E os empregos de Guedes eram “treta”…

Por Fernando Brito, em seu blog:

Não foi à toa que muitos estranharam o “sucesso” na criação de empregos no ano da pandemia.

Uma revisão do Ministério do Trabalho baixou de 142 mil para 75,8 mil o número de vagas que se teriam criado no trabalho formal, publica o R7.

Era visível, no convívio com as pessoas que não existia a “maré de contratações” que o governo anunciava e é possível que o número seja ainda pior, porque muitas pequenas empresas que fecharam sequer comunicaram as dispensas ao ministério ou as homologaram em sindicatos, ainda mais com tudo funcionando de forma precária.

O golpe de morte no Bolsa Família

Editorial do site Vermelho:

“Pastéis de vento.” É assim que a ex-ministra Tereza Campello e a economista Sandra Brandão qualificam os supostos benefícios do Auxílio Brasil – o mais recente retrocesso da gestão Jair Bolsonaro. Chamado equivocadamente pela grande mídia de “novo Bolsa Família”, o programa deve ser implantado pelo governo às pressas e de modo irresponsável, com um indisfarçável apelo eleitoreiro.

“Bolsonaro extinguiu, sem qualquer embasamento técnico, o maior e mais bem-sucedido programa de transferência de renda do mundo. E colocou no lugar um arremedo de programa que é o contrário do Bolsa Família”, escrevem Tereza e Sandra. Segundo elas, o Programa Bolsa Família (PBF) vingou porque não se limitou a pagar uma renda mínima aos beneficiários – famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza.

Dez questões na filiação de Moro ao Podemos

Por Cintia Alves, no Jornal GGN:

O mês de novembro de 2021 começa com Sergio Moro distribuindo nas redes sociais o convite oficial para sua filiação ao Podemos. Com três anos de atraso, o ex-juiz da Lava Jato entra oficialmente na política partidária brasileira.

Em 2018, depois de garantir que Lula fosse excluído da corrida presidencial, Moro abandonou a toga para ser ministro da Justiça de Jair Bolsonaro.

Aceitou a missão insalubre alegando que contribuiria de maneira técnica, e saiu alegando incompatibilidade com as interferências políticas que sofria no cargo.

O ingresso na política partidária se dá justo na agremiação que, no passado bem distante, lançou Jânio Quadros e a marcha da vassourinha anticorrupção à Presidência.

Nem o Financial Times aguenta Bolsonaro

Por César Locatelli

Reconhecidamente conservador e defensor das políticas econômicas que estão conduzindo a extrema direita ao poder mundo afora, o jornal inglês, Financial Times, publicou um editorial para afirmar que Bolsonaro não é somente incapaz de gerir a pandemia, mas igualmente incapaz de administrar a economia.

O jornal inglês, porta-voz dos interesses financeiros mundiais, não admite, entretanto, que a horrível gestão econômica desse governo começou na sua posse. Sua justificativa para admitir a incapacidade de Bolsonaro de conduzir a economia é centrada na medida eleitoreira de aliviar o sofrimento daqueles no piso da renda no país, o que comprometeria as já abaladas finanças públicas, no entender do jornal.

Estadão detona Moro e a farsa lavajatista

Por Jeferson Miola, em seu blog:

Ao chegar ao Brasil para iniciar os movimentos para a eleição de 2022, Sérgio Moro foi recepcionado com dois editoriais ácidos do Estadão, jornal de visão extremista que já foi desbragadamente entusiasta e defensor da Lava Jato.

Em pleno dia de finados [2/11], o editorial “A perigosa permanência do lavajatismo” defende o sepultamento definitivo da Lava Jato, cadáver putrefato que só sobrevive por oportunismo no imaginário de fanáticos antipetistas – no MP, no judiciário, na PF, no partido dos generais e congêneres de direita e extrema-direita.

“O fim da Lava Jato não é nenhum problema […], era passada a hora de a famosa operação acabar”, reconhece o Estadão, alertando que “A Lava Jato chegou ao fim, mas – eis ponto que merece ser destacado – continua existindo o que se pode chamar de espírito lavajatista. Segue viva uma específica mentalidade que vai muito além do princípio republicano”.

Rumo a dias melhores

Por João Guilherme Vargas Netto


Para os trabalhadores empregados, formais, informais e autônomos, a situação continua difícil, ainda que menos do que para os que não têm trabalho e passam fome.

Os números são desalentadores, mesmo aqueles que são manipulados para mistificar a realidade.

Sejam os empregos exagerados em 2020, sejam os resultados deprimidos das negociações de 2021, sejam as subnotificações das doenças ou mortes – todos fazem soar o alarme.

Para o movimento sindical e, sobretudo para suas direções persiste a necessidade de enfrentamento constante do desastre e a busca de soluções capazes de conter os danos.

Inúmeras campanhas salariais já terminadas ou em curso dão provas disto; as vitórias são poucas, mas significativas e testemunham a possibilidade de resistência.