Por Fernando Brito, em seu blog:
A Folha dá destaque a mais uma compra escandalosa, de 40 milhões de máscaras (KN-95, inservíveis para uso médico), adquiridas pelo Ministério da Saúde e em parte pagas antecipadamente, num valor de R$ 363 milhões de reais, ao valor do dólar de ontem.
Boa parte do caso já havia sido exposta pelo jornalista Thiago Herdy, no início de agosto, mostrando inclusive as caixas com a inscrição “non-medical” daquele equipamento de proteção individual que se destinavam justamente a médicos, enfermeiros e demais profissionais de Saúde engajados, ainda no início da pandemia, na linha de frente de combate ao coronavírus.
E com um “belo” sobrepreço: R$ R$ 8,65 cada uma.
Não desço aos detalhes da reportagem, mas chamo a atenção para a fonte das informações: um relatório da Controladoria Geral da União, que até agora não viu nada de mais em todos os vários escândalos apurados pela CPI.
E para um “detalhe”: a compra foi feita em abril de 2020. Portanto, dentro da gestão do agora “inimigo” Luiz Henrique Mandetta no Ministério da Saúde.
E, por intermédio, naturalmente, de Roberto Ferreira Dias, homem de Ricardo Barros instalado, até há pouco, no Departamento de Logística da pasta.
Parece que alguém está fazendo uma manobra do tipo “sou, mas quem não é?”
Dias é signatário do contrato pelo MS (aqui, na íntegra) e, pela empresa – 356 Distribuidora – assina um certo Freddy Rabbat, empresário que atua no mercado de relógios suíços de luxo e promotor, no high society, do mercado de artigos de luxo no Brasil.
É preciso realmente muita máscara para esconder a vergonha de trem sido feitas negociatas com as pessoas morrendo como moscas neste país.
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