Lula mostra porque quer alianças

Foto:  Ricardo Stuckert
Por Fernando Brito, em seu blog:

Vou recordar-me, para sempre, de uma frase que ouvi, num dos discursos de Leonel Brizola: “eu uso as palavras para revelar meus pensamentos, não para escondê-los”.

Acho que as pessoas, porém, acostumaram-se a ver os políticos fazerem o contrário e, por isso, muitas vezes deixarem escapar o sentido concreto do que é dito.

Ontem, no ato em que recebeu o apoio das centrais sindicais, Lula voltou a repetir que só quer ir para o governo se puder fazer mais do que fez em seus dois mandatos anteriores.

Isto não é uma bravata, é um desejo que, para realizar-se tem como condicionante essencial o apoio político que terá para fazer estas mudanças.

Quanto mais eu rezo...

Por João Guilherme Vargas Netto


...mais sombração me aparece, devem pensar os dirigentes sindicais ao reagirem com a contundente nota das centrais à publicação dos trabalhos do GAET, cozidos em forno durante a pandemia.

O GAET (Grupo de Altos Estudos Trabalhistas; quase que substituo na palavra “Altos” a letra l pela letra u, dado o caráter excludente, limitado, enviesado e egomaníaco de seus componentes) foi criado em setembro de 2019 pelo governo para avaliar o mercado de trabalho sob a ótica neoliberal da modernização de suas relações.

Segundo o DIAP suas propostas configuram uma nova tentativa de aprofundamento da famigerada deforma trabalhista que havia sido derrotado no Senado Federal; um dirigente sindical condenou-as como a “regulamentação da escravidão”.

Mais uma elevação da Selic

Por Paulo Kliass, no site Vermelho:

Esse povo do sistema financeiro adora encher a boca para carregar de elogios ao sistema de política econômica dos Estados Unidos. Para os arautos do neoliberalismo e defensores do modelo de perpetuação das desigualdades em nossas terras, os norte-americanos é que estão corretos na organização da sua economia e da sua sociedade. Talvez essa seja uma das razões pelas quais o discurso do candidato a todo-poderoso no comando da economia do governo Bolsonaro tenha encontrado tanta receptividade e eco junto a essa parcela da elite endinheirada. Afinal, Paulo Guedes nunca escondeu seu desejo de privatizar tudo e de apertar ao máximo possível o torniquete em termos de austeridade fiscal e de arrocho na política monetária.