segunda-feira, 29 de junho de 2020
Paulo Guedes, coautor do desastre
Por Paulo Nogueira Batista Jr.
O presidente Bolsonaro sofre rejeição e críticas crescentes. Curiosamente, a área econômica do seu governo nem tanto. Pode até escapar de um eventual naufrágio. Para alguns setores influentes (nem preciso dizer quem são), tudo se passa como se o ministro da Economia e sua equipe estivessem em uma esfera à parte e precisassem ser preservados de alguma maneira. Mas é uma ginástica e tanto. Bolsonaro e Guedes são dois lados da mesma moeda.
O presidente Bolsonaro sofre rejeição e críticas crescentes. Curiosamente, a área econômica do seu governo nem tanto. Pode até escapar de um eventual naufrágio. Para alguns setores influentes (nem preciso dizer quem são), tudo se passa como se o ministro da Economia e sua equipe estivessem em uma esfera à parte e precisassem ser preservados de alguma maneira. Mas é uma ginástica e tanto. Bolsonaro e Guedes são dois lados da mesma moeda.
Mal comparando! Bolsonaro é primeiro e único
Por Flavio Aguiar, no site Carta Maior:
No atual momento do disparate brasileiro, tornou-se comum comparar Bolsonaro com outras personalidades históricas, a partir de diferentes fontes e pontos de vista.
Tem de tudo no balaio: Haddad, Lula, Hitler, Mussolini, Orban, até o pobre Julio César entrou na dança. Vejamos.
A mídia neo-liberal já disse e continua dizendo que Bolsonaro, Lula e Haddad são “extremos do mesmo saco”. A comparação não subsiste por duas linhas de motivos.
A primeira linha está na personalidade política dos comparados.
Haddad e Lula são democratas. Bolsonaro não.
No atual momento do disparate brasileiro, tornou-se comum comparar Bolsonaro com outras personalidades históricas, a partir de diferentes fontes e pontos de vista.
Tem de tudo no balaio: Haddad, Lula, Hitler, Mussolini, Orban, até o pobre Julio César entrou na dança. Vejamos.
A mídia neo-liberal já disse e continua dizendo que Bolsonaro, Lula e Haddad são “extremos do mesmo saco”. A comparação não subsiste por duas linhas de motivos.
A primeira linha está na personalidade política dos comparados.
Haddad e Lula são democratas. Bolsonaro não.
A ‘autocrítica’ do ‘Jair Paz e Amor’
Por Fernando Brito, em seu blog:
Não há como deixar de lembrar da velha série do “Acredite se Quiser” que a televisão exibia.
Pois o Painel da Folha traz hoje que “Bolsonaro foi convencido de autocrítica e autorizou diálogo de auxiliares com STF em busca da paz“.
Será que alguém acredita que Bolsonaro – que não fez “autocrítica” da ditadura militar, dos assassinatos políticos, da tortura ou mesmo de um plano de explodir bombas em quartéis para obter aumento de soldo – vá arrepender-se de suas atitudes autoritárias no governo?
No entanto, diz o jornal que o presidente foi “convencido de que era momento de uma autocrítica e de agir de maneira diferente, sem esperar que os outros Poderes fizessem algo antes ou o cobrassem de novo por isso. O presidente autorizou três de seus ministros a abrir o diálogo neste tom e assumir o compromisso de uma nova postura, de paz, que até agora tem sido seguida”.
Não há como deixar de lembrar da velha série do “Acredite se Quiser” que a televisão exibia.
Pois o Painel da Folha traz hoje que “Bolsonaro foi convencido de autocrítica e autorizou diálogo de auxiliares com STF em busca da paz“.
Será que alguém acredita que Bolsonaro – que não fez “autocrítica” da ditadura militar, dos assassinatos políticos, da tortura ou mesmo de um plano de explodir bombas em quartéis para obter aumento de soldo – vá arrepender-se de suas atitudes autoritárias no governo?
No entanto, diz o jornal que o presidente foi “convencido de que era momento de uma autocrítica e de agir de maneira diferente, sem esperar que os outros Poderes fizessem algo antes ou o cobrassem de novo por isso. O presidente autorizou três de seus ministros a abrir o diálogo neste tom e assumir o compromisso de uma nova postura, de paz, que até agora tem sido seguida”.
Pela Folha, não visto amarelo
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:
A Folha de S. Paulo agora é "um jornal a serviço da democracia".
Ótimo. Mas não aspire a Folha ao título de campeã da democracia nem pretenda que vistamos amarelo a seu pedido. E não apenas pelo apoio à ditadura - mais que um "erro", como diz o editorial de ontem, um crime que não pode ser esquecido.
