sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Privatização dos Correios já está no forno!


Por Altamiro Borges


A revista Exame, adoradora do "deus-mercado", informa nesta sexta-feira (19) que "o projeto de lei que abre o caminho para privatização dos Correios deverá ser levado pessoalmente por Fábio Faria, ministro das Comunicações, ao Congresso Nacional nos próximos dias, após a assinatura do presidente Jair Bolsonaro".

Ainda segundo a revista do Grupo Abril, que não esconde sua alegria privatista, "a nova legislação, que acaba com o monopólio da estatal sobre o serviço postal, representa o primeiro passo para desestatização dos Correios... A expectativa é que a desestatização seja concluída até o final do ano".

OIT critica flexibilização trabalhista nativa


Por Altamiro Borges


O jornal Valor Econômico, que é dedicado à cloaca burguesa, informa nesta sexta-feira (19) que "a Organização Internacional do Trabalho (OIT) mantém pressão sobre o governo de Jair Bolsonaro, com indagações sobre flexibilização de regras trabalhistas adotadas em resposta à pandemia".

De acordo com matéria, o Comitê Sobre a Aplicação de Convenções e Regulamentações da OIT examinou as denúncias apresentadas por centrais sindicais brasileiras acerca da adoção das medidas provisórias 927 e 936, que "prejudicaram severamente" o direito da negociação coletiva no país.

Daniel Silveira expõe oito bolsonaristas

Por Altamiro Borges

O futuro do deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ) ainda está indefinido. Cassação do mandato, cadeia por longo tempo ou impunidade? Mas sua prisão já teve um efeito prático. A Mesa Diretora da Câmara Federal determinou a reativação imediata do Conselho de Ética para tratar do seu caso e de outros deputados encrencados.

A retomada dos trabalhos da Comissão de Ética – que estavam suspensos há quase um ano sob a desculpa da Covid – pode levar até à indicação de cassação dos mandatos de parlamentares que respondem a representações no colegiado. Caso isso ocorra, a última palavra caberá ao plenário da Câmara Federal.

O doce sabor da impunidade

Por Lygia Jobim, no site Carta Maior:


Muitos se preguntam o porquê do General Villas Boas ter confessado publicamente, em livro organizado por Celso Castro e editado pela FGV Editora, que, em conluio com membros do Alto Comando do Exército, cometeu, em 03 de abril de 2018, diversos crimes ao dizer através de duas mensagens publicadas em seu Twitter:

"Nessa situação que vive o Brasil, resta perguntar às instituições e ao povo quem realmente está pensando no bem do País e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com interesses pessoais?".

"Asseguro à Nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à Democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais."

Big Brother Brasil e o debate racial

Por Dennis de Oliveira, no site A terra é redonda:


Apesar do Brasil estar vivenciando uma das maiores crises sociais da sua história, com episódios trágicos como a falta de oxigênio para portadores de Covid-19 no Amazonas, desemprego e miserabilidade crescentes, mais de mil mortes por dia por coronavírus e um governo que está mais preocupado em liberar armas, atender as demandas do mercado especulativo do que enfrentar a pandemia – que, ao contrário do que muitos afirmam, não atinge todos de forma igualitária, pretos e pobres são os mais vitimados – o debate racial imposto pela atual edição do programa global Big Brother Brasil 21 ganhou repercussão.

A Lava-Jato e o plano da cúpula militar

Por Jeferson Miola, em seu blog:


Para o êxito do plano secreto da cúpula militar, a prisão do Lula e o impedimento da candidatura presidencial dele em 2018 era fundamental. Lula atrapalharia o plano deles regressarem ao poder “pela via democrática” com Bolsonaro [sic].

O twitter do Alto-comando do Exército [3 de abril de 2018] emparedando o STF para manter a ordem farsesca de prisão do Lula significou, neste sentido, arrojado apoio político da cúpula militar ao então juiz Sérgio Moro e ao bando da Lava Jato.

Aquela sinalização também reforçou a posição dos ministros lavajatistas do STF: Fachin [“Aha, uhu, é nosso!”], Fux [“we trust!”] e Barroso [“vale por 100 PGRs”].

Registros mostram como o general-conspirador Villas Bôas [e outros generais também] se empenha em expressar, sempre que pode, reverência e reconhecimento do Exército a Moro.

