quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Conclat-2022: Mãos à obra

Foto: Ennio Brauns
Por João Guilherme Vargas Netto


Se acreditamos na necessidade de realizar a Conclat em abril de 2022 precisamos começar desde já a trabalhar para seu êxito.

Ela não cairá do céu e muito menos acontecerá pelo clamor das bases – será o resultado da ação unitária, empenhada e inteligente das direções sindicais que buscarão repactuar o movimento sindical consigo mesmo e com a sociedade.

O carro do movimento (permitam-me a metáfora desgastada) precisa pegar no tranco que é a Conclat, sua plataforma e sua Comissão Executiva da Classe Trabalhadora.

Se as direções sindicais, em especial o corpo dirigente das seis centrais reconhecidas, concordam em dar este passo, sugiro que organizem duas comissões de trabalho que tratariam da própria organização do evento e da proposta de documento final.

Um Brasil de bicos e trambiques

Por Marcio Pochmann, no site Outras Palavras:


A segunda metade da década passada registra inédita inflexão no comportamento da economia brasileira.

Após ter atingido a maior quantidade de bens e riqueza produzida ao longo de sua história, a economia nacional ingressou na rota do decrescimento, tendo sido o Produto Interno Bruto de 2020 inferior ao do ano de 2014 em 7,5%.

Em resumo, o Brasil conseguiu a proeza de produzir 600 bilhões de reais de bens e serviços em 2020 a menos do que produziu no ano de 2014.

Se a medida for o dólar corrente dos Estados Unidos para avaliar o desempenho do Brasil, a queda foi de 44%, pois o PIB do país declinou de US$ 2,5 trilhões, em 2014, para US$ 1,4 trilhão, em 2020.

Como a população, nesse mesmo período de tempo, aumentou em 10 milhões de pessoas, passando de 201,7 milhões de habitantes em 2014 para 211,7 milhões de residentes em 2020, a renda nacional, quando dividida pelo conjunto da população, decresceu 10,7%.