domingo, 30 de junho de 2019

Governadores do Nordeste detonam Moro

Por Altamiro Borges

As revelações do site The Intercept seguem desmascarando a midiática Operação Lava-Jato e o seu capo-mafioso, o ex-juiz Sergio Moro - que pelos serviços prestados ganhou de presente um ministério no laranjal de Jair Bolsonaro. No Brasil e no mundo, a ação política do "marreco de Maringá" e dos seus "conjes" já é motivo de ironias e galhofas. 

Juristas de renome detonam seus métodos arbitrários e parciais; veículos da mídia mundial ironizam as relações criminosas entre o "juizeco" e os procuradores-capachos do Ministério Público; lideranças políticas internacionais reforçam a pressão pelo fim da prisão política do ex-presidente Lula. Nessa onda de repúdio, ganha importância a carta divulgada neste domingo (30) pelos nove governadores do Nordeste. Vale conferir na íntegra:

MBL leva porrada em atos fracos da direita

Por Altamiro Borges

As manifestações deste domingo (30) em defesa do ex-juizeco Sergio Moro, ministro do laranjal de Jair Bolsonaro, e do fim das aposentadorias ficaram bem abaixo do esperado pelos organizadores. As forças policiais de cada Estado não divulgaram os números e os grupelhos fascistas não festejaram a presença. Já a mídia tradicional, que sempre garantiu os holofotes aos atos da extrema-direita e que defende os abusos da Lava-Jato e o golpe da Previdência, reconheceu o fiasco dos protestos.

Censo do IBGE e o Brasil no escuro

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Em apoio à campanha Todos pelo Censo 2020, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé promove o debate Censo do IBGE e o Brasil no escuro. A atividade acontece na quinta-feira, 4 de julho, a partir das 19 horas, com entrada franca e transmissão ao vivo pela página www.facebook.com/baraomidia. Confira os participantes:

- Luanda Botelho - coordenadora da Associação dos servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE);

- Raquel Rolnik - urbanista e professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP;

- Luiz Gonzaga Belluzzo - economista e membro do conselho da revista CartaCapital;

- Luis Nassif - jornalista e editor do Jornal GGN

Lava-Jato e o Estado autoritário

Por Maria Luiza Quaresma Tonelli, no Jornal GGN:

Em 2014 teve início no Brasil a Operação Lava Jato, desde o princípio claramente capitaneada pelo juiz Sergio Moro, elevado à condição de herói nacional pela mídia hegemônica, Globo à frente. A sede da Força Tarefa, com seus procuradores, na dita República de Curitiba, transformou a capital do Paraná no centro do espetáculo jurídico-midiático. O trabalho de convencimento da população no sentido de que tratava-se de uma operação que salvaria o país da corrupção sistêmica foi tamanho que qualquer um que se atrevesse a criticar os métodos utilizados seria de pronto taxado como conivente com a corrupção. Eu mesma recebi várias críticas de amigos que se iludiram com o juiz Sergio Moro. Desde o princípio percebi que não poderia ser imparcial um magistrado que se prestasse a pedir apoio da sociedade para que a Lava Jato fosse bem sucedida. Ora, juiz não pode, em nenhuma hipótese, esperar apoio da sociedade, tampouco julgar com base no clamor popular.

Acordo com UE condena o Brasil ao atraso

Por Luiz Carlos Bresser-Pereira

Os jornais informam hoje que depois de 20 anos de negociação o Brasil fechou acordo com a União Europeia. E a notícia é recebida pelos brasileiros de direita e de esquerda, liberais e desenvolvimentistas.

Apenas Celso Amorim, o grande ex-ministro das Relações Exteriores do Brasil, mostra-se preocupado, mas não com o efeito maléfico deste acordo em relação à indústria; adverte apenas que com um Brasil e seu governo muito enfraquecidos, essa não foi a melhor hora para fechar um acordo.

