terça-feira, 21 de julho de 2020
Bolsonaro é bancado pelas Forças Armadas
Por Jeferson Miola, em seu blog:
O plano da Presidência do Bolsonaro nasceu muito antes de 2018. Concebido como projeto secreto da cúpula militar, foi parido nos quartéis e conduzido com inteligência estratégica. Os obstáculos ao plano foram todos removidos do caminho – como, por exemplo, a candidatura do Lula e o altíssimo risco que seria a participação do Bolsonaro nos debates eleitorais.
A gratidão do Bolsonaro ao comandante do Exército deixou implícito o engajamento dos comandos militares na mecânica conspirativa para elegê-lo: “General Villas Boas, o que já conversamos morrerá entre nós. O senhor é um dos responsáveis por eu estar aqui”, declarou ele, talvez aludindo aos twitters do general para ameaçar e tutelar o STF.
O plano da Presidência do Bolsonaro nasceu muito antes de 2018. Concebido como projeto secreto da cúpula militar, foi parido nos quartéis e conduzido com inteligência estratégica. Os obstáculos ao plano foram todos removidos do caminho – como, por exemplo, a candidatura do Lula e o altíssimo risco que seria a participação do Bolsonaro nos debates eleitorais.
A gratidão do Bolsonaro ao comandante do Exército deixou implícito o engajamento dos comandos militares na mecânica conspirativa para elegê-lo: “General Villas Boas, o que já conversamos morrerá entre nós. O senhor é um dos responsáveis por eu estar aqui”, declarou ele, talvez aludindo aos twitters do general para ameaçar e tutelar o STF.
Austeridade fiscal: uma concha vazia
Por Isabela Prado, no site Brasil Debate:
Os principais arquitetos intelectuais das políticas que destroem países, Alesina e Ardagna [i] já foram criticados técnica e politicamente, sendo que o problema de causalidade reversa já foi largamente apontado por pesquisadores [ii]. Porém, mais do que um erro estatístico não tratado, surpreendentemente, o próprio conceito de austeridade é definido pelos seus defensores se utilizando dessa confusão causal [iii]. Ou seja, o termo é significado pelos resultados observados e não pelo seu conteúdo propositivo.
Os principais arquitetos intelectuais das políticas que destroem países, Alesina e Ardagna [i] já foram criticados técnica e politicamente, sendo que o problema de causalidade reversa já foi largamente apontado por pesquisadores [ii]. Porém, mais do que um erro estatístico não tratado, surpreendentemente, o próprio conceito de austeridade é definido pelos seus defensores se utilizando dessa confusão causal [iii]. Ou seja, o termo é significado pelos resultados observados e não pelo seu conteúdo propositivo.
Em votação 'histórica', Câmara aprova Fundeb
Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:
Em votação histórica e crucial para a educação do país, a Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta terça-feira (21), por 499 votos a 7, o novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), a PEC 15. O texto prevê que a participação da União começa com 12%, para aumentar gradativamente até atingir o total de 23% em 2026. Apresentado antes da pandemia de coronavírus e apoiado pela oposição, o relatório da deputada Professora Dorinha Seabra (DEM-TO) torna o fundo permanente e o constitucionaliza.
A reforma tributária contra o povo
Editorial do site Vermelho:
A primeira parte da proposta de reforma tributária apresentada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, dá bem a medida de como o governo Bolsonaro entende a distribuição de renda. A profunda desigualdade social e econômica do Brasil exige uma reforma que busque instituir a justiça tributária e a distribuir riqueza. Quando se deveria debater propostas como a taxação das grandes fortunas e cobrança de impostos de lucros, juros e dividendos, o que se tem é a ideia de aumentar a tributação sobre o consumo.
A primeira parte da proposta de reforma tributária apresentada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, dá bem a medida de como o governo Bolsonaro entende a distribuição de renda. A profunda desigualdade social e econômica do Brasil exige uma reforma que busque instituir a justiça tributária e a distribuir riqueza. Quando se deveria debater propostas como a taxação das grandes fortunas e cobrança de impostos de lucros, juros e dividendos, o que se tem é a ideia de aumentar a tributação sobre o consumo.