Argentinos param contra motosserra de Milei

Primeira greve geral contra Milei. Foto: Tiempo Argentino
Por Leonardo Wexell Severo, de Buenos Aires, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Milhões de argentinos se somaram nesta quarta-feira (24) à greve geral convocada pelo movimento sindical e social para repudiar o ‘Plano Motosserra’ do fascista Javier Milei, o Decreto Nacional de Urgência (DNU) 70/2023 e a ‘Lei Ônibus’, um pacotaço que atenta contra direitos civis, sociais e trabalhistas conquistados ao longo de décadas.

Em Buenos Aires, centenas de milhares de pessoas tomaram a frente do Congresso Nacional com cartazes gigantes estampando “Pátria sim, FMI não”, e ridicularizando Milei como marionete dos cartéis transnacionais, a quem quer doar dezenas empresas estratégicas como o Banco Nación, a ARSAT (de satélites e telecomunicações) e a YPF (de petróleo). Faixas gigantescas reivindicavam a garantia de direitos e a necessidade de valorização do trabalho, enquanto o governo tenta engatar uma marcha à ré.

Por que a popularidade de Lula não cresce?

Foto: Ricardo Stuckert
Por André Cintra, no site Vermelho:


A aprovação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se mantém estável há quatro meses, mas os brasileiros têm cada vez mais expectativas positivas com o governo. É o que aponta a nova rodada da pesquisa do Instituto MDA, encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e divulgada nesta terça-feira (23).

Em números arredondados, 55% dos eleitores aprovam o desempenho pessoal de Lula como presidente – percentual similar ao do levantamento anterior, feito entre 27 de setembro e 1º de outubro de 2023. A rejeição oscilou dentro da margem de erro, indo de 39% para 40%

Com relação ao conjunto do governo, a avaliação positiva passou de 41% para 43%, enquanto a negativa foi de 27% para 28%. Para outros 28%, a gestão é regular. A pesquisa CNT/MDA ouviu presencialmente 2.002 pessoas, em todas as regiões do País, de 18 a 21 de janeiro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.

Por que Israel quer calar o mundo?

Ilustração: Said Hassan
Por Berenice Bento, no site Outras Palavras:


A senhora me contava lentamente a história da sua família. Estávamos rodeadas de objetos-memória, e uma chave grande, escura, de ferro se destacava. “É a chave da casa dos meus pais. A casa está igualzinha, em Jerusalém.” Era agosto de 2015, quando fiz minha primeira viagem à Palestina.

A senhora que me doava sua história tinha 5 anos em 1947, quando viu sua casa ser invadida por sionistas. A chave foi um dos poucos objetos que a família teve tempo de recolher. “Por que a chave?” Ela sorriu e disse: “A gente acreditava que ia voltar“. Ela vivia havia 63 anos em um campo de refugiados a poucos minutos da casa da sua família.

A desigualdade se aprofunda

Charge do site Contraf-CUT
Por Frei Betto, em seu site:


O Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) acaba de divulgar relatório no qual assinala que nos últimos anos a renda dos brasileiros que ocupam o topo da pirâmide social cresceu três vezes mais que a renda do restante da população.

O seleto grupo de 0,01% da população (15 mil pessoas), que agrupa os mais ricos do país, viu sua riqueza aumentar de R$ 371 bilhões em 2017 para R$ 830 bilhões em 2022.

Já os ganhos da imensa maioria da população adulta (95%) não avançou mais do que 33%.

No Brasil, os 5% mais ricos da população detêm 40% da renda nacional, segundo a FGV baseada em dados da Receita Federal. E pagam menos impostos que a classe média! Nos últimos cinco anos, os brasileiros tiveram aumento médio de 33% em sua renda. Já para os 5% mais ricos o aumento foi de 51%; para 1% foi de 67%; 0,1%, 87%; e 0,01% (15 mil pessoas) 96%!

Polarização na sociedade e o sindicalismo

Por João Guilherme Vargas Netto


Um livro – Biografia do Abismo – de dois autores – Felipe Nunes e Thomas Traumann – publicado recentemente procura mostrar como a polarização divide famílias, desafia empresas e compromete o futuro do Brasil.

Para os autores o antagonismo induz à polarização, primeiro no terreno das disputas eleitorais (o que é normal), depois radicaliza no “nós contra eles”, calcifica-se (tornando-se permanente) e transborda para a sociedade acicatada pelo bolsonarismo.

Este transbordamento é analisado pelos autores na sala de aula, nas relações sociais e familiares, no consumo (com o boicote a empresas e produtos), nos esportes, na religião com a reiterada busca do dissenso.