quarta-feira, 23 de março de 2022
A PF, cada vez mais prato feito
Charge: Brum |
Na verdade, são tantos os absurdos que acontecem de maneira incessante enquanto Jair Messias continua cumprindo sua única missão – dedicar cada minuto de seu dia a destruir o país – que é alto o risco de vários fatores passarem em branco.
Por exemplo: as andanças de Anderson Torres, que desde abril do ano passado ocupa a poltrona de ministro da Justiça e Segurança Pública.
Dono de um currículo raquítico e de uma trajetória na Polícia Federal que em seus melhores momentos mal chegou a ser medíocre, ele vem se desempenhando no ministério com rara eficácia.
O problema é que toda essa eficiência se concentra em um único ponto: cumprir tudo que seu mestre mandar. E, no seu caso específico, há mais de um mestre: tem, claro, Jair Messias.
Multinacionais exportam petróleo do Brasil
O ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli criticou os lucros “pornográficos” dos acionistas da Petrobras.
Nesta terça-feira (22), em webinar promovido pelo Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), ele afirmou que a tendência é que os preços do petróleo no mercado internacional se mantenham em alta nos próximos meses, em função da guerra na Ucrânia.
“A tendência é de que esses preços se mantenham altos. Variando, mas altos. E essa alta no preço internacional vai acabar impactando os preços domésticos”, disse Gabrielli. Como resultado da distribuição da renda petroleira no Brasil, são os acionistas da Petrobras “os grandes ganhadores” desse processo, acrescentou.
Nesse sentido, ele também afirmou que, com essa alta, deve aumentar a pressão externa sobre o Brasil contra qualquer tentativa de reduzir os preços dos combustíveis internamente.
Alckmin ajuda a recivilizar a política
Marcelo Freixo no ato de filiação de Geraldo Alckimin ao PSB |
O que há de tão estranho para a mídia em que Geraldo Alckmin filie-se ao PSB, como acabou de fazer, para ser companheiro de chapa de Lula nas eleições de outubro?
Eu mesmo – e decerto você também – conhecemos gente que não votava no Lula e que deu voto aos tucanos várias vezes em eleições presidenciais disposta a, agora, votar em Lula diante daquilo que se tornou a direita e o conservadorismo (já nem podemos chamá-lo assim) sob Jair Bolsonaro.
Se não fosse esta uma enorme razão, há outras.
O PSDB, tal como o conhecíamos dos anos 90 e 2000, praticamente desapareceu. Resta dele o que ele nunca foi, João Doria, muito menos Eduardo Leite que, derrotado nas prévias, ensaia abandonar a legenda.
Dallagnol, Moro e a justiça tardia
Charge: Fredy Varela |
A condenação de Deltan Dallagnol pelo power point espalhafatoso e mentiroso contra Lula chegou tarde. A decisão do Superior Tribunal de Justiça [STJ] deste 22 de março de 2022 chegou com quase seis anos de atraso.
É uma decisão que deveria ter sido adotada já em setembro de 2016, porque estavam presentes absolutamente todos os elementos que basearam a decisão de hoje.
Se fosse feita justiça a tempo, os efeitos da ação criminosa da gangue de Curitiba chefiada pelo juiz-ladrão Sérgio Moro para corromper o sistema de justiça teriam sido evitados: a reputação do ex-presidente Lula não teria sido brutalmente atacada, a engenharia nacional não teria sido destroçada, 4 milhões de empregos não teriam desaparecidos, R$ 47 bilhões de impostos não teriam sido perdidos e o Brasil não teria sido jogado no precipício fascista-militar em que se encontra.
STF, eleições e o bloqueio do Telegram
Montagem: Jakub Porzycki |
A recente decisão do Min. Alexandre de Moraes de bloqueio ao Telegram recuperou a discussão sobre a liberdade de manifestação de pensamento. Há quem veja na sistemática recusa do Telegram em cumprir mandados do STF uma forma de resistência desta liberdade, uma vez que tal resistência estaria amparada pela possibilidade de reversão colegiada de uma decisão monocrática. Nada mais equivocado. O direito brasileiro ampara decisões monocráticas, que devem ser respeitadas, assim como as colegiadas. Até que estas reformem aquelas, mandados judiciais devem ser cumpridos. No caso concreto, o Ministro. Alexandre de Moraes revogou o bloqueio, o que comprova que as decisões monocráticas devem ser cumpridas enquanto subsistirem, e que os mecanismos processuais de revisão remanescem à disposição das partes.