer motivo, os investidores acreditam que essa empresa terá um aumento nos seus lucros, os papéis serão um bom investimento. Haverá um aumento na demanda por eles, e o preço unitário das ações sobe. Se por outro lado a expectativa é de queda no lucro da empresa, o público vai querer se livrar desses papéis, provocando uma queda no valor dessas ações.


Lula está condenado à pena de morte

Por Daniel Valença, no blog Viomundo:

A decisão do sistema de justiça brasileiro de impedir o ex-presidente Lula de ir ao velório de seu irmão mais velho causou consternação e espanto na comunidade jurídica nacional e internacional.

Em regra, tal fato foi visto como perversão dos juristas e representantes do Estado envolvidos, perseguição de Sérgio Moro e Jair Bolsonaro ou meramente decisões ao arrepio da Lei de Execução Penal

Mas, se virmos à luz dos processos históricos em curso desde 2016, perceberemos que Lula está condenado à pena de morte, mesmo que não pronunciada.

O que sobra depois de não sobrar nada?

Por Leonardo Boff, em seu blog:

Muitos em nosso país vivemos uma situação de luto. O luto se impõe quando sofremos perdas: os muitos mortos e centenas de desaparecidos do rompimento da barragem da Vale que destruiu criminosamente a cidade de Brumadinho. A perda da pessoa amada, do emprego que garantia a família, a emigração forçada por causa de ameaças de morte. Maior é o luto quando atinge bens fundamentais de um país: a perda da democracia, dos direitos trabalhistas garantidos há muitos anos, a diminuição das aposentadorias dos idosos, os cortes das políticas públicas para pobres e miseráveis, a privatização dos commons, bens fundamentais para a soberania do país. Mas o grande luto é termos que aceitar um presidente que reforçou a cultura do ódio, de seu desconhecimento das questões nacionais, que nos envergonhou em Davos, onde os donos do dinheiro no mundo se reúnem para garantir seus interesses. Seu discurso que poderia ser de 45 minutos, durou escassos seis, pois era tudo do pouco que tinha a dizer. Desmarcou as entrevistas para ocultar sua ignorância e as acusações graves que pesam sobre um membro de sua família.

A discreta política externa de Bolsonaro

Por Marcelo Zero

Enquanto o clã Bolsonaro e o chanceler templário mesmerizam a opinião pública nacional e internacional com suas declarações bombásticas, estapafúrdias e francamente cretinas sobre política externa, a equipe econômica do novo governo prepara, praticamente na surdina, decisões que terão, se implementadas, profundo impacto negativo na inserção internacional do Brasil.

A primeira delas seria a revisão das tarifas consolidadas que o Brasil tem na OMC.

As tarifas consolidadas são aquelas tarifas que os países inserem na OMC como suas tarifas máximas de importação, aquelas que eles consideram necessárias para a proteção dos seus diversos setores produtivos.

Mourão transita fácil na aversão a Bolsonaro

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Há muitas análises – corretas, em geral – sobre a movimentação cada vez mais desenvolta do General-Vice Hamilton Mourão, que procura se despir da farda do “linha-dura” que usou na caserna e durante a campanha eleitoral.

E quase todas esbarram em algumas coisas que, por enquanto, não podemos saber com certeza: sua ambição de substituir o ex-capitão, que pode escorregar pelo lamaçal aberto pelo caso Flávio-Queiroz ou até tomar um espaço de “chefe” do setor militar do governo, hoje entregue ao também general Augusto Heleno.

O bolsonarista ou bolsomínion

Por Urariano Mota, no site Vermelho:

De imediato, pensamos nele como um idiota ou imbecil. Mas isso é muito leve. Não se deve criminalizar um idiota, coitado, que chegou a esse estado em caminhos naturais, digo, por infelicidade da natureza. Nem tampouco ele pode ser visto como um imbecil, que se tornou ou se fez assim muito contra a vontade.

Jamais alguém gostou de ser tido como um deficiente cognitivo. Quero dizer, o bolsonarista ou bolsomínion possui traços de ambos, com a diferença que ele possui orgulho do seu modo degenerado de ser. E com isso se torna um desinibido da própria e com a própria estupidez. Antes de hoje, o bolsonarista estava escondido nas sombras. Ele perambulava nas trevas, oculto então a resmungar entre seus pares: