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Balanço feito pelo site UOL na manhã deste domingo (13) aponta que 552 mil “clientes” seguem sem luz na capital paulista. Esse número assustador corresponde aos pontos de instalação da empresa Enel – mas em cada casa moram, em média, quatro pessoas, o que resulta em mais de dois milhões de paulistanos sem energia elétrica há três dias. Diante desse caos, a companhia privada – nos dois sentidos da palavra – culpa o “evento climático extremo”. Já o prefeito de São Paulo, o inoperante Ricardo Nunes (MDB), que tenta se reeleger, foge das duas responsabilidades.
O site do Grupo Folha – que não esconde a sua torcida pela reeleição do direitista e que defende ardorosamente as privatizações – até dá espaço para a empresa se defender. “A Enel não dá prazo para o religamento total da energia. Nos canais de atendimento, os moradores recebem ‘previsão retroativa’ sobre a volta da luz ou prazos muito longos... O presidente da Enel, Guilherme Lencastre, afirma que não quer ‘colocar uma expectativa frustrada’. A concessionária também não detalhou os bairros da capital mais afetados no momento”. Haja complacência com a privada!
No geral, a mídia privatista tem evitado abordar as responsabilidades da prefeitura. Uma nota de repúdio do Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo (Sindsep), que ajuda a entender as razões do caos, não obteve maior repercussão da dita “imprensa imparcial”. Vale conferir o documento e amplificar sua difusão:
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Caos na cidade de São Paulo é responsabilidade da administração municipal do prefeito Ricardo Nunes
O Sindsep vem a público manifestar sua indignação em relação aos acontecimentos na cidade devido às chuvas e ventos fortes ocorridos na sexta-feira, 11 de outubro de 2024.
A população da cidade é vítima do descaso da atual prefeitura. Os eventos climáticos extremos não são mais uma eventualidade acidental, mas sim uma realidade cotidiana.
Nunes e Tarcísio negam as mudanças climáticas, mas a realidade é que a atual gestão municipal ignora a necessidade de cuidar da cidade e de prepará-la permanentemente para situações como essa, que afetam diretamente nossa população.
A culpa não é do vento ou das árvores. A responsabilidade recai sobre a atual prefeitura, que não cumpre seu papel. Qualquer cidadão que já tentou solicitar a poda de árvores na cidade sabe como é difícil ser atendido pela administração municipal.
A realidade é que a política de Ricardo Nunes cortou os investimentos no cuidado permanente da cidade, não realizou nenhuma ação concreta do Plano Municipal de Arborização Urbana (PMAU), e se recusou a realizar concursos para a contratação de engenheiros agrônomos e florestais nas subprefeituras de São Paulo.
O mesmo prefeito recusa a urgente ampliação do quadro de servidores da Defesa Civil, comprometendo a eficácia e a segurança dos serviços de proteção à população.
Como sindicato, destacamos que a imagem do prefeito Ricardo Nunes com o colete da Defesa Civil é uma fraude que busca ludibriar a população.
As condições de trabalho enfrentadas pelos profissionais da Defesa Civil são alarmantes: os uniformes estão deteriorados, há escassez de botas e muitas vezes faltam as de tamanho adequado. Faltam equipamentos de proteção individual (EPIs) necessários.
É inaceitável que, enquanto o prefeito quer se fantasiar como defensor da Defesa Civil, os servidores enfrentem um cenário de desmonte e precarização.
A péssima gestão de Nunes faz que os trabalhadores sintam-se desvalorizados. Mesmo assim não deixam de se desdobrar para realizar seu trabalho e atender a população da cidade dando o seu melhor.
O Sindsep exige ações concretas para garantir melhores condições de trabalho, valorização, concursos públicos e investimento adequado nesta área essencial.
São Paulo, 12 de outubro de 2024.
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