quinta-feira, 22 de agosto de 2019

"Jornalixo" do JN compara Lula a Bolsonaro

Por Altamiro Borges

O Jornal Nacional, o telejornal de maior audiência no país, expressa fiel e caninamente a opinião da famiglia Marinho, dona do império global. Willian Bonner, o âncora do noticiário, é apenas um ‘laranja’ da TV Globo. O que ele fala, em tom quase sempre formal e grave, é o que pensam os patrões.

Na edição desta segunda-feira (19), o famoso apresentador teve a caradura de comparar a política ambiental do devastador Jair Bolsonaro com a conduzida pelo governo Lula. Na reportagem sobre as aterrorizantes queimadas e desmatamentos em várias regiões do país, Willian Bonner fez questão de citar o ex-presidente.

Petrobras e pré-sal na mira de Bolsonaro

Por Umberto Martins

A equipe econômica do governo anunciou quarta-feira (21) um plano para privatização da Petrobras até o final do mandato de Bolsonaro em 2022. O presidente da extrema direita, comprometido com a agenda privatista, não descartou a possibilidade ventilada pelo Ministério da Economia. Disse que vai avaliar a proposta que será apresentada pelo ministro Paulo Guedes, e verificar o "custo-benefício" da medida.

"A ideia é abrir o Brasil", disse em conversa com jornalistas na saída do Palácio da Alvorada, pela manhã. "O governo estuda tudo, nós temos que nos preparar para qualquer coisa", disse.

Sobre política, distração e destruição

Por Silvio Almeida 

O atual governo tem 3 núcleos:

1. O ideológico-diversionista. Serve apenas para manter o moral da “tropa” em alta, dando representatividade e acomodação psicológica a quem realmente acredita que o Brasil é socialista, que existe ideologia de gênero ou que a terra é plana. Serve também para causar indignação e tristeza nos “progressistas” e, assim, desviar a atenção das questões centrais manejadas pelos núcleos 2 e, especialmente, pelo 3.

EBC: privatizar ou presentear?

Por Tereza Cruvinel

A lista das empresas que o ministro Paulo Guedes quer privatizar ainda este ano é uma salada mista e mal misturada, que não resiste a um escrutínio severo sobre as razões do governo para se livrar de tais ativos e transferi-los ao setor privado.

Algumas delas não desenvolvem atividade econômica propriamente dita, o que as torna desprovidas de interesse para os investidores.

É o caso da Engea e da ABGF, que depois comentarei.

Outras, se vendidas, deixarão o Estado desarmado em áreas cruciais, como informatização e tecnologia digital. É o caso da Dataprev e do Serpro. Mas quero falar mais é da EBC - Empresa Brasil de Comunicação, que só pode ter sido colocada ali para ser presenteada a alguém.

A boca incendiária de Bolsonaro acusa ONGs

Por Fernando Brito, em seu blog:

Nos velhos humorísticos, Ofélia, a mulher de Fernandinho, “só abria a boca quando tinha certeza”, o que não a impedia de falar bobagens a três por quatro.

O sr. Jair Bolsonaro fala bobagens em escala planetária mas, ao contrário de Ofélia, protege sua irresponsabilidade dizendo que “não pode provar nada”.

Hoje, para arranjar culpados pela escalada de queimadas que está devastando o país, saiu-se com a história de que isso poderia ser uma “vingança das ONGs” que perderam repasses federais para seus projetos.


Crise capitalista mundial e tendências

Por Nilson Araújo de Souza, no site da Fundação Maurício Grabois:

Quando falamos em crise hoje, o que vem à memória, de imediato, é a grande recessão de 2007-2009 que, como sabemos, foi deflagrada nos Estados Unidos pela implosão da bolha hipoteco-imobiliária alavancada pelos chamados títulos subprime, pelos títulos podres, títulos tóxicos.

E que títulos eram esses? Eram hipotecas ruins. Os bancos refinanciaram os imóveis das famílias, garantindo-se com a emissão de hipotecas, mas as famílias não tinham salário suficiente para cobrir este refinanciamento, bancar a cobertura da hipoteca depois. Daí que eram chamadas de subprime essas hipotecas impagáveis. E por que, apesar disso, os bancos refinanciavam os imóveis? Por duas razões: 1) porque podiam emitir derivativos com base nessas hipotecas e vender para terceiros; 2) porque, se o cliente não pagava a hipoteca, tomavam os imóveis dados em garantia. Foi a implosão dessa bolha hipoteco-imobiliária que deflagrou a crise.

Privatização e o diálogo de Machado de Assis

Editorial do site Vermelho:

Não se pode falar em desenvolvimento e soberania nacional sem desprivatizar o Estado, distinguindo claramente o público do privado e demarcando bem o espectro de ação de ambos. A isso se dá o nome de projeto de nação, algo que a Constituição de 1988 estabeleceu com certa nitidez. Esse conceito se formou com os êxitos dos ciclos que impulsionaram o país, dotando-o de um nível médio de desenvolvimento industrial e tecnológico, sobretudo o deflagrado pela Revolução liderada por Getúlio Vargas em 1930.