quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Mídia privatista sabota greve dos petroleiros

Por Altamiro Borges

Iniciada em 1º de fevereiro, a greve nacional dos petroleiros segue crescendo, conquistando novas adesões, e já é a mais importante da história da categoria desde a paralisação de 1995, durante o triste reinado de FHC, que durou 32 dias. Segundo balanço da Federação Única dos Petroleiros (FUP), “nesta quarta-feira, 12, já somamos 108 unidades na greve, em 13 estados, com mais de 20 mil petroleiros mobilizados”.

Apesar da importância da paralisação e da sua força crescente, a mídia privatista evita tratar do assunto. A greve quase inexiste no Jornal Nacional da TV Globo ou nos telejornais das outras emissoras – que exploram concessões públicas de tevê. Ela também não é motivo de comentários nas rádios e não ocupa as manchetes dos jornalões e revistonas. O esforço deliberado da mídia patronal é para invisibilizar a luta dos petroleiros.

Adriano era arquivo pronto para ser queimado

Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:

Está difícil sustentar a versão de que o ex-PM Adriano da Nóbrega perdeu a vida num duelo a bala, no estilo matar ou morrer, numa pequena fazenda no interior da Bahia.

A imagem de faroeste não combina com a cena do crime, onde havia um único sinal de bala, escreve o repórter João Petro Pitombo, da Folha: "Moradores disseram que a ação foi rápida, com barulho de tiros por pouco tempo. A reportagem identificou apenas uma marca de bala dentro da casa, em uma janela de madeira seguindo a trajetória de dentro para fora."

Dias antes de ser morto, Adriano disse ao advogado que temia ser assassinado - e não há nenhum motivo para imaginar que não falasse a verdade.

Ataque a jornalista é "tática machista"

Patricia Campos Mello (reprodução do Twitter)
Da Rede Brasil Atual:

Hans River do Rio Nascimento mentiu em seu depoimento à Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CPMI) das Fake News, nesta terça (11). A mentira – além dos insultos e ofensas misóginas à repórter Patricia Campos Mello – é comprovada por áudios, registros e prints das mensagens trocadas pelo ex-funcionário da empresa Yacows com a jornalista da Folha de S.Paulo.

Patricia Campos Mello e o veículo publicaram, à noite, as provas que desmontam as acusações da testemunha à reportagem. A jornalista revelou a contratação de empresas, entre elas a Yacows, para disparar ilegalmente mensagens em massa pelo WhatsApp para benefícios políticos. Baseada em documentos da Justiça do Trabalho e relatos do ex-funcionário, a matéria mostrou o uso fraudulento de nome e CPF de pessoas idosas para registrar chips de celular e garantir disparos de lotes de mensagens.

Treze teses sobre a catástrofe ecológica

Por Michael Löwy, no site A terra é redonda:

I.

A crise ecológica já é, e será ainda mais nos próximos meses e anos, a questão social e política mais importante do século XXI. O futuro do planeta, e, portanto, da humanidade, será decidido nas próximas décadas. Os cálculos de alguns cientistas sobre cenários para o ano 2100 não são muito úteis, por duas razões: (a) científica: considerando todos os efeitos retroativos que são impossíveis de calcular, é muito arriscado fazer projeções de um século; (b) política: no final do século todos nós, os nossos filhos e netos, teremos partido, então qual é então o objetivo?