quinta-feira, 28 de abril de 2022
Outra razão do perdão de Jair Messias
Charge: Frank |
Sobram razões para concluir que o perdão concedido por Jair Messias a um bandoleiro musculoso chamado Daniel Silveira foi elaborado cuidadosamente para ser aplicado caso dois dos filhotes presidenciais, o deputado federal Eduardo e o criador de uma função antes inexistente, o vereador nacional Carlos (eleito na cidade do Rio de Janeiro, ele mora em Brasília), sejam condenados pela Justiça.
Além de uma afronta inédita ao Supremo Tribunal Federal, a iniciativa de Jair Messias pode abrigar, porém, um outro motivo de força maior: um hábito permanente de Daniel Silveira.
Quem ofende as fileiras
Charge: Miguel Paiva |
A ser verdade que tenham “consultado” oficiais sobre o acatamento do resultado das urnas, Lula e Nelson Jobim agrediram as Forças Armadas: admitiram que os comandantes poderiam atuar à margem da lei. Não cabe a generais manifestação a respeito do gosto do eleitor, que materializa o princípio constitucional da soberania popular.
Ao que eu saiba, nem Lula nem Jobim confirmaram o que a imprensa noticiou. Os comandantes não reagiram. Fosse verdade, perceberiam a agressão?
Eis que, ontem, 24 de abril, o Ministro da Defesa acusa um ministro do STF de ofender seriamente as Forças Armadas. Luís Barroso disse que as fileiras estariam sendo orientadas para atacar o sistema eleitoral.
A sustentação de um golpe é improvável
Charge: Gervásio |
Bolsonaro pode até tentar um golpe, mas sua sustentação é improvável.
Em 1964, as Forças Armadas ainda exibiam prestígio pela atuação da FEB na Itália e por não terem sido protagonistas centrais da ditadura do Estado novo.
Invadiram a vida política do país por várias vezes desde o início da República, mas nunca haviam institucionalmente dirigido um governo.
Por esses e outros motivos, reuniram condições políticas para amalgamarem um conjunto de forças reacionárias e associarem-se a Washington para cometer um golpe de Estado.
Entre essas forças estavam várias frações do grande capital - industrial, financeiro e agrário - a Igreja Católica, a mídia corporativa e setores das camadas médias.
A pauta é fome, miséria e desemprego
Moradores de rua aguardando doação de alimentos no centro histórico de Salvador/BA. Foto: Felipe Iruatã/TNH |
Ei, amigas e amigos, experimentem dar uma passada de olhos nos sites de notícia vinculados à mídia comercial. Neles, a naturalização da tragédia econômica brasileira salta aos olhos.
A imprensa até publica informações sobre inflação batendo sucessivos recordes, preços da comida pela hora da morte, desemprego que não cede e precarização do trabalho em níveis alarmantes. Mas o faz com freio de mão puxado, já que os barões da mídia apoiam a gestão de Paulo Guedes/Bolsonaro.
Repare também como o cinismo dá o tom da cobertura jornalística sobre o preço dos combustíveis. A nossa gasolina já está entre as três mais caras do planeta. Só que, em ordem unida, os grupos de mídia defendem cegamente a política de preços da Petrobras.
Isto posto, abordemos a relação entre a penúria imposta ao povo brasileiro e as escaramuças e movimentações eleitorais.
A condenação de Moro pela ONU
Charge: Laerte |
Debaixo da toga de juiz de Direito se camuflava um agente político orientado pelos órgãos de inteligência e pelos Departamentos de Estado e de Justiça dos EUA.
Sérgio Moro chefiou a Lava Jato como um gângster mafioso chefia uma gangue. Abusando do falso pretexto de combater a corrupção, ele e seus parceiros do judiciário, da Polícia Federal e do Ministério Público produziram aquilo que ficou mundialmente conhecido como o maior escândalo judicial da história.
O paralelo mundial mais próximo desta atrocidade contra Lula é o caso Dreyfus, que embasou os estudos da historiadora Hannah Arendt sobre as origens do totalitarismo e do nazismo.