sábado, 14 de setembro de 2019
Dodge e a democracia que ajudou a matar
Por Jeferson Miola, em seu blog:
O discurso de Raquel Dodge na última sessão do STF em que ela participou como Procuradora-Geral da República seria comovente, se fosse honesto.
Mas seu discurso foi, ao contrário disso, a mais alta expressão da hipocrisia que reina nos estamentos jurídicos.
A preocupação com a democracia não combina com alguém como ela, uma violadora contumaz da Constituição e do Estado de Direito.
É ridículo agora ouvir Raquel Dodge se dizer preocupada com a democracia.
À frente da PGR, Raquel foi uma alavanca do avanço fascista e do projeto da extrema-direita.
O discurso de Raquel Dodge na última sessão do STF em que ela participou como Procuradora-Geral da República seria comovente, se fosse honesto.
Mas seu discurso foi, ao contrário disso, a mais alta expressão da hipocrisia que reina nos estamentos jurídicos.
A preocupação com a democracia não combina com alguém como ela, uma violadora contumaz da Constituição e do Estado de Direito.
É ridículo agora ouvir Raquel Dodge se dizer preocupada com a democracia.
À frente da PGR, Raquel foi uma alavanca do avanço fascista e do projeto da extrema-direita.
Lava-Jato e o jornalismo estilo B.O.
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
Entre outros estragos na vida nacional, a Lava Jato rebaixou o jornalismo a transcrever boletins de ocorrência, os chamados B.O, servidos no prato feito das delações.
Podem reparar: até a linguagem mudou, tornou-se mais burocrática e tosca, no estilo do juridiquês de Sergio Moro e seus procuradores.
Ao longo dos último cinco anos, com honrosas exceções, o “jornalismo investigativo” se limitou a servir de porta-voz da Lava Jato, na maioria das vezes sem investir em apurações próprias.
Com a divulgação dos diálogos dos procuradores pelo The Intercept, em parceria com outros veículos, ficamos sabendo que até a pauta do dia era acertada entre eles com repórteres e editores, e não só com o Jornal Nacional.
Podem reparar: até a linguagem mudou, tornou-se mais burocrática e tosca, no estilo do juridiquês de Sergio Moro e seus procuradores.
Ao longo dos último cinco anos, com honrosas exceções, o “jornalismo investigativo” se limitou a servir de porta-voz da Lava Jato, na maioria das vezes sem investir em apurações próprias.
Com a divulgação dos diálogos dos procuradores pelo The Intercept, em parceria com outros veículos, ficamos sabendo que até a pauta do dia era acertada entre eles com repórteres e editores, e não só com o Jornal Nacional.
Dez Mandamentos: versão atualizada pra elite
Por Ladislau Dowbor, no site Carta Maior:
Uma das iniciativas importantes nesta era de crises políticas, econômicas e ambientais é a convocação, pelo Papa, de uma reunião em Assisi, na Itália, nos dias 26 a 28 de março de 2020, para repensar o papel da economia no mundo. O nome adotado foi Economia de Francisco (saiba mais), honrando o santo, e apontando para uma visão mais generosa do mundo. Considerando o comportamento das elites governamentais e corporativas atuais, tivemos a ideia de propor uma versão atualizada dos Dez Mandamentos, talvez uma inspiração para os poderosos.
(Edição apócrifa revista e atualizada para o Terceiro Milênio)
Uma das iniciativas importantes nesta era de crises políticas, econômicas e ambientais é a convocação, pelo Papa, de uma reunião em Assisi, na Itália, nos dias 26 a 28 de março de 2020, para repensar o papel da economia no mundo. O nome adotado foi Economia de Francisco (saiba mais), honrando o santo, e apontando para uma visão mais generosa do mundo. Considerando o comportamento das elites governamentais e corporativas atuais, tivemos a ideia de propor uma versão atualizada dos Dez Mandamentos, talvez uma inspiração para os poderosos.
(Edição apócrifa revista e atualizada para o Terceiro Milênio)
Greenwald ironiza Globo: não faz jornalismo
Por Fernando Brito, em seu blog:
Longe de aborrecer-se com a divulgação de seus ganhos profissionais, o jornalista Glenn Grenwald ironizou hoje, no Twitter, o fato de que o imenso império Globo não foi capaz de publicar, como fez este Tijolaço, quanto e de quem recebe por seu trabalho.
“Um blogueiro do @tijolaco, trabalhando sozinho, explica como ele levou 15 minutos para fazer o que o @JornalOGlobo se recusou a fazer: encontre as *informações públicas* mostrando (uma parte da) nossa renda familiar muito além do que o COAF/MP vazou”.
Longe de aborrecer-se com a divulgação de seus ganhos profissionais, o jornalista Glenn Grenwald ironizou hoje, no Twitter, o fato de que o imenso império Globo não foi capaz de publicar, como fez este Tijolaço, quanto e de quem recebe por seu trabalho.
“Um blogueiro do @tijolaco, trabalhando sozinho, explica como ele levou 15 minutos para fazer o que o @JornalOGlobo se recusou a fazer: encontre as *informações públicas* mostrando (uma parte da) nossa renda familiar muito além do que o COAF/MP vazou”.
CPI vai apurar ilegalidades da Lava-Jato
Da Rede Brasil Atual:
Após concluir a conferência das assinaturas, a Mesa da Câmara concluiu nesta sexta-feira (13) a análise do requerimento para instalação da CPI da Vaza Jato. No total, 175 deputados assinaram o documento, quatro a mais do que o mínimo regimental. O requerimento foi protocolado ontem e o objetivo da comissão é apurar, a partir das revelações do site The Intercept Brasil, a utilização da estrutura do Judiciário e do Ministério Público Federal para objetivos políticos, com a caracterização de conluio em detrimento das garantias fundamentais.
A Venezuela e o bolsonarismo de joelhos
Editorial do site Vermelho:
A posição do governo Bolsonaro de apoiar com ativismo a decisão dos Estados Unidos de unir dez países para acionar o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR) com o intuito de agredir a Venezuela é no mínimo falta de compostura. Em um comunicado à imprensa na quarta-feira (11), o governo norte-americano anunciou que se juntou ao movimento golpista venezuelano que apoia Juan Guaidó e mais outros dez países (Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, El Salvador, Estados Unidos, Guatemala, Haiti, Honduras, Paraguai, República Dominicana) para invocar o tal tratado.
A posição do governo Bolsonaro de apoiar com ativismo a decisão dos Estados Unidos de unir dez países para acionar o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR) com o intuito de agredir a Venezuela é no mínimo falta de compostura. Em um comunicado à imprensa na quarta-feira (11), o governo norte-americano anunciou que se juntou ao movimento golpista venezuelano que apoia Juan Guaidó e mais outros dez países (Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, El Salvador, Estados Unidos, Guatemala, Haiti, Honduras, Paraguai, República Dominicana) para invocar o tal tratado.