Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:
O governo de Jair Bolsonaro tem muitos defeitos, tanto políticos quanto éticos. Mas é na educação que seu projeto destrutivo vem se estabelecendo de forma mais sistemática. O que é negacionismo em algumas áreas e defesa de interesses econômicos em outras, é desmonte programado na educação.
Há um duplo jogo no bolsonarismo: a ganância dos ganhos imediatos e a construção de bases para se manter no poder. O que é terra arrasada no meio ambiente e nos direitos trabalhistas, por exemplo, se traduz em absoluto cuidado em desmontar a crítica, afrontar a inteligência e estabelecer um ambiente propício ao autoritarismo.
sexta-feira, 20 de agosto de 2021
Uma questão de coerência (e decência)
Por Eric Nepomuceno, no site Brasil-247:
Quando no fim de março Marcelo Queiroga foi chamado para suceder no ministério da Saúde o general da ativa Eduardo Pazuello, cúmplice eficaz do genocídio levado adiante por Jair Messias, alguns destacaram o fato de ele ser médico cardiologista.
Ou seja, era alguém do ramo sucedendo a quem ao assumir sequer tinha ideia do que era o Sistema Único de Saúde, o SUS.
Além disso, depois da imunda subserviência de um general da ativa do Exército diante de um capitão da reserva com péssimos antecedentes em seus tempos de caserna, um médico talvez significasse uma mudança nos rumos do governo.
Por menos profunda que fosse, diante da catástrofe levada a cabo por Pazuello e a cambada de militares por ele espalhada pelo ministério, qualquer mudança seria bem-vinda.
Quando no fim de março Marcelo Queiroga foi chamado para suceder no ministério da Saúde o general da ativa Eduardo Pazuello, cúmplice eficaz do genocídio levado adiante por Jair Messias, alguns destacaram o fato de ele ser médico cardiologista.
Ou seja, era alguém do ramo sucedendo a quem ao assumir sequer tinha ideia do que era o Sistema Único de Saúde, o SUS.
Além disso, depois da imunda subserviência de um general da ativa do Exército diante de um capitão da reserva com péssimos antecedentes em seus tempos de caserna, um médico talvez significasse uma mudança nos rumos do governo.
Por menos profunda que fosse, diante da catástrofe levada a cabo por Pazuello e a cambada de militares por ele espalhada pelo ministério, qualquer mudança seria bem-vinda.
Aras cai nas mãos de Alexandre de Moraes
Por Fernando Brito, em seu blog:
Provavelmente inócua nas mãos de outros ministros do STF, a notícia crime por prevaricação apresentada pelos senadores Alessandro Vieira e Fabiano Contarato contra o Procurador-Geral da República, Augusto Aras, tendo caído nas mãos de Alexandre de Moraes, pode se tornar um problema de última hora para a aprovação da recondução do PGR, que começa com a sabatina marcada para a próxima terça-feira.
Provavelmente inócua nas mãos de outros ministros do STF, a notícia crime por prevaricação apresentada pelos senadores Alessandro Vieira e Fabiano Contarato contra o Procurador-Geral da República, Augusto Aras, tendo caído nas mãos de Alexandre de Moraes, pode se tornar um problema de última hora para a aprovação da recondução do PGR, que começa com a sabatina marcada para a próxima terça-feira.
A censura do TSE e o fator Pablo Ortellado
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:
É preciso tomar cuidado com essa medida do TSE de desmonetizar sites políticos. O que são sites políticos? São sites com posição política ou geradores de fake news? Anos atrás, tentou-se misturar maliciosamente os dois tipo de site.
O autor dessa manobra foi o cientista político Pablo Ortellado.
Agora, em artigo no Estadão, ele aponta a monetização pelo Google como o ponto central dos blogs.
Ou seja, propõe que o veto atinja os adsense do Google, principal instrumento de financiamento dos jornais digitais sérios de esquerda e direita.
Ortellado não é um intelectual correto.
Apareceu, inicialmente, oferecendo artigos para os chamados blogs progressistas, especialmente análises sobre os movimentos de rua.
É preciso tomar cuidado com essa medida do TSE de desmonetizar sites políticos. O que são sites políticos? São sites com posição política ou geradores de fake news? Anos atrás, tentou-se misturar maliciosamente os dois tipo de site.
