quinta-feira, 19 de outubro de 2023

Embaixador de Israel no Brasil é um provocador

Faixa de Gaza, 15/10/23. Foto: Abed Rahim Khatib 
Por Altamiro Borges


Bajulado pela mídia sionista e pelos milicianos bolsonaristas, o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, já devia ter sido repreendido formalmente pelo governo Lula. O sujeito é um típico provocador. Não age como diplomata, mas como capanga. Não é para menos que está sempre de braços dados, em vídeos e fotos, com parlamentares da extrema-direita nativa. Nesta terça-feira (17), ele usou suas redes digitais para atacar o PT:

Biden foi ao Oriente Médio pisotear os mortos

Charge: Latuff
Por Bepe Damasco, em seu blog:


Canalhas também envelhecem. Há controvérsias sobre a autoria desta frase, uns dizem que é de Nelson Rodrigues, outros asseguram que é da lavra de Rui Barbosa ou de Rachel de Queiróz. Pouco importa. O que vale é o alerta nela contido.

Pensei nisso quando acompanhei pela imprensa, nesta quarta-feira (18), a visita do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a Israel.

Durante sua fala no encontro com o comandante do genocídio do povo palestino, Benjamin Netanyahu, o presidente americano não demostrou nenhuma empatia com as mães palestinas que perderam seus filhos, com os meninos e meninas que ficaram órfãos, com os mais de mil habitantes de Gaza que gemem soterrados.

Jornalões escondem os generais golpistas

Charge: Cacinho
Por Moisés Mendes, em seu blog:


Os jornalões se negam a dar de manchete o relatório da CPI do Golpe, que está sendo lido pela senadora Eliziane Gama, com pedidos de indiciamento de Bolsonaro e seus generais.

Esta é a manchete fria do Estadão:

Thomas Friedman: Uma invasão a Gaza e a mentalidade ‘de uma vez por todas’ são equívocos para Israel

Esta é a manchete da Folha:

Filha de brasileira que estava entre sequestrados pelo Hamas foi morta, diz tia

E aqui a manchete do Globo:

CPI do 8 de Janeiro: relatório pede indiciamento de Bolsonaro, Cid, Silvinei, Zambelli e Torres

EUA pagarão por impiedade populista de Biden

Charge: Mohammad Sabaaneh
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:


Os Estados Unidos garantiram ontem, em dois momentos, o prosseguimento do genocídio perpetrado por Israel contra o povo palestino.

Em Nova York, os Estados Unidos vetaram a proposta de resolução brasileira, que trazia alívio humanitário para quem sofre e morre em Gaza, apesar de 12 países terem votado a favor.

Enquanto isso, em Tel Aviv, Biden abraçava por inteiro a posição israelense, garantindo apoio político e militar, de olho em seus baixos índices eleitorais.

Mas haverá custos. As duas decisões poderão levar ao alastramento do conflito e já produzem uma revolta ampla no mundo árabe contra os Estados Unidos, a exemplo da tentativa de ataque à embaixada americana em Beirute, na manhã desta quarta-feira, duramente reprimida pelo governo local.

E haverá também custos internos, inclusive eleitorais. Se a opção de Biden pelo massacre de Gaza lhe rendeu simpatias mesmo entre republicanos, analistas americanos dizem que alas progressistas de seu partido, o Democrata, devem engrossar as resistências à candidatura dele à reeleição.