Por Altamiro Borges
O jornalista Guilherme Amado postou no site Metrópoles na semana passada: "Carlos Bolsonaro está sem falar com Michelle Bolsonaro desde a internação de Jair Bolsonaro no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, há quase um mês. Os dois tiveram desentendimentos no hospital, que foram a gota d’água de uma relação que não é boa há tempos. Desde então, a relação de Carlos com o pai também está estremecida. Sempre presente, o filho pouco esteve no Palácio do Planalto nas últimas semanas".
domingo, 15 de agosto de 2021
Ministro da Justiça entra na mira do STF
Por Altamiro Borges
Mesmo sofrendo ameaças de Jair Bolsonaro e das suas milícias – digitais e reais –, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), parece não estar disposto a recuar no seu enfrentamento ao fascistoide. Na semana passada, ele pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que investigue o ministro-capacho da Justiça, Anderson Torres, por "campanha eleitoral antecipada". É mais um integrante do laranjal bolsonariano que entra na mira da Justiça.
Mesmo sofrendo ameaças de Jair Bolsonaro e das suas milícias – digitais e reais –, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), parece não estar disposto a recuar no seu enfrentamento ao fascistoide. Na semana passada, ele pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que investigue o ministro-capacho da Justiça, Anderson Torres, por "campanha eleitoral antecipada". É mais um integrante do laranjal bolsonariano que entra na mira da Justiça.
O golpe frustrado e o golpe que avança
Por Roberto Amaral, em seu blog:
Nossas forças, por assim dizer, armadas não estão preparadas para a defesa nacional. Além de desequipadas para o enfrentamento a qualquer ameaça externa digna de respeito (pois 75% dos gastos da Defesa são consumidos com salários, aposentadorias e pensões paras filhas de oficiais), suas operações dependem da supervisão do Pentágono, que as condiciona, mediante o monopólio do fornecimento de armas e munições (sempre de segunda linha ou obsoletas), e as controla do ponto de vista político-ideológico, sempre na contramão de nossas necessidades.
A carência, porém, se transforma em potência, quando se trata da defesa do status quo.
Nossas forças, por assim dizer, armadas não estão preparadas para a defesa nacional. Além de desequipadas para o enfrentamento a qualquer ameaça externa digna de respeito (pois 75% dos gastos da Defesa são consumidos com salários, aposentadorias e pensões paras filhas de oficiais), suas operações dependem da supervisão do Pentágono, que as condiciona, mediante o monopólio do fornecimento de armas e munições (sempre de segunda linha ou obsoletas), e as controla do ponto de vista político-ideológico, sempre na contramão de nossas necessidades.
A carência, porém, se transforma em potência, quando se trata da defesa do status quo.
Fidel Castro, um inesquecível amigo
Por Frei Betto, em seu site:
Em 13 de agosto Fidel completaria 95 anos. Não saberia dizer quantas conversas privadas tive com Fidel, desde que o conheci, em 1980. Após o nosso primeiro encontro, em Manágua, fiz inúmeras viagens a Cuba, e acredito que, a partir de 1985, em quase todas elas surgiu a oportunidade de encontrá-lo.
Mas nunca tive acesso direto a ele. Enganavam-se aqueles que me ligavam e pediam que eu fosse portador de uma carta ou de um apelo a Fidel. Não era alguém que eu pudesse chamar por telefone, embora ele tenha me ligado algumas vezes. Uma delas foi em 2010, pouco antes da eleição presidencial que daria vitória a Dilma Rousseff. Eu me encontrava em São Paulo, no Esch Café, em companhia – por coincidência – do embaixador de Cuba no Brasil e do cônsul em São Paulo. Fidel queria saber das chances de Dilma, do PT e sucessora de Lula, ser eleita presidente da República. Os dois diplomatas, surpresos, devem ter imaginado que tais chamadas a mim fossem frequentes...
Em 13 de agosto Fidel completaria 95 anos. Não saberia dizer quantas conversas privadas tive com Fidel, desde que o conheci, em 1980. Após o nosso primeiro encontro, em Manágua, fiz inúmeras viagens a Cuba, e acredito que, a partir de 1985, em quase todas elas surgiu a oportunidade de encontrá-lo.
Mas nunca tive acesso direto a ele. Enganavam-se aqueles que me ligavam e pediam que eu fosse portador de uma carta ou de um apelo a Fidel. Não era alguém que eu pudesse chamar por telefone, embora ele tenha me ligado algumas vezes. Uma delas foi em 2010, pouco antes da eleição presidencial que daria vitória a Dilma Rousseff. Eu me encontrava em São Paulo, no Esch Café, em companhia – por coincidência – do embaixador de Cuba no Brasil e do cônsul em São Paulo. Fidel queria saber das chances de Dilma, do PT e sucessora de Lula, ser eleita presidente da República. Os dois diplomatas, surpresos, devem ter imaginado que tais chamadas a mim fossem frequentes...
Povo não gosta de militar
Por Marcos Coimbra, no site Brasil-247:
É lenda que as Forças Armadas, por estar entre as instituições em que a população mais confia, são aprovadas e queridas.
