sexta-feira, 14 de outubro de 2022
O inferno nuclear é o limite
Militares russos durante operação especial na Ucrânia (22/7/22)/RT |
A realização dos referendos para anexar regiões do Donbas, entre outras, de maioria russa, ao território da República da Rússia, está servindo de escusa para uma nova escalada do conflito.
A reação furiosa dos governos do Ocidente e de suas mídias foi, como de hábito, eivada de cinismo e sustentada em estudada desinformação.
Quando a guerra da Ucrânia começou, em 2014 (sim, o conflito entre Rússia e Ucrânia surgiu em 2014, após a deposição pela força de Yanukovich), essas regiões da Ucrânia, de ampla maioria russófona, realizaram referendos para exigir autonomia, em relação ao novo governo antirrusso de Kiev.
Essa reivindicação de autonomia foi incorporada aos Acordos de Minsk, que buscavam por fim ao conflito.
Como debater com um verme?
Charge: Rayma Suprani |
Com algum esforço, consigo conter o ímpeto de defender que Lula não participe de debates com Bolsonaro.
Sei que o comando da campanha sabe o que está fazendo e que, através de pesquisas qualitativas internas, conhecidas como “qualis”, detectou que a eventual ausência de Lula traria prejuízo eleitoral.
Escrevo a três dias do debate promovido pela Band e outros veículos de comunicação, marcado para o próximo domingo (16).
De todas as provações enfrentadas por um homem de 76 anos, um estadista mundial que poderia estar desfrutando de sua aposentadoria, mas que é obrigado a voltar ao centro da luta política para salvar a nação da destruição fascista, participar de um debate, cara a cara, com um ser tão repulsivo como Bolsonaro é, sem dúvida, a maior de todas.
Os planos ditatoriais para eventual 2º mandato
Charge: Taylor Jones |
Em entrevista à jornalista Renata Lo Prete para o podcast do G1, “O Assunto”, o cientista político Fernando Abrucio, da FGV-SP, enxerga que existe um projeto de longo prazo de Jair Bolsonaro (PL) para se perpetuar no poder, caso seja reeleito.
A primeira atitude seria o de controle do Supremo Tribunal Federal (STF), sendo que a última instância do poder judiciário foi o principal controle acionado contra os excessos de Bolsonaro em seu primeiro mandato.
A fórmula, segundo o pesquisador, é importada de outros países e começa com o aumento de ministros da corte para controlá-la.