Os economistas do Ministério da Economia, praticantes eméritos da futurologia, preveem que o acordo entre Mercosul e União Europeia pode aumentar as exportações brasileiras à região em quase US$ 100 bilhões até 2035.

Os "soldados de toga" na América Latina

Por John M. Ackerman, no site Outras Palavras:

A guerra não se faz somente com armas, mas também com a lei. Na América Latina, o warfare é feito, cada vez mais, por meio do lawfare, onde se utilizam as cortes e os tribunais para eliminar os adversários políticos.

Faz alguns dias, o jornalista Glenn Greenwald e a equipe do The Intercept Brasil divulgaram o que sempre suspeitávamos: o senhor Sérgio Moro serviu como juiz e acusador no julgamento contra Luiz Inácio Lula da Silva por supostos atos de corrupção.

Como juiz, Moro teria que manter-se autônomo e independente, mas, na verdade, instruía, ensinava e assessorava o advogado Deltan Dallagnol, promotor do caso. Atuou em consigna para colocar Lula na prisão e, assim, tirá-lo da disputa presidencial.

Os riscos do acordo entre Mercosul e UE

Da Rede Brasil Atual:

Os prejuízos do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia para a soberania do país e para a indústria nacional foram citados nas redes sociais neste sábado (29) por economistas e políticos do campo progressista. O acordo está sendo celebrado por partidários do governo Jair Bolsonaro (PSL), sobretudo pelo fato de ter sido negociado ao longo de 20 anos, e ter chegado à assinatura nesta sexta-feira, em seis meses de governo.

Vassalagem vergonhosa de Bolsonaro no G20

Editorial do site Vermelho:

Trump discute com Bolsonaro sanções a Venezuela e Cuba. Essa notícia que circulou nos portalões dá bem a medida do que representa o atual governo brasileiro no cenário mundial. O encontro, que aconteceu em Osaka (Japão), onde se realiza a cúpula do G20, foi marcado por afagos mútuos. O rapapé prosseguiu no Twitter, com Bolsonaro declarando que retomou os assuntos tratados em sua visita a Washington, centrados na ideia de um acordo de “livre comércio” entre os dois países.

A delação que saiu a fórceps e a dinheiro

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

As negociações do acordo de delação de Léo Pinheiro, ex-presidente e sócio da OAS condenado a 16 anos de prisão, travaram por causa do modo como o empreiteiro narrou dois episódios envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A freada ocorre no momento em que OAS e Odebrecht disputam uma corrida para selar o acordo de delação.


Lava-Jato era bunker de Dallagnol e Moro

Por Jeferson Miola, em seu blog:                                 

Era inocultável a militância anti-PT dos integrantes do Partido da Lava Jato nas redes sociais.

Faltavam, contudo, as provas documentais da atuação secreta deles no porão da Lava Jato – que o ministro do STF Gilmar Mendes compara a uma organização criminosa [OrCrim].

Os integrantes desta organização dedicavam-se com fervorosa obstinação ao esforço para impedir o que temiam ser o “risco” de retorno do PT ao Palácio do Planalto. A Lava Jato, então, foi transformada no bunker de Dallagnol e Moro para atacar Lula e o PT.

Perigo de homens medíocres como Bolsonaro

Por Esther Solano, na revista CartaCapital:

Nada mais perigoso do que um homem medíocre e triste que odeia a inteligência e a felicidade alheias. Esta é a cara do governo Bolsonaro. Personagens de uma mediocridade tão ostensiva que disfarçá-la é tarefa impossível. Como me disse um dia um aluno, é a burrice ostentação. Juntam-se a essa mediocridade as paixões tristes que o movem.

Há dois tipos de medíocre: o que é consciente de sua limitação e fica recolhido nela humildemente ou se esforça para crescer e o que, incapaz dessa humildade ou desse crescimento, tenta destruir, exterminar tudo aquilo ou todos aqueles que brilham mais que ele. Não é preciso dizer a qual dos dois tipos pertencem os patéticos personagens bolsonaristas.