Bolsonaro, ‘malandro-agulha’ da conta de luz

Por Fernando Brito, em seu blog:


Partindo de informações de Lauro Jardim, em O Globo, de que Jair Bolsonaro proibiu seus ministros de “anunciar medidas impopulares até 7 de setembro”, o Poder360 confirma que o anúncio oficial do aumento das contas de energia será deixado para depois do Dia da Independência para não desmotivar suas falanges.

O nome, em português claro, seria estelionato, se isso enganasse alguém.

Mas todo mundo já sabe e o que Bolsonaro consegue é fazer o papel do que, no meu tempo, seria o do “malandro-agulha”, expressão das antigas para o cara que quer ser “esperto” mas não engana ninguém, para ficar numa “tradução” publicável.

Sem bola de cristal, palpites sobre o dia 7

Por Bepe Damasco, em seu blog:


Antes de entrar no mérito deste artigo, dou a minha opinião sobre a presença da oposição de esquerda nas manifestações de 7 de setembro: sou favorável, mas com todos os cuidados preventivos possíveis, que incluem horários diferentes e pontos distantes geograficamente dos atos dos fascistas, além, é claro, de se evitar todo e qualquer tipo de provocação.

Isto posto, vamos a alguns pitacos sobre o 7 de setembro, especialmente focados na propalada intentona golpista que se anuncia. Correndo, evidentemente, o risco do erro, que faz parte da vida, vamos a eles:

A ameaça de guerra bolsonarista

Por Jeferson Miola, em seu blog:

A conclamação do Bolsonaro para a matilha fascista se armar com fuzil não é galhofa; é estratégia política: “povo armado jamais será escravizado!”, brada o “mito”.

Esta estratégia política vem sendo materializada pelo Exército por meio da liberalização geral das normas sobre compra, posse e uso de armamentos e munições por particulares.

Desde 2019, o governo militar publicou mais de 20 portarias e decretos com este objetivo. “Como resultado da guinada, este é o momento de toda a história nacional em que existem mais armas nas mãos de cidadãos comuns. Em 2019 e 2020, os brasileiros registraram 320 mil novas armas na Polícia Federal. De 2012 a 2018, o total havia sido de 303 mil. As autorizações concedidas pelo Exército a caçadores, atiradores esportivos e colecionadores de armas também bateram recorde no atual governo - 160 mil nos últimos dois anos contra 70 mil nos sete anos anteriores. O mercado de armas e munições, tanto as de origem nacional quanto as importadas, está extraordinariamente aquecido”, noticia site do Senado.