Por Altamiro Borges
O tenente-coronel Mauro Cid, o ex-faz-tudo do “capetão” Jair Bolsonaro, terá novamente de depor nesta quinta-feira (21). Ele poderá inclusive sair da audiência direto para a cadeia, já que há sinais de que burlou os termos do acordo da sua delação premiada firmado em setembro de 2024. Em depoimentos anteriores, o milico omitiu a existência de um plano para matar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Nesta terça-feira (19), Mauro Cid esteve na sede da Polícia Federal, em Brasília. A intimação se deu após a deflagração da Operação Contragolpe, que apura a trama terrorista dos assassinatos. Ele foi questionado sobre o plano macabro, mas negou qualquer conhecimento. Diante das contradições do seu interrogatório, o ministro do STF decidiu convocá-lo outra vez. Em seu despacho, ele alegou que “o objetivo da convocação é para que apresente esclarecimentos aos termos da colaboração”.
quarta-feira, 20 de novembro de 2024
As justificativas de antes e as de agora
Arte: Saed Hilmi |
Por volta dos anos 40 do século passado, estava em curso em pleno coração da Europa um dos mais tenebrosos episódios já vivenciados pela humanidade ao longo do tempo. Naquela região onde suas classes dominantes se vangloriavam de haver erguido a mais elevada civilização humana, as cenas mais horripilantes imagináveis estavam sendo praticadas.
Enquanto centenas de milhares, ou mesmo milhões, de pessoas eram submetidas a atos de crueldade e perversidade inauditos, a imensa maioria dos que viviam ali bem pertinho parecia não se sentir incomodada pelo terror que estava assolando a tantos outros. É claro que tampouco se podia notar muito alvoroço com relação a isto no restante do mundo.