A 'elite' e o Imposto sobre Grandes Fortunas

Por Paulo Gil Introíni, na revista Teoria e Debate:

Um espectro ronda o topo da pirâmide social – o espectro da tributação progressiva sobre as altas rendas e o grande patrimônio.

A tributação sobre os mais ricos foi reabilitada no debate público. O cenário é o da tempestade perfeita, pela conjugação da crise sanitária com a falência das políticas de austeridade e todas as suas consequências: concentração de renda e de riqueza e a sua contraface, o acelerado aumento da desigualdade, da pobreza e da miséria.


Austeridade, o grande dogma a ser combatido

Por Paulo Kliass, no site Outras Palavras:

Os números catastróficos da realidade social em nosso País parecem não serem suficientes para sensibilizar o Presidente Bolsonaro e seu todo poderoso Ministro da Economia. É impressionante como a dupla responsável pelo genocídio e pela destruição que nos abate segue ignorando os efeitos da profunda crise que afeta a grande maioria da população. O primeiro insiste em suas aparições públicas cotidianas sem nenhuma proteção, ao passo que o segundo só comparece a conversas privilegiadas com seus pares de bancos e instituições financeiras. Parecem viver candidamente em uma realidade paralela, mas, com certeza, serão cobrados no futuro por tamanha irresponsabilidade.

Auxílio não muda base eleitoral de Bolsonaro

Por Fernando Brito, em seu blog:

Tema central das edições de hoje de O Globo e da Folha, a possibilidade de que Jair Bolsonaro, notoriamente mais fraco em termos políticos entre os mais pobres, possa mudar o perfil do seu potencial eleitorado com o auxílio emergencial dado durante a pandemia.

É claro que algum efeito político terá, e não poderia deixar de ser em um país onde a miséria é imensa e, pior, vinha ainda crescendo. Natural, portanto, a “melhora” da aprovação de Bolsonaro entre as classes D e E registrada pelo Datafolha, até modesta, ao meu ver.

A evolução da conjuntura e a conciliação

Por Armando Boito, o site A terra é redonda:

Até o final do mês de maio deste ano, havia pelo menos três tipos de análise da conjuntura política brasileira. Agora, no final do mês de junho, seria instrutivo retomarmos aquelas análises e verificarmos como a conjuntura evoluiu.

A primeira delas, com a qual eu concordava, afirmava que o Governo Bolsonaro estava mais forte que a oposição e dirigia uma ação ofensiva contra a democracia. Contava com o apoio das Forças Armadas, apoio sempre essencial e mormente na situação de recolhimento criada pela epidemia, e enfrentava uma oposição, dirigida pelo campo liberal conservador, que era hesitante e tímida.

As formas de enfrentamento do fascismo

Por Antonio Barbosa Filho, em seu blog:

Grupos de extrema-direita na internet que há anos pregam a violência contra entidades, instituições e pessoas que defendem a Democracia ou qualquer tom de socialismo, estão apavorados com o surgimento de grupos Antifa (anti-fascistas) dispostos a enfrentá-los nas ruas e nas redes sociais. Nos seus muitos sites e canais na internet, os fascistas nativos reclamam que não podem mais sair às ruas devido a presença cada vez maior de grupos de jovens que impedem suas marchas e pregação de ódio.