domingo, 26 de março de 2023
Dois sequestradores em ação
Charge: Geuvar |
O Brasil está refém de dois homens superpoderosos.
Um é o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que parece estar apostando numa hecatombe da economia, e por decorrência no fracasso do governo Lula, ao insistir em manter os juros no patamar injustificável de 13,75%.
Outro é o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, pivô de uma crise verdadeiramente institucional entre a Câmara e o Senado, com sua recusa em restabelecer o rito constitucional de tramitação das medidas provisórias, suspenso durante a pandemia.
Caminhada 'descomemora' o golpe de 1964
Do site do Instituto Vladimir Herzog:
A III Caminhada do Silêncio pelas Vítimas de Violência do Estado já tem data e local definidos: dia 02 de abril, das 15h às 19h, no Parque Ibirapuera, em São Paulo. O objetivo é promover uma “descomemoração” do golpe civil-militar de 31 de março de 1964, com uma homenagem à memória das vítimas de violência do Estado – do passado e do presente, para que não se esqueça.
A concentração para o ato ocorrerá a partir das 15h e contará com apresentações musicais e depoimentos. Já a caminhada silenciosa terá início às 18h, rumo ao Monumento em Homenagem aos Mortos e Desaparecidos Políticos, no Portão 10. O ato se encerrará às 19h, no Monumento, onde poderão ser depositadas fotos das vítimas, flores e velas.
A III Caminhada do Silêncio pelas Vítimas de Violência do Estado já tem data e local definidos: dia 02 de abril, das 15h às 19h, no Parque Ibirapuera, em São Paulo. O objetivo é promover uma “descomemoração” do golpe civil-militar de 31 de março de 1964, com uma homenagem à memória das vítimas de violência do Estado – do passado e do presente, para que não se esqueça.
A concentração para o ato ocorrerá a partir das 15h e contará com apresentações musicais e depoimentos. Já a caminhada silenciosa terá início às 18h, rumo ao Monumento em Homenagem aos Mortos e Desaparecidos Políticos, no Portão 10. O ato se encerrará às 19h, no Monumento, onde poderão ser depositadas fotos das vítimas, flores e velas.
Exército premia oficiais com condutas ilegais
Em tom apologético, o site do Exército publicou matéria [23/3] sobre a troca do Comando Militar do Planalto [CMP].
O texto faz referência a “uma cerimônia digna de um Comando Militar de Área com efetiva capacidade operacional e logística, capaz de empregar produtos de defesa tecnologicamente avançados”.
Nem parece se tratar daquele Comando Militar que, em 8 de janeiro, falhou – suspeita-se que propositalmente – em colocar em prática a “efetiva capacidade operacional e logística, capaz de empregar produtos de defesa tecnologicamente avançados” para proteger o Palácio do Planalto dos ataques de ultradireitistas ensandecidos.
Arcabouço, não calabouço fiscal
Foto: Adriano Machado/Reuters |
Foi adiada para abril, para depois da viagem do presidente Lula à China, a decisão sobre o arcabouço fiscal que substituirá, por lei complementar, o teto constitucional de gastos. A decisão de adiar a proposta do governo me parece correta. Por que tomar de afogadilho, a portas fechadas, decisão de natureza estratégica, que afetará a política fiscal ao longo dos próximos anos? Recorde-se que o governo está dando sequência a algo muito importante aprovado na PEC de transição.
Reflexões sobre a revolta francesa
Paris, 23/3/23. Foto: Julien Jaulin/L´Humanité |
A França, com o povo nas ruas, homens e mulheres, jovens e velhos, trabalhadores de todos os ofícios, em Paris e em todas as vilas, enfrentando a repressão, resistindo, brigando, defendendo seus direitos, celebra os 152 anos da frustrada Comuna de Paris (1851-1871), quando os herdeiros dos sans culottes se levantaram contra a fome, a opressão e o autoritarismo exacerbados no Império, pouco mais de sessenta anos passados dos eventos da Revolução (aquela da tríade liberté - égalité - fraternité) para uma vez mais defender a liberdade de expressão, de imprensa, de reunião e de organização.