segunda-feira, 9 de março de 2020

Petardo: Olavo, Malafaia e brigas no laranjal

Por Altamiro Borges

Ninguém se entende no laranjal de Bolsonaro. Até os mais fanáticos estão em guerra. Na semana passada, o filósofo de orifícios Olavo de Carvalho obrou nas redes sociais que tudo de ruim que ocorre no Brasil vem de "uma ou várias” instituições – e detonou até as aliadas “igrejas evangélicas”.

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“Não que elas em si sejam necessariamente más, mas quem quer que suba na hierarquia de uma delas acaba tentando usá-la para tirar vantagem e foder com o resto da população", fuzilou o guru de Bolsonaro, que ainda pregou que a influência das igrejas evangélicas no atual governo deve ser coibida!

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Na sua confusão mental, o "astrólogo da Virgínia", segundo definição do general-vice Hamilton Mourão, detonou as "Forças Armadas, Partido Comunista, Maçonaria, Igreja Católica e Evangélicas" e obrou: "Demolir o prestígio dessas instituições seria tirar de milhões de picaretas a arma do crime”

Bolsas abrem a semana em pânico

Por Umberto Martins, no site da CTB:

Os mercados de capitais foram dominados pelo pânico nesta segunda-feira (9). As bolsas fecharam em queda na Ásia, desabaram na Europa e caíram 10% em São Paulo pela manhã, o que ensejou uma interrupção temporária dos negócios. O dólar comercial subiu a R$ 4,74 por volta das 14 horas, quando este comentário estava sendo concluído.

Os preços do petróleo derreteram, recuando cerca de 20%, o que configura a maior queda desde 1991, atribuída à desaceleração da demanda internacional e às divergências entre Rússia e Arábia Saudita sobre a oferta da commoditie. Em consequência, o valor das ações da Petrobras caiam 22%, provocando uma redução estimada em R$ 67 bilhões em seu valor de mercado.

Crise global pega o governo de calças curtas

Por José Álvaro de Lima Cardoso, no site Outras Palavras:

O IBGE divulgou, no dia 04/03, que a economia brasileira apresentou crescimento de 1,1% em 2019, chegando a R$ 7,3 trilhões de valor da produção de bens e serviços finais. Esse crescimento é inferior aos observados nos dois anos anteriores, quando a economia brasileira expandiu a taxas de 1,32% e 1,31%, respectivamente. Ou seja, no primeiro ano de Bolsonaro, o crescimento conseguiu ser ainda pior do que nos dois anos anteriores, do governo Temer, que já tinham sido muito baixos.


A esquerda e o projeto de desenvolvimento

Por Roberto Amaral, em seu blog:

A grande mídia, embora agora assustada com as ameaças autoritárias do capitão que ajudou a alçar à Presidência, permanece com todas as velas enfunadas distribuindo louvaminhas à pauta neoliberal que tudo oferece ao capital rentista, na mesma medida em que, planejadamente, conscientemente, engendra o empobrecimento do país e aumenta a miséria de milhões de brasileiros.

Os “consultores” e “especialistas” do grande capital nos dizem todo dia, nas folhas, nas telas e nas rádios, que “o governo está certo” e que a austeridade fiscal que condenou o Chile à explosão social é o bom caminho para nos levar ao paraíso.

O irresponsável ministro da Economia diz que “o país está reacelerando”.

Regina Duarte encena ato de sua demissão

Por Joaquim de Carvalho, no Diário do Centro do Mundo:

Regina Duarte praticamente assinou sua carta de demissão hoje, ao dar uma entrevista ao repórter Ernesto Paglia, no Fantástico, em que pareceu sincera pelo menos num ponto.

Questionado sobre o que pretende fazer com Sérgio Nascimento, o presidente da Fundação Palmares, disse que ele é um ativista mais do que um gestor público.

Ou seja, não tem credenciais para permanecer no governo, em qualquer governo que pretenda tratar a coisa pública de maneira minimamente adequada.

Nascimento foi escolhido para presidir a Fundação Palmares pelo antigo secretário, Roberto Alvim, que caiu depois de repetir discurso de Joseph Goebbels, o ministro de propaganda de Hitler.

Nascimento já disse que considera que não existe racismo no Brasil e que, sob certo sentido, a escravidão foi positiva para os negros.

Ato contra o Congresso e o STF: golpe à vista!

Por Eric Nepomuceno, no site Brasil-247:

A sequência de movimentos é óbvia.

Primeiro, queimam um arquivo perigosíssimo para o clã familiar e adjacências, o miliciano Adriano da Nóbrega. Em seguida Jair Messias, em suas próprias palavras, “militariza” o Palácio do Planalto.

Vem a vez, então, do general Augusto Heleno, do alto de sua estatura moral, mandar um “foda-se” para o Congresso e pedir a Jair Messias que chame o povo para as ruas.

De imediato começam a circular, nas redes sociais, mensagens clamando pelo fechamento do Congresso, do Supremo Tribunal Federal e, aqui e acolá, sugestões de intervenção militar.

Explode então o motim dos policiais militares do Ceará, e tanto Jair Messias como a figura mais perigosa deste governo tresloucado, Sergio Moro, variam entre fazer cara de paisagem e apadrinhar os amotinados.

Acabou a mamata? Na Educação, não!

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, é inimigo das pesquisas de pós-graduação.

Em 2019, sua pasta cortou quase 12 mil bolsas de mestrado e doutorado.

Neste ano, o órgão do MEC que financia esses estudos, a Capes, terá 600 milhões de reais a menos, um total de 3,6 bilhões.

No orçamento original desenhado pelo governo, a perda era de 2 bilhões.

O combate ideológico a essas pesquisas permitiu a Weintraub bancar uma espécie de ação entre amigos em cargos federais sob sua jurisdição. Uma situação que os seguidores de Jair Bolsonaro chamariam de “mamata”, se tivesse ocorrido na era PT.