quarta-feira, 13 de maio de 2020
Vídeo compromete ainda mais Bolsonaro
Editorial do site Vermelho:
Os vazamentos sobre o vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, uma das provas anexadas do inquérito conduzido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello, confirmam a gravidade das denúncias do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro. Eles indicam que de fato Bolsonaro atuou para intervir politicamente da Polícia Federal (PF), segundo interesses pessoais e familiares.
O vídeo, ainda sob sigilo, foi exibido nesta terça-feira (12) para procuradores da República, advogados e a delegada responsável pelas investigações na de sede da Polícia Federal, em Brasília. Ante os vazamentos, Bolsonaro reagiu de forma no mínimo comprometedora. “A fita era para ter sido destruída, mas não foi”, disse ele. Já Moro afirmou, numa rede social, que a gravação confirma “integralmente” suas denúncias
Os vazamentos sobre o vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, uma das provas anexadas do inquérito conduzido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello, confirmam a gravidade das denúncias do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro. Eles indicam que de fato Bolsonaro atuou para intervir politicamente da Polícia Federal (PF), segundo interesses pessoais e familiares.
O vídeo, ainda sob sigilo, foi exibido nesta terça-feira (12) para procuradores da República, advogados e a delegada responsável pelas investigações na de sede da Polícia Federal, em Brasília. Ante os vazamentos, Bolsonaro reagiu de forma no mínimo comprometedora. “A fita era para ter sido destruída, mas não foi”, disse ele. Já Moro afirmou, numa rede social, que a gravação confirma “integralmente” suas denúncias
O coronavírus, nosso contemporâneo
Ilustração:
Sabrina Strawn
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O coronavírus é nosso contemporâneo no sentido mais profundo do termo. Não o é apenas por ocorrer no mesmo tempo linear em que ocorrem as nossas vidas (simultaneidade). É nosso contemporâneo porque partilha conosco as contradições do nosso tempo, os passados que não passaram e os futuros que virão ou não. Isto não significa que viva o tempo presente do mesmo modo que nós. Há diferentes formas de ser contemporâneo. O camponês africano é contemporâneo do executivo do Banco Mundial que foi avaliar as condições de investimento internacional no seu território. Nos últimos cinquenta anos acumulou-se um repertório extremamente diverso de problematizações da noção de contemporaneidade.
CPMI das fake news em tempos de pandemia
Por Jean Paul Prates, na revista Teoria e Debate:
O Congresso Nacional tem atuado com responsabilidade para responder as demandas e necessidades da sociedade nesses tempos de pandemia. Um exemplo é a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) que investiga a indústria de notícias falsas nas redes sociais.
A um primeiro olhar, pode parecer estranho classificar a CPMI das Fake News como prioritária, quando medidas concretas para assegurar a sobrevivência do nosso povo precisam ser formuladas e aprovadas todos os dias no Parlamento. Mas apurar, punir e coibir o verdadeiro tsunami de desinformações e mentiras que varre a internet para proveito político dos inescrupulosos é cada vez mais uma tarefa inadiável.
O Congresso Nacional tem atuado com responsabilidade para responder as demandas e necessidades da sociedade nesses tempos de pandemia. Um exemplo é a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) que investiga a indústria de notícias falsas nas redes sociais.
A um primeiro olhar, pode parecer estranho classificar a CPMI das Fake News como prioritária, quando medidas concretas para assegurar a sobrevivência do nosso povo precisam ser formuladas e aprovadas todos os dias no Parlamento. Mas apurar, punir e coibir o verdadeiro tsunami de desinformações e mentiras que varre a internet para proveito político dos inescrupulosos é cada vez mais uma tarefa inadiável.
Bolsonaro é fruto do golpe contra Dilma
Por Vanessa Grazziotin, no jornal Brasil de Fato:
Nesta terça-feira (12) completaram-se quatro anos do afastamento de uma presidenta mulher eleita democraticamente no nosso país.
Foi o início daquilo que seria um golpe parlamentar. No dia 12 de maio de 2016, com apenas 22 votos contrários ao seu afastamento, o Senado Federal, em uma manhã de uma sessão que iniciou praticamente 24 horas antes, afastou a presidenta Dilma Rousseff.
O afastamento tornou-se definitivo a partir do momento em que o próprio Senado aprovou o impeachment, o qual o Brasil e o mundo sabem que efetivamente foi um golpe, porque não houve qualquer crime comprovado que tivesse sido cometido pela presidenta Dilma.
Foi o início daquilo que seria um golpe parlamentar. No dia 12 de maio de 2016, com apenas 22 votos contrários ao seu afastamento, o Senado Federal, em uma manhã de uma sessão que iniciou praticamente 24 horas antes, afastou a presidenta Dilma Rousseff.
