sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

Crescimento econômico versus Patifaria Lima

Charge: Clayton
Por Paulo Nogueira Batista Jr.

A economia brasileira continuará a crescer? É a pergunta que muitos fazem e que alguns economistas, temerários, se animam a responder. Fato é que a economia cresceu algo como 3% ao ano em 2022 e 2023, o que configura certa recuperação. Nada de espetacular, verdade, mas já é um começo. O que interessa, entretanto, é saber se o crescimento continuará nos próximos anos. O que esperar de 2024 e 2025?

Depende, em grande medida, da política econômica do governo, em especial da política fiscal e da política monetária. Os economistas dedicados a fazer projeções regularmente não estão muito otimistas. Entraram o ano prevendo um prevendo um aumento do PIB de apenas 1,6 % em 2024 e de 2% em 2025. Resultados medíocres, se as previsões se confirmarem.

O Equador e o fracasso da 'guerra às drogas'

Charge: Camdelafu/Cartoon Movement
Por Marcelo Zero, no site Viomundo:


O que acontece agora no Equador é mais uma demonstração do retumbante fracasso da “guerra às drogas”.

Lançada, em 1971, por Richard Nixon, a “guerra às drogas” já teria consumido mais de US$ 1 trilhão, somente do orçamento federal estadunidense, ao longo de 52 anos.

Resultados? Nulos ou praticamente nulos.

Não houve redução do consumo de drogas ilegais. Ao contrário, esse mercado continua bastante aquecido.

Também não houve redução das mortes por overdose. Na realidade, o uso de opioides sintéticos tem aumentado essas mortes, especialmente nos EUA.

A meta fiscal zero e os juros

Foto: Diogo Zacarias/ Ministério da Fazenda
Por Paulo Kliass, no site Vermelho:


Em entrevista concedida à imprensa na semana passada, o Secretário Executivo do Ministério da Fazenda respondia pelas posições e opiniões da pasta a respeito de temas candentes da economia para o ano que se inicia. Na verdade, Dário Durigan substitui oficialmente o titular, que se encontra afastado de suas funções até o dia 12 de janeiro. O período de férias solicitado por Fernando Haddad coincide com o recesso do Congresso Nacional e o titular imaginou que poderia ser um momento mais tranquilo para se afastar um pouco da conturbada agenda ministerial.

8 de janeiro: adeus às ilusões

Charge: Amorim
Por Roberto Amaral, em seu blog:


Os atos oficiais promovidos para registrar o repúdio nacional à intentona de 8 de janeiro de 2023 – cujos planejadores, operadores e financiadores seguem em sua maior parte impunes, muitos protegidos pela imunidade da farda – consumiram-se em louvação às “instituições”, glorificadas como responsáveis pela preservação do que chamamos de democracia. Logo elas, que tanto atentaram contra o regime e a ordem constitucional nesses sofridos 134 anos de uma frágil república outorgada ao povo por um golpe de Estado. Logo elas que sempre estiveram a serviço dos interesses do grande capital, por natureza avesso a todo impulso democratizante. São elas, hoje, borrado o passado, apresentadas como as heroínas do contrapelo ao 8 de janeiro, de que esteve ausente, como sempre, o povo, que a tudo assistiu pela televisão, sem entender o que ocorria. O povo soube da depredação dos edifícios símbolo da republica, mas não lhe foi dito que aquela inusitada movimentação de gente – uns fardados, outros fantasiados de verde e amarelo – consistia em um golpe de Estado em andamento, uma intentona fascista muito mais poderosa que a de 1938, e assim muito mais ameaçadora, anunciando desdobramentos de contornos inimagináveis. Estavam à vista as marionetes, mas da luz do sol se protegiam os conspiradores que de longe controlavam os cordéis. O que se pode dizer é que marchávamos, naquele momento, para uma ditadura.