Autonomia do Banco Central e a pauta do povo

Por José Guimarães, no site Brasil Debate:


Sob intensa expectativa do País, a Câmara dos Deputados abre seus trabalhos na primeira semana de sessões legislativas do ano. O povo brasileiro a tudo assiste, com grande ansiedade e talvez com alguma esperança, por soluções para os problemas cruciais que afetam sua vida e a de seus entes queridos: uma pandemia que mata mil brasileiros por dia, uma vacinação a conta-gotas que sequer conseguiu atingir todos os trabalhadores da linha de frente do Sistema Único de Saúde, a explosão do desemprego, o fim do auxílio emergencial, milhares de famílias que ingressam na linha de pobreza absoluta, a ausência de recursos públicos tanto para novos leitos quanto para fazer frente a uma competição selvagem no mercado mundial por vacinas e insumos, o fantasma da recessão econômica.

Rejeição a Bolsonaro vai crescer ainda mais

Editorial do site Vermelho:

A mais nova rodada da pesquisa PoderData, divulgada nesta quarta-feira (17), indica uma crescente rejeição ao presidente Jair Bolsonaro. Num intervalo de apenas 15 dias, o número de brasileiros que avaliam a gestão bolsonarista como “ruim” ou “péssima” passou de 41% para 48%. Já a aprovação caiu de 33% para 31%.

O patamar atual de desaprovação é similar ao de junho de 2020, mas há grande diferença entre esses dois cenários. No ano passado – quando sua rejeição atingiu pela primeira vez o índice recorde de 48% –, o governo Bolsonaro detectou o amplo apoio da população ao auxílio emergencial e passou a vender o presidente, fraudulentamente, como o suposto “pai” do benefício aos trabalhadores afetados pela pandemia de Covid-19.

Sete vezes em que o governo sabotou a vacina

Por Caroline Oliveira, no jornal Brasil de Fato:

Nesta quinta-feira (18), o Brasil completa um mês do início da campanha de imunização contra o novo coronavírus.

Até a última segunda-feira (15), no entanto, apenas 1,31% das doses necessárias para imunizar toda a população brasileira foram aplicadas: 5,54 milhões de aproximadamente 420 milhões de doses necessárias, segundo o consórcio dos veículos de imprensa.

No total, 5.285.981 pessoas tomaram a primeira dose, e 256.813, a segunda.

Uma das explicações para a baixa taxa de imunização até o momento é a quantidade escassa de doses, que, por sua vez, é explicada pela ausência de um planejamento por parte do governo de Jair Bolsonaro e do Ministério da Saúde.

"A política deliberada" na falta de vacinas

Charge: Fer Carvalho
Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

São Paulo – Como esperado, há enorme escassez de vacinas contra a covid-19 no país.

“Eu imaginava que isso pudesse ocorrer. Nada foi feito para que tivéssemos vacina. Houve uma política deliberada de se esperar que a própria doença imunizasse por efeito de rebanho”, diz o infectologista Hélio Bacha, consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e doutor pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

“É claro que isso não ocorreu, e então ficamos numa desvantagem perante o mundo muito grande”, acrescenta.

Nesta segunda-feira (15), o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM), anunciou que, sem receber novas doses, o calendário de vacinação será suspenso.

Bolsonaro usa Daniel Silveira

Por Rodrigo Vianna, no site Brasil-247:


O bolsonarismo, movimento de inspiração e traços fascistas, segue um padrão: colocar-se sempre em movimento.

O presidente e seus asseclas avançam sobre as instituições: já controlam o poder Executivo, a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e agora acabam de eleger aliados para presidir Câmara e Senado. Dos três poderes da República, só o Judiciário mantém-se ainda relativamente imune.

As alianças do bolsonarismo no Parlamento mostram a capacidade de Jair Bolsonaro de fazer um discurso (falso) anti-institucional e, ao mesmo tempo, conquistar posições nas instituições - em parceria com setores da "velha política" que ele antes fingia combater.

A cada vez que ensaia esse tipo de aproximação, Bolsonaro colhe entre aliados "liberais" a avaliação benevolente de que "agora entendeu", e de que merece uma "segunda chance.

Os pais e mães do ‘brucutu’

Por Fernando Brito, em seu blog:

Ontem, aparentando dar-lhe desimportância, o presidente do STF fingiu esquecer o sobrenome do sujeito que, horas antes, havia colocado o Tribunal que preside sob ameaça e dito que espancaria um de seus ministro, perguntou: “Daniel de quê?”

A capa de O Dia, que reproduzo acima, faz pergunta correta: Daniel de Quem?

Pois sujeitos como aquele podem ser, como já disse, encontrados em qualquer broderagem de bombados, mas este foi eleito basicamente, com votos vinculados a policiais – entre os quais, vê-se por sua ficha, era dos piores exemplos – e por muitos que, com ele, sentiram prazer mórbido com o vilipêndio à memória de uma mulher, negra e vereadora, executada friamente por pistoleiros.