A blindagem trincada dos militares

Por Manuel Domingos Neto

Em seu retorno à presidência, Lula deixou claro seu interesse em sossegar a caserna e governar sem arroubos.

A escolha do Ministro da Defesa atestou sua opção. Múcio diz com todas as letras estar “resolvendo as coisas em absoluto comum acordo com os comandantes das Forças. Na realidade, eu administro apenas a resultante da vontade de cada comandante”.

Os comandantes, entre outras demandas, querem recursos públicos. Múcio endossa a recomendação da OTAN de investir 2% do PIB em Defesa. Exibindo distanciamento da temática, argumenta que o Brasil tem uma grande fronteira!

E o tal do mundo não se acabou

Foto do site de Lula
Por Luís Nassif, no Jornal GGN:


São curiosos os movimentos de aprovação e desaprovação de governantes ou dirigentes em geral. O mercado de opinião não os trata como bons ou maus dirigentes, mas como baratos ou caros.

Se uma administração é superavaliada, chega o momento em que o mercado se dá conta de que não é tão boa assim.

Começa então um ajuste de preços para baixo, com ênfase a qualquer notícia negativa. E vice-versa. Se se percebe que o governo (ou a empresa) está muito barato, há um processo de melhora na avaliação, até o momento em que passa a ser considerado novamente caro.

O governo Lula estava muito barato, com intensa cobrança por resultados imediatos. Começou uma reavaliação que veio de fora e, agora, começa a se espalhar pelo mercado.

Roger Waters e os “sionistas de esquerda”

Roger Waters, mensagem de amor em Frankfurt

Por Jair de Souza


Na semana passada, fomos surpreendidos por uma nota com pesadas críticas ao cantor e compositor inglês Roger Waters publicada em vários órgãos de imprensa em nome de um coletivo autointitulado Sionistas de Esquerda.

Como já é habitual no tratamento dispensado pelos tais “sionistas de esquerda” àqueles que não compactuam com seus postulados em defesa da manutenção das estruturas do sionista Estado de Israel, Roger Waters foi implacavelmente tachado de antissemita, uma designação que, entre os adeptos do sionismo, equivale a uma condenação inapelável à morte no plano moral e espiritual.

Golpe deixa generais na chapa quente

Por Helena Chagas, no site Brasil-247:


O que choca no material extraído do celular do coronel Cid, que se junta ao lixo golpista achado no armário de Anderson Torres e em outros escaninhos, não é apenas seu teor - minutas de normas (i)legais ensaiando modalidades diversas de atentado ao Estado democrático de direito.

Tão ou mais grave é a comprovação de que havia bastante gente envolvida na conspiração, ao menos entre os militares. Dezenas? Dúzias?

Os prints de grupos do WhatsApp de Cid mostram uma diversidade de tenentes hidrófobos e coronéis alucinados, que mencionam generais simpáticos à armação. Sugerem que os subversivos verde-oliva não eram um pequeno grupo de gatos pingados, e que o golpe era um segredo de Polichinelo no entorno de Jair Bolsonaro. O pior de tudo é que, em sua vasta maioria, eles continuam soltos por aí.