Na democracia da Folha, em tempos recentes, faltou compromisso com o pluralismo, sobrou intolerância e houve aversão ao resultado das urnas, quando os eleitos, como Lula e Dilma, a contrariam.
Injetando ódio no antipetismo, o jornal foi co-artífice do golpe de 2016, ajudando a abrir caminho para Bolsonaro.
A Folha de S. Paulo agora é "um jornal a serviço da democracia".
Ótimo. Mas não aspire a Folha ao título de campeã da democracia nem pretenda que vistamos amarelo a seu pedido. E não apenas pelo apoio à ditadura - mais que um "erro", como diz o editorial de ontem, um crime que não pode ser esquecido.
Na democracia da Folha, em tempos recentes, faltou compromisso com o pluralismo, sobrou intolerância e houve aversão ao resultado das urnas, quando os eleitos, como Lula e Dilma, a contrariam.
Injetando ódio no antipetismo, o jornal foi co-artífice do golpe de 2016, ajudando a abrir caminho para Bolsonaro.
Somos contra o que Bolsonaro representa
Por Jair de Souza
Qualquer pessoa que tenha dedicado alguma atenção à evolução política do Brasil nas últimas três décadas sabe o que significava Bolsonaro até pouco antes de sua eleição como Presidente da nação.
Após ter sido virtualmente expulso do Exército por má conduta, Bolsonaro passou quase 30 anos exercendo atividades parlamentares, primeiro como vereador, depois como deputado. Sim, foram quase três décadas de atuação parlamentar! E quais os frutos de seu trabalho durante todos esses anos?
Se o critério a usar for o da defesa das organizações milicianas que comandam o crime organizado em várias regiões do Rio de Janeiro, somos obrigados a admitir que seu trabalho foi bastante profícuo: Bolsonaro não escatimou esforços para glorificar as atividades das milícias fluminenses, chegando a propor e aprovar na Câmara de Deputados a concessão de menções honrosas aos mais conhecidos chefes de milícias do Estado do Rio de Janeiro.
Qualquer pessoa que tenha dedicado alguma atenção à evolução política do Brasil nas últimas três décadas sabe o que significava Bolsonaro até pouco antes de sua eleição como Presidente da nação.
Após ter sido virtualmente expulso do Exército por má conduta, Bolsonaro passou quase 30 anos exercendo atividades parlamentares, primeiro como vereador, depois como deputado. Sim, foram quase três décadas de atuação parlamentar! E quais os frutos de seu trabalho durante todos esses anos?
Se o critério a usar for o da defesa das organizações milicianas que comandam o crime organizado em várias regiões do Rio de Janeiro, somos obrigados a admitir que seu trabalho foi bastante profícuo: Bolsonaro não escatimou esforços para glorificar as atividades das milícias fluminenses, chegando a propor e aprovar na Câmara de Deputados a concessão de menções honrosas aos mais conhecidos chefes de milícias do Estado do Rio de Janeiro.
Ditadura: Curso da Folha terá autocrítica
Por Ana Flavia Marx, no site da Centro do Estudos Barão de Itararé:
Falar de si e detalhar como ajudou a ditadura militar. É assim que o jornal Folha de S. Paulo deveria iniciar o curso que está promovendo sobre o período, pois teve participação ativa bem como outros veículos de comunicação (dos grandes jornais, apenas o Última Hora não apoiou o golpe) para que o Brasil tivesse essa marca de sangue em nossa história.
Otavio Frias de Oliveira comprou o jornal em 1962 e a disputa do mercado editorial se dava com o Estado de S. Paulo e com o Diário de S. Paulo, dois partícipes da construção da ofensiva militar [1].
A autocrítica é sempre bem-vinda porque demonstra uma reflexão de si mesmo, reconhecendo erros e acertos para aperfeiçoar sua conduta ou ação na prática. Quando encarada para mudar posicionamentos e não cometer os mesmos erros é um ato de grandeza.
Falar de si e detalhar como ajudou a ditadura militar. É assim que o jornal Folha de S. Paulo deveria iniciar o curso que está promovendo sobre o período, pois teve participação ativa bem como outros veículos de comunicação (dos grandes jornais, apenas o Última Hora não apoiou o golpe) para que o Brasil tivesse essa marca de sangue em nossa história.
Otavio Frias de Oliveira comprou o jornal em 1962 e a disputa do mercado editorial se dava com o Estado de S. Paulo e com o Diário de S. Paulo, dois partícipes da construção da ofensiva militar [1].