Moro: o naufrágio precoce de uma candidatura

Charge: Jota Camelo
Por Rodrigo Vianna, no site Brasil-247:

No início de dezembro, a mídia amiga da Lava-Jato fez circular "avaliação em caráter reservado" atribuída a presidentes de partido não identificados, que apontava tendência irreversível: Moro passaria Bolsonaro em fevereiro de 2022 e seria o candidato a enfrentar Lula num segundo turno (leia aqui).

Na época, desconfiei.

O jornalismo "profissional" estava em plena campanha pelo ex-juiz suspeito. Campanha, percebe-se agora, fracassada.

Exposto à luz do sol, Sérgio Moro mostrou sua limitação como ator político. Foi um personagem fabricado em laboratórios estrangeiros, com apoio da mídia nativa, para cumprir a missão de barrar Lula em 2018 e colocar o petista na cadeia. O objetivo era apagar o PT e seu líder da história.

8 de Março de luta contra Bolsonaro

Por Vanessa Grazziotin, no jornal Brasil de Fato:

Nos aproximamos do 8 de março, Dia Internacional da Mulher, data em que lembramos as nossas lutas e reafirmamos nossa disposição de construir um mundo mais justo, sem preconceitos, sem violência, de oportunidades e com trabalho e remuneração dignos para as mulheres.

No Brasil, nosso 8 de março será de resistência democrática contra Bolsonaro e seu governo conservador e de fome. Impossível não relacionar a luta das mulheres com a necessária derrota de Bolsonaro nas próximas eleições. Ele é um entrave aos avanços e, mais do que isso, é responsável pelas inúmeras perdas que tivemos, de vidas, de direitos, de uma existência digna.

A imprensa e o apartheid na Palestina

Ilustração: Latuff
Por Paulo Sérgio Pinheiro, no site A terra é redonda:

Em setembro do ano passado, às vésperas da abertura da Assembleia Geral da ONU, Lakhdar Brahimi, antigo enviado especial do secretário-geral da ONU e membro do grupo The Elders, criado por Nelson Mandela, apelava para que a Assembleia investigasse “o aprofundamento do regime de supremacia israelense sobre milhões de palestinos, que tem sido reconhecido por cada vez mais observadores como um regime de apartheid”.

Brahimi lembrava que, com a anexação e expansão de seu controle absoluto sobre toda a Palestina, Israel nega o direito inalienável do povo palestino à existência e soberania em sua própria terra. Consolidando, assim, um sistema de governo de discriminação, segregação e desigualdade institucionalizada, por meio de leis e políticas, em toda a Palestina histórica. Concluía dizendo que esse sistema atende à definição de apartheid da ONU.

O bolsonarismo e a apologia ao nazismo

Charge: Duke
Da Rede Brasil Atual:


No mesmo dia em que o agora ex-apresentador do podcast Flow, Bruno Aiub, o Monark, defendeu a existência de partido nazista no Brasil, o comentarista político bolsonarista da Jovem Pan News Adrilles Jorge fez, em tom de deboche, um gesto interpretado como saudação nazista em rede nacional. Adrilles comentava nesta terça-feira (8) o caso de Monark, alegando que a ideologia socialista também deveria ser criminalizada. Por isso, o apresentador William Travassos o interrompeu e anunciou o encerramento do programa. O que ambos os comunicadores que flertam com o o nazismo têm em comum é sua ligação com o bolsonarismo.

A liberdade de expressão e o Holocausto

Charge: Iotti
Por Urariano Mota, no site Vermelho:


Se alguém divulgar na mídia que os negros têm que ser mortos, que os gays devem ser exterminados, que os judeus devem ser destruídos, que os ciganos merecem arder no forno , esse alguém – na falta de qualificação mais própria para uma categoria abaixo dos animais – ficará famoso, para maior desprezo do que chamam de fama nestes dias infernais cujo nome é Bolsonaro.

Essa é a razão por que um indivíduo marca de bicicleta tenha virado motivo de tamanha evidência nesta semana. Ele passará, ou já passou, mas deixou o triste eco de coisa, quando soou que “deveria existir um partido nazista legalizado no Brasil” e que “se o cara for antijudeu ele tem direito de ser antijudeu”. Na mesma ocasião, outro deputado zurrou que o nazismo não deveria ter sido criminalizado na Alemanha após a Segunda Guerra Mundial.

Poucos vão sobreviver na extrema direita

Charge: Trilho
Por Moisés Mendes, em seu blog:

Nichos da base eleitoral da classe média de direita, que se misturaram aos pântanos da extrema direita, elegeram muitos fascistas em 2018. Não vão eleger mais.

As trincheiras mais identificadas com o bolsonarismo vão continuar fieis e ferozes, mas sem o reforço dos mesmos agregados de quatro anos atrás. A extrema direita perderá a amplitude eleitoral dessa base expandida.

Numericamente, a extrema direita encaminha-se para ser o que era nas primeiras pesquisas eleitorais de 2018. Bolsonaro e sua turma terão de se contentar com os 20% do núcleo que oscila muito pouco, mas nunca mais será expandido como foi na urgência do pós-golpe do todos-contra-Haddad.

Bolsonaro, numa eleição majoritária, como única opção contra Lula, até pode alargar essa base num eventual segundo turno. Mas nas eleições proporcionais os candidatos de extrema direita irão sofrer muito.

A representatividade da Conclat

Ilustração: Crisvector
Por João Guilherme Vargas Netto


Considero muito importante a nota das centrais sindicais convocando a Conclat para o dia 7 de abril, uma reunião presencial e virtual em São Paulo, para lançar a Pauta da Classe Trabalhadora 2022 com o lema Emprego, Direitos, Democracia e Vida.

Concordo também com o desenvolvimento previsto para a iniciativa que, a partir da reunião nacional, se enraíze nos estados, nas cidades e nas categorias.

No entanto, senti falta na nota das centrais de um parágrafo que anunciasse em termos gerais a previsível adoção de critérios de convocação e participação no evento, algo como o parágrafo que sugiro abaixo:

“Em breve, a organização do evento definirá as normas, o regimento, a proporcionalidade, a questão do financiamento, as cotas de gênero, etc, que também serão amplamente divulgadas para a mídia e em nossos meios de comunicação e redes sociais.”