Figurar entre as primeiras, quando a má avaliação é a regra, não quer dizer muito.
Talvez, apenas, que o povo desconfia de todas, de umas mais, de outras menos.
É certo, no entanto, que sua imagem vem descendo a ladeira desde 2018, quando se meteram nesse lodaçal do governo do capitão Bolsonaro.
Ajudaram a eleger um presidente de última categoria, participam da lambança de sua administração e se tornaram grandes beneficiárias de decisões nada republicanas (para dizer o mínimo) que tomou.
Estão metidas até a raiz dos cabelos em seu golpismo, intimidam adversários, acobertam falcatruas, inventam com ele mostrengos como o Bolsa Voto, para comprar o apoio dos necessitados.
É lenda que as Forças Armadas, por estar entre as instituições em que a população mais confia, são aprovadas e queridas.
Figurar entre as primeiras, quando a má avaliação é a regra, não quer dizer muito.
Talvez, apenas, que o povo desconfia de todas, de umas mais, de outras menos.
É certo, no entanto, que sua imagem vem descendo a ladeira desde 2018, quando se meteram nesse lodaçal do governo do capitão Bolsonaro.
Ajudaram a eleger um presidente de última categoria, participam da lambança de sua administração e se tornaram grandes beneficiárias de decisões nada republicanas (para dizer o mínimo) que tomou.
Estão metidas até a raiz dos cabelos em seu golpismo, intimidam adversários, acobertam falcatruas, inventam com ele mostrengos como o Bolsa Voto, para comprar o apoio dos necessitados.
Santander reincide em terrorismo contra o PT
Foto: Francisco Proner |
O Santander é reincidente na prática de terrorismo eleitoral contra o PT.
Em 25 de julho de 2014, o Banco enviou comunicado a seus clientes e investidores alertando que caso se mantivesse o crescimento de Dilma nas pesquisas, o dólar dispararia e os juros subiriam, causando “a deterioração de nossos fundamentos macroeconômicos”.
No último 12 de agosto, 7 anos depois daquela intromissão inaceitável nos assuntos internos do Brasil, este grupo transnacional perpetrou novo ataque à democracia. Desta vez, com espantoso atrevimento, propôs nada menos que “um golpe para evitar o retorno de Lula”.
Bolsonaro tentará cassar Moraes e Barroso
Por Fernando Brito, em seu blog:
Sequer uma palavra sobre Roberto Jefferson, novo ataques aos ministros Alexandre de Moraes e Luiz Roberto Barroso, os quais “extrapolam com atos os limites constitucionais”.
É assim a primeira reação pública de Jair Bolsonaro à prisão, ontem, de seu “soldado” espalhafatoso.
Passa por cima das ameaças e pantomimas do “primitivo” Jefferson para fazer as suas própria, claro, “em nome do povo”.
- O povo brasileiro não aceitará passivamente que direitos e garantias fundamentais (art. 5° da CF), como o da liberdade de expressão, continuem a ser violados e punidos com prisões arbitrárias, justamente por quem deveria defendê-los.
Sequer uma palavra sobre Roberto Jefferson, novo ataques aos ministros Alexandre de Moraes e Luiz Roberto Barroso, os quais “extrapolam com atos os limites constitucionais”.
É assim a primeira reação pública de Jair Bolsonaro à prisão, ontem, de seu “soldado” espalhafatoso.
Passa por cima das ameaças e pantomimas do “primitivo” Jefferson para fazer as suas própria, claro, “em nome do povo”.
- O povo brasileiro não aceitará passivamente que direitos e garantias fundamentais (art. 5° da CF), como o da liberdade de expressão, continuem a ser violados e punidos com prisões arbitrárias, justamente por quem deveria defendê-los.
Xadrez do réquiem do jornalismo
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:
Peça 1 – o jornalismo volta a falar português
Depois de 15 anos nas sombras, o jornalismo brasileiro volta a falar o português.
Nesse período, em função da guerra cultural promovida pela mídia, o jornalismo brasileiro emulou o período da ditadura, recorrendo a metáforas, metonímias, e todo tipo de figura de linguagem para conseguir driblar a censura dos veículos. Em nada diferente dos anos de chumbo.
Um bom exemplo é Jamil Chade.
Em seu período de Estadão foi o único a furar o bloqueio da mídia em relação aos escândalos da FIFA-CBF-Globo ou sobre a Lava Jato.
Depois de 15 anos nas sombras, o jornalismo brasileiro volta a falar o português.
Nesse período, em função da guerra cultural promovida pela mídia, o jornalismo brasileiro emulou o período da ditadura, recorrendo a metáforas, metonímias, e todo tipo de figura de linguagem para conseguir driblar a censura dos veículos. Em nada diferente dos anos de chumbo.
Um bom exemplo é Jamil Chade.
Em seu período de Estadão foi o único a furar o bloqueio da mídia em relação aos escândalos da FIFA-CBF-Globo ou sobre a Lava Jato.