O Centrão tomou conta da economia

Por Fernando Brito, em seu blog:

Nem no governo Sarney, nem no de FHC, em que o Centrão foi parte nuclear, nem nos demais governos em que a ele se teve de conceder poder, já se tinha assistido o que acontece agora: o controle total da área econômica pelos vorazes deputados e senadores que formam a base de sustentação de Jair Bolsonaro.

Paulo Guedes tornou-se um nada e, atropelado pelo “arrebenta-teto” do novo auxílio (de R$ 400, mas que deve ser elevado a R$ 500 no Congresso) foi duplamente chantageado: pelos políticos, que marcaram a data para que ele vá explicar a tal offshore nas Ilhas Virgens e por sua própria equipe de auxiliares que, em nome das vozes do mercado ameaçou-o com pedidos de demissão em série para reafirmarem sua devoção ao “teto de gastos”.

Cientistas protestam contra corte de recurso

Por Ivan Longo, na revista Fórum:


Em resposta ao corte de recursos destinados à Ciência promovido pelo governo Bolsonaro, cientistas, estudantes e pesquisadores farão uma mobilização no próximo dia 26 de outubro em diferentes regiões do país.

Serão atividades virtuais e presenciais, que incluem protestos e passeatas nas ruas.

O Ministério da Economia, comandado por Paulo Guedes, havia solicitado ao Congresso corte de 92% dos recursos destinados, em 2021, a bolsas e apoio à pesquisa.

Parlamentares acataram e aprovaram o projeto no dia 7 de outubro e, desta forma, a Ciência ficará com somente R$ 55 milhões, o que representa 8% do previsto inicialmente.

A mobilização é convocada pela Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG), Iniciativa para a Ciência e Tecnologia no Parlamento (ICTP.br), Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e outras entidades.

Os nomes de Bolsonaro na CPI

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:


Para garantir a aprovação de seu relatório, o senador Renan Calheiros cedeu aos colegas do G7 da CPI da Covid: Jair Messias Bolsonaro não será acusado dos crimes de genocídio contra os povos indígenas e de homicídio qualificado.

Na política, Renan fez o que devia para garantir a aprovação de seu parecer final, passo fundamental para que todo o trabalho da CPI não tenha sido em vão. Se o Procurador-geral, os procuradores de primeira instância e o Judiciário farão Justiça ainda veremos. Mas antes de ceder, ele carimbou para todo o sempre em Bolsonaro nomes abomináveis, inclusive os de genocida e homicida.

E isso já foi uma primeira reparação moral para os que sofrem pelos 600 mil mortos.