O autor dessa manobra foi o cientista político Pablo Ortellado.
Agora, em artigo no Estadão, ele aponta a monetização pelo Google como o ponto central dos blogs.
Ou seja, propõe que o veto atinja os adsense do Google, principal instrumento de financiamento dos jornais digitais sérios de esquerda e direita.
Ortellado não é um intelectual correto.
Apareceu, inicialmente, oferecendo artigos para os chamados blogs progressistas, especialmente análises sobre os movimentos de rua.
Esse ódio que assola o país
Por Frei Betto, em seu site:
É notório que há no Brasil um clima de ódio e discórdia, agudizado pela atual disputa eleitoral. Não participo dele. Situações de vida me ensinaram a não ter ódio de ninguém nem somatizar conjunturas políticas. Meditação e oração são meus antídotos.
É notório que há no Brasil um clima de ódio e discórdia, agudizado pela atual disputa eleitoral. Não participo dele. Situações de vida me ensinaram a não ter ódio de ninguém nem somatizar conjunturas políticas. Meditação e oração são meus antídotos.
É óbvio, há pessoas das quais prefiro não ser amigo. Não por querer mal a elas, e sim por discordar radicalmente de suas ideias, que contrariam os princípios que norteiam a minha vida. Isso torna o diálogo quase impossível. E não sou de bater boca. Só lamento o sofrimento que causam quando as teses que defendem são levadas à prática. Como é o caso do racismo, da homofobia, do machismo, da arrogância e da opressão.
CPI da Covid fecha o cerco contra Bolsonaro
Charge: Crisvector |
Nesta semana, os trabalhos da CPI da Covid pouco avançaram na coleta de depoimentos. Munidos com habeas corpus expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o empresário Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, assim como o advogado da empresa Túlio Silveira mantiveram-se em silêncio. Negaram-se a prestar esclarecimentos sobre as negociações suspeitas envolvendo a compra superfaturada da vacina indiana Covaxin. No entanto, a CPI aprovou na última quinta-feira (19), uma série de requerimentos que inclui quebras dos sigilos fiscal e telefônico de pessoas ligadas ao governo Bolsonaro.
Bolsonaro contra a parede
Editorial do site Vermelho:
As manifestações da quarta-feira 18 de agosto contra a Proposta de Emenda Constitucional 32/2020 – a PEC da Reforma Administrativa – deram, em todo o Brasil, uma nova demonstração da resistência dos trabalhadores ao governo Jair Bolsonaro. Com as centrais sindicais à frente, os atos denunciaram os retrocessos da PEC, que fragiliza os serviços públicos, retira direitos do funcionalismo e ainda prejudica o conjunto da população brasileira.
As manifestações da quarta-feira 18 de agosto contra a Proposta de Emenda Constitucional 32/2020 – a PEC da Reforma Administrativa – deram, em todo o Brasil, uma nova demonstração da resistência dos trabalhadores ao governo Jair Bolsonaro. Com as centrais sindicais à frente, os atos denunciaram os retrocessos da PEC, que fragiliza os serviços públicos, retira direitos do funcionalismo e ainda prejudica o conjunto da população brasileira.
Pastor Milton Ribeiro, demita-se!
Por Gilson Reis
O mundo acompanha perplexo o retorno dos Talibãs ao comando do Afeganistão. Depois de 20 anos de guerra contra o império estadunidense e sem arranhar uma vírgula do seu poderio militar e ideológico, líderes espirituais assumem novamente o controle do país e impõem as normas da Lei da Sharia: tudo e todos estarão submetidos às leis religiosas e aos princípios da teocracia islâmica. Democracia, Estado democrático de direito, respeito às instituições estão descartados conforme pronunciamento de seus líderes.
O mundo acompanha perplexo o retorno dos Talibãs ao comando do Afeganistão. Depois de 20 anos de guerra contra o império estadunidense e sem arranhar uma vírgula do seu poderio militar e ideológico, líderes espirituais assumem novamente o controle do país e impõem as normas da Lei da Sharia: tudo e todos estarão submetidos às leis religiosas e aos princípios da teocracia islâmica. Democracia, Estado democrático de direito, respeito às instituições estão descartados conforme pronunciamento de seus líderes.