O afastamento tornou-se definitivo a partir do momento em que o próprio Senado aprovou o impeachment, o qual o Brasil e o mundo sabem que efetivamente foi um golpe, porque não houve qualquer crime comprovado que tivesse sido cometido pela presidenta Dilma.
Aonde vai o partido militar?
Por Marcus Ianoni, no site Brasil Debate:
Em 4 de maio, o ministro da Defesa, general da reserva Fernando Azevedo e Silva, disse o seguinte: “Marinha, Exército e Força Aérea são organismos de Estado, que consideram a independência e a harmonia entre os Poderes imprescindíveis para a governabilidade do país”. No dia 5, o ministro Celso de Mello, do STF, autorizou o depoimento, entre outros, de três ministros militares do governo Bolsonaro no inquérito aberto pela PGR para investigar as informações e alegações que o ex-ministro Sergio Moro trouxe a público quando pediu demissão do cargo na pasta da Justiça e Segurança Pública. Em seu despacho, Celso de Mello disse que todos os convocados a depor estão sujeitos, na forma da lei, à condução coercitiva. Os ministros militares convocados são os generais Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Walter Braga Netto (Casa Civil).
Em 4 de maio, o ministro da Defesa, general da reserva Fernando Azevedo e Silva, disse o seguinte: “Marinha, Exército e Força Aérea são organismos de Estado, que consideram a independência e a harmonia entre os Poderes imprescindíveis para a governabilidade do país”. No dia 5, o ministro Celso de Mello, do STF, autorizou o depoimento, entre outros, de três ministros militares do governo Bolsonaro no inquérito aberto pela PGR para investigar as informações e alegações que o ex-ministro Sergio Moro trouxe a público quando pediu demissão do cargo na pasta da Justiça e Segurança Pública. Em seu despacho, Celso de Mello disse que todos os convocados a depor estão sujeitos, na forma da lei, à condução coercitiva. Os ministros militares convocados são os generais Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Walter Braga Netto (Casa Civil).
A falsa imagem das Forças Armadas
Por Bepe Damasco, em seu blog:
Estarrecidos, tomamos conhecimento de que quase 200 mil militares, com soldo em dia, gratificações, estabilidade, paridade salarial na aposentadoria e integralidade receberam indevidamente o auxílio emergencial de R$ 600 reais.
Abocanharam uma ajuda criada pelo Congresso Nacional para socorrer os trabalhadores informais entregues à própria sorte depois que a pandemia suspendeu grande parte da atividade econômica do país. Asco e revolta são sentimentos inevitáveis diante de tamanho absurdo.
Estarrecidos, tomamos conhecimento de que quase 200 mil militares, com soldo em dia, gratificações, estabilidade, paridade salarial na aposentadoria e integralidade receberam indevidamente o auxílio emergencial de R$ 600 reais.
Abocanharam uma ajuda criada pelo Congresso Nacional para socorrer os trabalhadores informais entregues à própria sorte depois que a pandemia suspendeu grande parte da atividade econômica do país. Asco e revolta são sentimentos inevitáveis diante de tamanho absurdo.
Corrupção e censura à imprensa na Bolívia
Por Leonardo Wexell Severo
Em meio ao avanço da pandemia na Bolívia e da censura aos meios de comunicação, a autoproclamada presidenta Jeanine Áñez rasgou a Constituição Política do Estado (CPE) e empossou na Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) - principal estatal do país - o executivo da transnacional Shlumberger, maior empresa de serviços de petróleo do mundo, Richard Botello.
Com a nomeação, realizada na quinta-feira passada, Botello passa a ser o terceiro presidente da YPFB - atolada em corrupção pelas sucessivas chefias impostas durante os seis meses do golpe contra o presidente Evo Morales, patrocinado pelos Estados Unidos. Vale lembrar que, até o dia anterior, Botello era o gerente do cartel multinacional na Bolívia.
Em meio ao avanço da pandemia na Bolívia e da censura aos meios de comunicação, a autoproclamada presidenta Jeanine Áñez rasgou a Constituição Política do Estado (CPE) e empossou na Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) - principal estatal do país - o executivo da transnacional Shlumberger, maior empresa de serviços de petróleo do mundo, Richard Botello.
Com a nomeação, realizada na quinta-feira passada, Botello passa a ser o terceiro presidente da YPFB - atolada em corrupção pelas sucessivas chefias impostas durante os seis meses do golpe contra o presidente Evo Morales, patrocinado pelos Estados Unidos. Vale lembrar que, até o dia anterior, Botello era o gerente do cartel multinacional na Bolívia.