segunda-feira, 23 de maio de 2022
Um retrato do cirismo
Charge: Iotti |
Os eleitores que pensam em votar em Ciro Gomes têm importância central no desfecho da eleição.
Sempre se soube, mas parece que alguns só agora se deram conta desse fato.
Estava claro desde o efetivo começo do processo eleitoral, quando Lula recuperou seus direitos políticos, que iríamos para uma eleição polarizada entre ele e o capitão, na qual outras candidaturas teriam papel, no máximo, coadjuvante.
Nasceram e permaneceram tão pequenas que houve quem quisesse fazer um truque, somando quantas conseguisse, para ver se, juntas, alcançavam porte respeitável.
Por motivos óbvios não funcionou e a tal “terceira via” caminha para entrar na nossa história política como um rodapé cômico.
A verdadeira façanha de João Doria
Charge: Kleber |
Bem, aconteceu o anunciado: João Doria foi levado a desistir da sua candidatura presidencial.
Mas não se trata da sua verdadeira façanha: afinal, seu plano tinha a consistência do meu saldo bancário, ou seja, nenhuma.
Por esses dias de um outono especialmente frio as atenções se dividem além de Doria: Ciro Gomes e sua insistência em ajudar Jair Messias, o tal de Musk vindo fazer o que ninguém sabe ao certo – sabe-se apenas que coisa boa não foi nem será –, com a inacreditável aberração chamada Daniel Silveira perambulando solto por aí, enfim, as atenções se dividem e com razão.
Luciano Bivar e o rato que ruge
Por Fernando Brito, em seu blog:
A entrevista de Luciano Bivar a repórter Jussara Soares, de O Globo, é o retrato perfeito e acabado da miséria moral da direita brasileira.
O candidato que tem traço nas pesquisas, é o representante do maior partido brasileiro (ao menos na distribuição dos recursos públicos destinados a financiar partidos e candidaturas) é apenas um especialista em negócios eleitorais.
Ex-cartola do Sport Recife, dono de corretoras de seguros, subornador confesso da convocação de jogadores para a Seleção da CBF, locador de partido para a candidatura Jair Bolsonaro, Bivar, inexplicavelmente, merece o tratamento de um líder partidário.
A entrevista de Luciano Bivar a repórter Jussara Soares, de O Globo, é o retrato perfeito e acabado da miséria moral da direita brasileira.
O candidato que tem traço nas pesquisas, é o representante do maior partido brasileiro (ao menos na distribuição dos recursos públicos destinados a financiar partidos e candidaturas) é apenas um especialista em negócios eleitorais.
Ex-cartola do Sport Recife, dono de corretoras de seguros, subornador confesso da convocação de jogadores para a Seleção da CBF, locador de partido para a candidatura Jair Bolsonaro, Bivar, inexplicavelmente, merece o tratamento de um líder partidário.