domingo, 5 de setembro de 2021

Clima esquenta na véspera do 7 de Setembro

Por Altamiro Borges


O incendiário Jair Bolsonaro, que deseja distância dos bombeiros, segue botando fogo na crise política. Em 'motociata' no interior de Pernambuco, ele voltou a atacar os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e pressagiou uma "ruptura" no país. "Eu não quero, nem desejo. Mas a responsabilidade cabe a cada poder", ameaçou o fascista, que se acha traído e com muitos problemas na cabeça – até porque virou motivo de intensa chacota nas redes sociais nos últimos dias.

Sérgio Mamberti, amor em pessoa

Por Ricardo Alemão Abreu

Animado, Sérgio Mamberti me encantou um dia contando como iniciou-se nas artes e na política na casa de Pagu, em Santos. Ele, seu irmão Cláudio e Plínio Marcos conheceram muita arte e política com a mestra revolucionária Patrícia Galvão. A casa de Pagu, ele dizia, era uma verdadeiro centro cultural para a juventude comunista e avançada.

A primeira vez que o vi e o abracei foi na inauguração da sede da Azevedo, Cesnik e Salinas, na Vila Madalena. O sobrado foi o primeiro coworking que conheci. Ana Azevedo, minha grande amiga do núcleo da UJS da Zona Oeste de São Paulo/Osasco, e depois camarada do PCdoB-USP, que nos deixou ainda jovem, e ainda nos deixa muita saudade, convidou dois estudantes de Direito para formar a empresa: Fábio Cesnik e Rodrigo Salinas. Ana me dizia que seu orientador e animador era ele, o animado Sérgio, seu parente, que previa um futuro brilhante para a advocacia na área da cultura e do entretenimento. A semente que Ana, Cesnik e Salinas plantaram com a benção de Sérgio hoje é a grande árvore da CQS/FV, que juntou ainda o Quintino, o Fittipaldi e muita gente boa, e continua a crescer e florescer.

O crime de Bolsonaro no 7 de Setembro

Por Marcelo Zero, no blog Viomundo:


Bolsonaro apropriou-se do 7 de setembro para fins políticos próprios.

Tivesse ele se apropriado do Cristo Redentor ou da Petrobras, o crime seria menor.

Essa data deveria ser, como sempre foi, uma grande festa cívica que incluísse todos os brasileiros, independentemente de colorações partidárias ou de preferências ideológicas.

Mas, neste ano, o 7 de setembro será uma manifestação exclusiva de bolsonaristas, em apoio ao “Mito” e, pior ainda, em desafio ou ultimato às instituições democráticas.

Fala-se muito em se evitar tumultos ou quebra-quebras, mas o grande quebra-quebra já foi feito, sem que ninguém protestasse.

7 de Setembro e o motim neofascista

Por Milton Pinheiro, no site A terra é redonda:

A cena política brasileira encontra-se insoluvelmente convulsionada em virtude da condensação das mais diversas crises, contudo, essas particularidades da convulsão têm na crise política a centralidade do fator mais explosivo da conjuntura em curso.

O governo de extrema direita do agitador fascista, Jair Bolsonaro, tem se movimentado de forma articulada para impulsionar não as premissas do que seria uma ação administrativa para governar, mas, pelo contrário, orienta-se por caminhos táticos, os mais diversos, que possam tornar possível a sua estratégia política. Para tanto ele precisa de ações que organize e dê sentido concreto ao seu ponto de chegada: o seu profundo desejo de estabelecer um projeto vitorioso de ruptura.

Vida dos Bolsonaro virou ‘barraco’ na mídia

Por Fernando Brito, em seu blog:

Não é a praia deste blog, mas se tornou público e, portanto, vira relevante para a política.

E tudo vai tomando velocidade, porque os grandes jornais estão repercutindo as denúncias do ex-funcionário dos gabinetes dos filhos de Jair Bolsonaro de que 80% dos seus vencimentos eram apropriados pela família e, agora, com questões escabrosas envolvendo disputa por bens, com lances rocambolescos de furtos de cofres e outras, ainda mais baixas.

Fiesp, Fiemg e Graciliano Ramos

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:


Os patrões anunciam manifestações pela democracia e voltam atrás no primeiro rosnado chantagista do governo. O país sofre o autoritarismo e convive com a covardia.

Como diz o conhecido grito de protesto dos movimentos trabalhistas, feijão e patrão, só na pressão.

Em outras palavras, não há saída para a crise econômica e social e menos ainda para os conflitos entre capital e trabalho sem uma disputa política profunda, com direito a confrontos, greves, manifestações populares de massa e tomada das ruas, inclusive no Sete de Setembro. A ideia que vem sendo acalentada de uma conciliação de classes como saída já mostrou seus limites. O país não está dividido, ele é dividido.

Agronegócio concentra riqueza e gera crises

Por Cida de Oliveira, na Rede Brasil Atual:

O agronegócio concentra riqueza na mão de pequenos grupos e poucas empresas transnacionais, mas espalha conflitos agrários e crises ambientais com repercussões no campo e na cidade. Ou seja, não tem nada a ver com aquela campanha exibida diariamente desde 2016, inclusive no horário nobre, mostrando um setor que produz muitos dos produtos que precisamos. E tudo com a melhor tecnologia, com respeito aos trabalhadores e sem causar danos ao meio ambiente.

7 de Setembro: às ruas contra Bolsonaro

Editorial do site Vermelho:

A Semana da Pátria de 2021 começa sob o signo da luta. Do lado do povo, o Grito dos Excluídos e das Excluídas chega à sua 27ª edição com o lema “Vida em primeiro lugar – na luta por participação popular, saúde, comida, moradia, trabalho e renda já!”. Ao tradicional protesto liderado pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), mas abraçado por diversos movimentos da cidade e do campo, soma-se o 5º Grande Ato da Campanha #ForaBolsonaro.