As lições mexicanas para o campo popular

Claudia Sheinbaum e Andrés Manuel López Obrador
Por Jair de Souza

O vídeo indicado ao final de nosso texto faz um repasso da repercussão no México e no resto do mundo da recente vitória eleitoral de Claudia Sheinbaum, a candidata vinculada com o atual presidente, Andrés Manuel López Obrador.

Estamos falando de um fato muito relevante por vários motivos. Primeiramente, por tratar-se da primeira mulher a galgar ao posto de Presidente em toda a história do México, desde sua constituição como Estado. Em segundo lugar, poderíamos citar a circunstância de ela representar a continuidade de um governante que assumiu pondo fim a uma infindável sequência de mandatários vinculados aos interesses dos grupos oligárquicos e do imperialismo estadunidense. Mas, também merece ser destacada a ampla margem com a qual ela superou sua concorrente mais bem posicionada, já que obteve quase o dobro de votos que os recebidos pela candidata preferida dos grandes grupos midiáticos, dos setores mais endinheirados e, naturalmente, das forças alinhadas com o imperialismo estadunidense.

Estadão lambe as botas da extrema direita

Charge: Vitor Teixeira
Por Moisés Mendes, em seu blog:


O Estadão descobriu que o governo usa as redes sociais para defender seus planos e suas ideias e para se defender dos ataques dos agressores, entre os quais o próprio Estadão. E descobriu ainda que a estrutura do Planalto de aproveitamento das redes usa formas de planejamento e de ação que o próprio Estadão usa como jornal. Que estudantes usam.

O Estadão é um descobridor. A reportagem, que se esforça para ter um tom de denúncia, descobriu que a Secretaria de Comunicação do governo tenta identificar uma pauta diária a partir do que considera temas que exigem ações no momento.

Não seria uma eureca nem nos primeiros jornais de poste da era de Gutenberg. Mas o Estadão descobriu que governo e aliados do governo tentam trabalhar nas redes os assuntos da ordem do dia, como se o Diário de Sorocaba, a Folha de Barbacena e a prefeitura de Quaraí não fizessem o mesmo. Fazem há décadas, pelo menos desde a primeira metade do século 20.